Coleção pessoal de maylu

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Aprendi mais em meio as tempestades
Do que em plácidas calmarias.
Os ventos tempestuosos acrescentaram-me coragem
Para enfrentar os meus medos.
Aqueles medos bichos-papão...
Caiados no íntimo de minha alma.
Foram esses mesmos ventos
Que me deram forças de seguir em frente.
Acresceram-me uma vontade indomável
Rompida nas plantas dos pés.
Passo a passo...
É nesse compasso
Que hoje percorro os espaços de mim.
Esquadrinho-me em oásis no âmago dos meus desertos.
Viagem crepuscular
Em meio às chamas que me ardem a alma
Leva-me em busca de horizontes.

Não importa de que lado sopra os ventos
A vida sempre tem um jeito dolorido
De mostrar como devemos ser fortes
E como bambus a gente reinventa
Aguenta...
Entortamos procurando rumo
Porém firmes mantemos o prumo
Às vezes o mundo pesa
E os ombros mal suportam a provação
Mas para tempos assim
Há sempre uma coluna ou outra
Para nos sustentar
Colunas aparentes ou não
De vontade tantas
Nas voltas que os ventos nos dão.

Adoce a tua alma com poesia
Que todo o belo que vistes
Aquecerão teus dias frios e cinzentos
A tecerem fios de esperança.

Quando descobri a poesia dentro e fora de mim
A minha alma encontrou o caminho de casa.

Viver é hastear-se desde a raiz
É respirar a pausa dentro da turbulência
É fazer sinfonias do silêncio
É o repouso da alma em meio ao cansaço da viagem
É quando em tempos de escuridão as cores não nos cabem nos olhos
É uma presença bonita em meio aos escombros
É o riso em meio à impermanência da vida
É um afago de pequenos e grandes maravilhamentos
Viver são esses momentos inteiros
Que nascem por dentro e nos salvam
Viver é um milagre.

Por vezes o poeta com ternura
Garimpa sonhos esquecidos

A nudez é presença nessa que se desvanece com o tempo
Inoportunamente me tolhe os passos e pesa-me as asas
A outra me comanda o espírito e coloca-me de pé
Leva na alma o bailado das asas e todas as cores do mundo.

Com o horizonte tão perto do olhar
Inclinei em varandas e escorri-me em cores
Hoje sou navegante-de-fantasias
Onde as aquarelas se desenham sozinhas.

E na unicidade de mim
As flores me são cousas necessárias.

A nebulosidade sussurrou-me um adeus
Aquarelas inteiras jorram-me em sentires
De um verão permanente.

Horizontes indefinidos não me cabem no olhar...

Sonhe!
Sonhos são capazes de unir o céu e a terra.