Coleção pessoal de MatheusHoracio

281 - 300 do total de 363 pensamentos na coleção de MatheusHoracio

Minha arte surge do bem pensar
Do bem querer
Do bem agir.

Do bem amar,
Do bem viver,
Do bem sentir.

Arte por arte surge do bem
Pensamento nobre ao escritor.
Flutua da mente, cadente
Expressa o bem e a dor.

É latente, expressão ardente,
Céu do amanhecer.
Aflora e com coragem explora
A dimensão do ser.

As palavras não estão vivas. Em mim não encontram morada, das minhas mãos não saltam ao papel.
As palavras estão fugindo, em êxodo da minha própria mente.
O que era inspiração agora é passado, velado e relutantemente esquecido.
Se para o cientista, o gosto está na descoberta, para o poeta, está na moça que vai e que volta. Quando ela não volta, a tinta da caneta seca, a mente não produz, e o poeta se torna uma estátua de sal.

As mentes pensativas se disfarçam. Surgem fantasiadas de copos redondos com whisky puro e amargo. Para outros, cinzeiros cheios de guimbas de cigarro, cinzas, e pensamentos tragados.
Bukowsky acreditava que a vida o obrigava a beber. Outros creditam isso a mulheres que não saíram do campo imaginativo e foram para o plano da ação.
O topo e o abismo são uma realidade estranha de lidar.

Aceite a necessidade que a vida tem de ser difícil. Se todas as coisas fossem fáceis, você teria o desprazer nas pequenas vitórias do cotidiano. Sem as dificuldades que formam um caráter, viver seria amargo, desagradável.

Um homem pode falar de amor, e mesmo assim, entender como poucos o sentimento da paixão. De acordo com o dicionário, a paixão é o amor em sua forma mais intensa, em níveis que ofuscam a razão. Furor incontrolável, exaltação, o que há de mais primitivo ao tato. Homens falam de amor nas poesias, nas canções, contos e lendas, mas muitas vezes são erronemaente associados a inocência, total e completa pureza dos sentidos, o que para muitos é desinteressante. Mas ouça bem esse que vos fala. Alguém que cita o sentimento amor, pode estar envolto na paixão, e compreender a paixão como poucos. Pois instintivamente sente por um mulher ou um homem, o que há de mais antigo, a atração. Os românticos podem ser extremamente sedentos e rodeados pela paixão, sem nunca deixarem de ser aquilo que são em sua síntese. Românticos!

Minha sina é o azar!" , dizia a moça que beirava níveis assustadores de superstição. Acreditava em cartas de Tarot, em Ciganas, no movimento das estrelas que alterava sua vida aqui na terra, e direcionava todas essas coisas como motivos para seus desencontros amorosos. Mas certa vez, enquanto carregava um copo de café super quente, correndo apressada para chegar no trabalho, acabou esbarrando em um rapaz e jogando a bebida nele. Depois de alguns gritos de dor ele disse: "Tudo bem, moça! Esse tipo de coisa acontece, com os azarados, claro." E sorriu para ela, o que a fez pensar que nem tudo era questão de má sorte, coisas acontecem quando devem acontecer, porque essa era a vida.
"A propósito, meu nome é Pedro. Se nao estiver com muita pressa, te pago outro café ". Ele disse. Viu só? Acaso...

Se uma pessoa precisa que você mude a si mesmo só para adequar-se a ela, então ela não busca um par. Viver com alguém é saber que APESAR DE todas as diferenças, há felicidade. Não viva amores que se fantasiam de domesticação.

Ousei ser o senhor dos teus sonhos
Dos teus desejos agora sou rei.
Curandeiros dos seus desenganos,
Um nobre do amor que plantei.

Senhora das águas brilhantes
Emudece as estrelas no céu.
Fortalece os ventos uivantes,
Resplandece tua luz sobre o véu.

Pode um homem ser feliz sem conhecê-la?
Podem as deusas lá do céu não invejar?
Se nesta terra deuses e mortais disputam
A direção inquietante do seu olhar.

Infelizes no inferno Dantesco,
E os que somem debaixo do mar.
Jamais presenciarão a menina dos olhos,
Daqueles que por ti, as belezas do mundo vieram criar.

Atreveu-se a arriscar,
Sobre o desejo incessante
Foi de mais um a amante
Frente ao reflexo de amar.

Foi de passinho em passinho,
Mas foi gravando o caminho
Quem sai no mundo sozinho
Tem que aprender a voltar.

Fez do amor o seu ninho.
Pouso de um passarinho
Voando devagarinho,
Do seu jeitinho alcançou.

