Coleção pessoal de maxrocha
Que as diferenças não façam mais tanta diferença no mundo, ao ponto de se tornarem desigualdades. De um lado, coisas de valor. Do outro lado, o verdadeiro valor das coisas...
Manifesto da dissidência: De antemão, minha oposição ao indivisível e ao imutável. Minha resistência ao antigo regime, à rebeldia sem causa e à paz armada...
Aluga-se 1 kitnet com discos do Blur, Ramones e The Cure;
Livros e recortes de Foucault, Kant, Nietzsche e Schopenhauer;
Pinturas impressionistas, poemas simbolistas e manifestos iluministas
Vendem-se: Abraços calorosos, Apertos de mão verdadeiros, Simpatia(s) em doses homeopáticas, Mantras de botequim e ideologias com prazo de validade...
Fiel companheira, silenciosa conselheira. Flerte com a solidão, a inquietação e a angústia. Poesia, desencanto e dor de todo santo dia. Vida sem sentido e vazio existencial. Seu nome: Melancolia
Vazio existencial preenchido com coca-cola, capuccino e aspirinas; anfetaminas, promoções outlet e Joy Division (no último volume)
Sonho americano, jeitinho brasileiro, charuto cubano, talco colombiano e um universo inteiro de eufemismos
Que mundo é esse, onde o amor verdadeiro, o romantismo e o cuidado perdem (de goleada) para a falsa sensação de felicidade, para a “vida loka” e a “porra-louquice”?
Aquela sensação de que é hora de absorver o golpe, recolher os cacos e sacudir a poeira. Curar as feridas e arrumar as gavetas. Dar a volta por cima e virar a página. Dar tempo ao tempo e sepultar a questão. Entre parágrafos e hiatos, nada como um dia após o outro, um passo de cada vez e duas verdades absolutas: uns tem preço, outros tem valor; vida vazia, vida que pesa. É hora de mudar de assunto, rezar a missa de 7° dia e voltar para o fundo da caverna. Na placa leia-se: Coração fechado para balanço