Coleção pessoal de mfpoton

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Imaginei, sonhei...
Transbordei-me...
Mas nem sei de mim
Na procura de ti
Perdi-me
Sofri
Chorei
Mas, amei...
Não me economizei
Doei-me
Gastei-me
Ridicularizei-me
E aprendi
Que tenho mesmo, a mim

Hoje a cidade parou
Parou para ver... a lua
Ou a cidade sou eu...
Que parei

O céu púrpuro
E a lua subindo...
Bem de mansinho
Formando um caminho...

Como gostaria de caminhá-lo
Em encontro a mim mesmo
Na certeza que não há somente aqui
Mas muito além...

E ela ali me firmando
A imensidão do carinho
Que a vida tem conosco
E que negamos tanto...

Esmiuçadas miçangas de cristal,
a gotejar sobre o assoalho
num tilintar indelével.

Em cada conta uma lembrança
do passado a me trazer a tona,
felicidades, saudades e lágrimas.

Caindo e rolando em gotas.
Paro e fico a observar...
Devo catá-las ou deixar onde estão.

Como uma fotografia nostálgica
de minha alma feminina
se empoeirando sobre a estante...

Sou poeta
Pode dizer que não
Mas sou...
Sou porque quero
Sou porque sinto
E é a única coisa que gosto de fazer
Que me dá prazer...
Somente escrever
Tentar com aberrações
de palavras e sentidos...
Tudo que vejo e sinto pelo mundo.

Vida que leva e trás.
Em alucinações e
Deliciosas sensações.

Quando não me engolfas
Em ondas tirando-me o fôlego.
O medo tomando-me toda
Em aterrorizadas agonias.

Que paro, sinto e peço,
Que se vá...
Por não suportar carrega-las.

Aquieto-me e espero que passe
Serenando-me a alma
Num banho de mar.

Caleidoscópio multi facetado
Em nuances de cores
A rodopiar minhas sensações
Girantes emoções degradée

Emoldurada tela da vida
Em sombreadas tonalidades
De uma obra retratada
Por mãos firmes

Na certeza de apenas seguir
O talento natural que me inspiras...

Você esta aí, agora... não é
Não sei quem és
Mas reconheço tua presença
Por que não me leva logo
Então...
Fica a me fitar,
Numa ascensão a
A me observar, como proteção
Por que... não sei...
Sinto toda essa energia subir
Fluir em corpo, como
Uma dança louca
De entrega...
De corpo e alma
Por senti-lo...
No ritmo e coreografia da vida
Que me proporcionas
Cheia do seu amor
Quero bailar, a noite toda
Se o joelho me deixar...
Com você em mim...
Eu em você
Como um todo
Iluminado de azul
Vestido púrpura
E amor....

Sem querer te encontro,
Se te encontro,
Sem querer te olho,
Se te olho,
Sem querer te sinto,
Se te sinto,
Sem querer descubro que te amo.
Mas como todas as coisas da vida
Sem querer pedimos desculpas.
Desculpa por te encontrar,
Desculpa por te olhar,
Desculpa por te sentir,
Mas desculpa mesmo foi por te amar
FOI SEM QUERER.

Com o tempo se aprende que se chegou onde chegou
E não importa mesmo onde se esteja
Mas uma coisa se aprende
Só seguir o âmago, e qualquer lugar não serve mesmo
Onde vou não sei e nem quero saber...
O mundo é imenso, a praia é extensa...
E existe o azul do mar para se olhar...

Não sei se controlo meus atos ou se minhas emoções os controlam...
E também nem quero saber... apenas viver
E apenas amar a natureza que Deus me oferece...
A vida que se apresenta... indo... vindo... como mar
O que posso esperar, se a vida me toma em fôlego
Se o que se leva da vida é a vida que se leva...
Cada qual como pode, quer ou sente...

Busco razões como complemento aos meus pensamentos
O resto vem por acréscimo...

Importa ou não a direção
Quando se segue o âmago
E se aprende a ceder à vida

Importa ou não a situação
Quando se segue o coração
Frágil mesmo é a incógnita

Importa ou não a curiosidade
De se saber do outro lado
Quando nada se sabe

Importa ou não... não sei

Como posso desacreditar
do que me impulsiona
Como posso suportar esse apelo
que me toma

Me tira o fôlego em emoção
por querer te ter
O que tens...
para me arrastar assim...

Estou aqui...
e fique sabendo que sou sua...
pelo simples fato
de que isso só pode ser
o amor...

Te quero
Te desejo
Só desacredito dessa ausência...

Da falta do entrelace
de nossas mãos...
De sua boca morna
Num beijo molhado

Vem...

Pra ti escrevo com devoção
Por ter a mesma linguagem
que a minha...
Te reconheço em cada palavra
como se fosse a mim...

Por isso afirmo que te amo...
Por que te encontro em mim...
Como identificação de alma
de um ser igual a mim...

Um amor sem propósitos e
nem de propósito...
Apenas sentido... encontrado...
Num planeta mais um...

Dissipando a solidão
em canais de freqüência, por saber
que no mundo não estou só
pois há quem pense igual a mim...

Como é bom saber que você esta aqui...

Perdoa-me por não ter preenchido teu olhar com toda ternura que sinto por ti,
Não demonstrando, escapando, fugindo nem sei de que...
Quantos afagos ficaram esquecidos no costume do cotidiano, e agora me culpo
Por não tê-los te dado, mãe...
Beijos, abraços, arrumar seus cabelos... sinto como se tivesse te abandonado...
Por que não vou poder mais te ver... você não foi sozinha...
foi levando meu coração junto... vai tranqüila, mãe...
em paz...
fique sabendo, que sempre te amarei....
Só que me sinto tão só... por saber, que não vou mais te ver, conviver, conversar com você, mãe... te amo

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Se eterno não conta tempo nem espaço e pode ser num flash...
Como diz o poeta...
Então só pode mesmo, ser o amor...
Um amor tão intenso que me deixa petrificada...
E nada pode destruí-lo...
Distorci todo o texto, só para te provocar...

Ando mesmo apaixonada... lendo poesias, como se fossem todas pra mim...

O melhor beijo vem
acompanhado do olhar
aquele olhar... cobiça do amor
desvairado... sem pudor
ofegante...
não suportando mais ficar calado...
as juras do teu amor...
no seu olhar sedutor...

as vezes gosto de zoar e
não apenas falar sério
e como escape da vida
ou de mim mesma
se emoção é seriedade
pra mim escapa
em confusão d'alma
pois sou água...
faço rimos de versos...
mas de correntezas
nem sei...
se profundas escapo,
prefiro o fluir natural e leve
zombeteiro como de um
peixinho colorido palhaço

Lembranças do que foi,
mas se estou presente...
não percebes meu amor,
que nunca fiquei ausente;
ficarei sempre contigo,
como parte de mim mesma.
Nosso amor é como destino,
de versos e peixes...
como este...
que consegues pescar
com as mãos...
meu pescador de ilusões...

Ah! meu querido
de historias tristes,
já nem suporto mais
Foram tantos que
tombaram, pelo caminho
que virou um cemitério,
com tantas cruzes e lápides
Frustração de querer entender
e não encontrar respostas...
Que ardem no coração
Tantas coisas sem solução
Como resposta da vida... apenas viva...

A aridez da vida é tão crua
que nos assola...
Portanto jogue fora o coração,
para não sofrer, não... não...
é justamente o coração...
que nos ensina a sobreviver...