Teceu na prosa e no verso
Juras de um ato confesso,
Bendigo os sonhos expressos
Nos versos que o vento levou.

Amei até o limite da equação
Até o alvorecer da Criação,
Onde o sentimento divino fez - se o homem
Deu vida ao barro, tornou - se Adão.

Amei nos primórdios da civilização
Quando o Nilo regava o Egito,
O reino de Salomão construído,
Os guerreiros reinavam no Japão.

Mesmo quando ainda não existia, eu já era amor.
Quando a Torre de Babel crescia,
Até o momento em que o céu não tocou.

Fiz de base ao sentimento, amor.
Que brota, atravessa as eras mundo
Que de tão sublime e profundo
No mundo, derrotou a dor.

Se em palavras vieste inspirar
Ó Deus, fascínio crias em tuas poesias.
Natureza de beleza ímpar,
Ensinai a viver teus dias.

Se em amor escreveu o poeta
Ó Deus, da-lhe entendimento.
Em tuas palavras destes o encanto,
E em pleno pranto, trazes o lamento.

Se em beleza nos deu a mulher
Ó Deus, estendo as mãos ao céu.
Dedicamos ao doce veneno
Palavras jogadas ao léu.

E a tudo que não provém
Ó Deus, vem nos libertar.
Do riso sem viço
Paixão sem serviço,
Do amor sem amar.

A beleza da Lua passa despercebida por nós depois de algum tempo. Solitária e fria, como a imagino, algumas lendas dizem que seu amante, o sol, foi separado de sua amada por desejos dos astros. Seu toque eram os raios que refletiam nela e nos atingia na Terra. Então seríamos nós agraciados pelo amor do Sol pela Lua, quando nos banhamos com sua luz? Seríamos testemunhas do amor infinito e distante entre os dois?
Solitária e fria, é assim que sempre imaginei a Lua. Já seu amado sol, humildemente se cala, nos permite sentir a luz de sua amada, sem ciúmes, sem arrependimentos. Testemunhamos sem perceber, o amor dos longínquos.
Bom, assim reza a lenda...

Tinham para si o amor das quatro estações. Ardente paixão dos jovens namorados, resistente amor dos casais mais antigos. Embora não possuíssem muitos anos juntos, havia uma ligação de alma gêmea, onde a distância poderia ser sufocante em certos momentos e libertadora em outros (por motivos que só eles compreendiam).
"Sabe que eu te amo né?" Ele dizia, após as pequenas discussões rotineiras. "Não fala comigo!" Ela respondia. Embora os observadores ao redor soubessem que aquele "Não fala comigo!", era um jeito de dizer "Eu também te amo!". Porque sentimento bom, marca na pele, faz ouvir a voz da pessoa até quando ela não tá, o coração entende a linguagem, a alma pede a inquietude que só o outro provoca.

"Quem costurou sua própria tapeçaria sobre sentimentos de amor, não merece exibi-la no chão, mas sim nas paredes, altiva, longe dos pisões dos inconsequentes."
Ele meditava sobre esse pensamento, sempre acreditou que amor era pago com amor, como dizia os sábios nas antigas poesias e canções. Possuía alma livre, presa somente a uma mulher. Mulher essa que ele não tinha em presença, apenas evidente em pensamentos. Fato que estava prestes a mudar, pois era sábado a noite, momento em que os sonhos tomam a ousadia celeste de se tornarem reais.
"Não sei se tá livre hoje, mas não custa perguntar né? Quer sair hoje? Conheço um barzinho com ótima música e chopp gelado com aquela espuminha." Disse ela, sem que o rapaz pudesse ao menos se preparar.
O convite não precisou ser feito duas vezes. Trocou de roupa como o Superman, e partiu para tornar real o seu mais antigo e nobre sonho.

"Ei, se desprenda! Você segura essa corda com tanta força, suas mãos estão sangrando. Você precisa aceitar a hora de soltar isso." Ela disse, com a rigidez necessária para a mensagem perpetrar. Desistir não era do feitio dele, mas ainda não havia aprendido que o peso do mundo devia ser carregado por Atlas e mais ninguém. "Eu tô muito cansado. De andar e andar e só chegar em lugar nenhum. Um amor não se guarda para si, mas parece que são mais reais na minha mente, do que possíveis no mundo real." Ela o compreendia, a maldade do mundo é o que o fazia girar. Desde os grandes que esmagavam os pequenos, até os sonhos que jamais saíram do imaginário.
A conversa seguiu com um forte abraço. A linguagem universal da compreensão e do carinho. "A noite é realmente mais escura, pouco antes de amanhecer. Transforma teu sentimento em poesia, tem gente lá fora que se sente feliz por não ser a única a passar por coisas assim. De certa forma, não estamos sós." Disse ela, levantando-se e despedindo-se.

