Coleção pessoal de matlima
Vagueio devagar pelo vaguedo e, vagabundeando entre as vagas, divago vagamente sobre o quão vago é um mundo que impõe vagas no coração dos que vagueiam.
A arte é feita para o público ver. Mas, por vezes, é o próprio público quem vira arte para, em seguida, ser visto por uma nova plateia. É assim, nessa relação entre o ver e o virar, que a arte e o público se transformam numa coisa só.
Num mundo em que as pessoas compartilham tudo, de dores a amores, não tem sentido fazer sucesso sozinho.
Os indivíduos que estão por cima tem o dever ético de iluminar não apenas o próprio caminho, mas também o daqueles que, por se encontrarem nas profundezas, precisam de um farol ou ao menos uma lâmpada acesa.
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.