Coleção pessoal de maurosergio
Houve uma proliferação de fórmulas que enjoa. O que se vê, na publicidade, são clones, clones. E ainda dizem que a propaganda nada tem de ciência.
Não poupe esforços para curtir as paisagens.
Desligar o celular pode ser um sacrifício,
mas deve fazer parte do roteiro.
Tinha todas as árvores,
todos os galhos
e todas as folhas.
E todas as águas,
de todos os rios,
de todas as chuvas.
Tinha todos os ares,
de todos os climas,
de todas as horas.
E os insetos, todos,
das flores, todas,
que dão grãos e frutos.
Tinha os montes, as planícies,
os arbustos dos campos.
O solo, a areia, o barro.
E um só legado:
o de sonorizar paisagens.
Até cair num alçapão
e acabar encarcerado.
Os aromas artificiais, quem diria, estão cada vez mais reais.
Já tem papel por aí com gosto igual ao de carne.
Houve um tempo em que a publicidade provocava interesse e paixões.
O ódio só rolava porque a gente não tinha pensado naquela ideia monumental antes.
Hoje o ódio está no ar a qualquer anúncio.
Compensa mais a prateleira do supermercado se esvaziando de produtos do que a da agência de propaganda se enchendo de estátuas.
Se existe a tal Fonte da Juventude, ela encontra-se no espaço compreendido entre a mesa, a lousa e a área pela qual caminha e ensina um professor.