Sentados num banco de praça, surgiu uma pergunta intensa. "Por que as pessoas expressam o quanto estão felizes para as outras? Por que o mundo está radiante ao nosso redor, no momento em que vivemos em miséria? Quando o amor é sentido no ar, e a paixão pode ser vista em cada esquina e beco mas não nos alcança."
Uma pergunta tão bem fundamentada, precisaria de uma resposta à altura. Mas ele não tinha nenhuma para ela. Se sentia vivendo naquele enigma, que talvez nem a própria Esfinge seria capaz de responder.
"Não faça perguntas difíceis, garota. Quando o mundo cheirar a amor, sorria, quando cheirar a paixão, sorria mais ainda. Acho que se você consegue sentir esses sentimentos com tanta intensidade, talvez eles estejam mais próximos de você do que imagina."
Ela percebeu a indireta, segurou a mão dele, colocou o cabelo por trás da orelha e sorriu.
"Talvez tenha razão..." Disse a moça, percebeu que o mundo era cheio de surpresas.

Combinaram um corrida na Orla. Ela, uma esportista nata, poderia correr dezenas de quilômetros sem tomar um gole de água. Bom, ele já tinha certa propensão a infartar, era um rato de escritório, porém, lançou uma mentira "do bem ": "Corro 4 vezes por semana, posso te acompanhar com os olhos fechados". Começaram às 6:00 em ponto, e quando bateu 6:30, ela olhou para trás e não conseguia mais vê-lo. Aguardou a sua chegada, completamente esbaforido. "Você disse que corria só pra me impressionar?", ela disse. Um momento que rendeu muitas risadas, água de cocô gelada e a promessa de que na próxima, o encontro seria no cinema.

"Olha, não me leva a mal. Eu já gostei de alguns caras antes e só saí com as piores experiências. Que garantias eu teria de que você não é igual a todo mundo?"
Uma simples caminhada mudou de tom, ele percebia nos olhos dela aquela vontade de querer acreditar que ele era o cara certo, que em todos os karmas que cruzaram seu caminho, aquele rapaz era sua luz no fim do túnel.
Ele suavizou seus passos, sorriu e disse: "Bom, primeiramente, minha mãe sempre dizia que eu não sou todo mundo. Em segundo lugar, não posso te dar garantias. Eu posso prometer que meu desejo é de fazê-la feliz hoje, será o meu desejo amanhã, e depois de amanhã também. A única promessa que posso fazer é que farei o meu melhor sempre."
Ela não soube responder, ao faltar palavras, cobriu a situação com o ato do primeiro beijo. Decidiram descobrir juntos até onde a vida os levariam.

"Olha, não me leva a mal. Eu já gostei de alguns caras antes e só saí com as piores experiências. Que garantias eu teria de que você não é igual a todo mundo?"
Uma simples caminhada mudou de tom, ele percebia nos olhos dela aquela vontade de querer acreditar que ele era o cara certo, que em todos os karmas que cruzaram seu caminho, aquele rapaz era sua luz no fim do túnel.
Ele suavizou seus passos, sorriu e disse: "Bom, primeiramente, minha mãe sempre dizia que eu não sou todo mundo. Em segundo lugar, não posso te dar garantias. Eu posso prometer que meu desejo é de fazê-la feliz hoje, será o meu desejo amanhã, e depois de amanhã também. A única promessa que posso fazer é que farei o meu melhor sempre."
Ela não soube responder, ao faltar palavras, cobriu a situação com o ato do primeiro beijo. Decidiram descobrir juntos, até onde a vida os levariam.

Tomava altas doses de esperança, doses cavalares, e pra dificultar as coisas, não tinha pena de misturar. Drinks de suavidade, copos de gentileza, garrafas de charme. Ao preparar a refeição, era muito rigoroso. Uma pitada de temperança, duas colheres de surpresa e uma de audácia.
Gostava de ser exagerado em 60% da vida, e os outros 40% eram mais serenos.
Porém aquele era um dia especial, tentava ajeitar tudo com cuidado, perfeição e um par de taças bem representativas. Ao ouvir os cachorros, corre para a sala, apaga as luzes e com o abrir da porta ele diz: "Feliz 2 anos de namoro! Espero que não tenha achado o terno meio exagerado, eu juro que se achou eu desfaço tudo e vamos passar o nosso dia vendo TV"
Ela não conseguia responder, em sua mistura de lágrimas, risos e beijos. Percebeu que era só o segundo ano de toda vida ao lado da pessoa certa.