Coleção pessoal de MarilinaBaccarat
Se decidirmos seguir em nossas caminhadas e não conseguirmos avançar nos caminhos, é sinal de que precisamos tentar novas trilhas, novos rumos...
E, assim, poderemos chegar aonde desejamos, mudando o percurso. Mas, quantas vezes, preferimos desistir, esquecendo da fatuidade, que é um sentimento de grandeza, que habita o nosso ser...
Gosto de imaginar, que vivemos em um mundo
cheio de espelhos invisíveis, onde os sentimentos, ali batem e retornam a nós outros...
Quando sentimos amor e alegria, pela conquis-
ta de outra pessoa, quando ela está bem no amor, se
sente feliz e realizada, é quando estamos espalhando
sentimentos afáveis. Ficamos felizes...
Esses anseios, que emanam do nosso ser, en-
contram esses espelhos, que refletem sentimentos
bons, os quais retornam para nós.
Marilina Baccarat De Almeida Leão. No livro sempre amor
Gosto de imaginar, que vivemos em um mundo
cheio de espelhos invisíveis, onde os sentimentos, ali batem e retornam a nós outros...
Quando sentimos amor e alegria, pela conquis-
ta de outra pessoa, quando ela está bem no amor, se
sente feliz e realizada, é quando estamos espalhando
sentimentos afáveis. Ficamos felizes...
Esses anseios, que emanam do nosso ser, en-
contram esses espelhos, que refletem sentimentos
bons, os quais retornam para nós.
Marilina Baccarat De Almeida Leão. No livro sempre amor
A escritora brasileira Marilina Baccarat de Almeida Leão, receberá dia 14/07/2017 na Assembléia Legislativa de Forianópolis, o prêmio de melhor livro do ano :"É Mais ou Menos Assim". Foi considerado o Best Seler, como sendo o livro mais vendido do ano.
A comenda será entregue no dia 14/-7/2017 em Florianópolis.
Minhas retentivas me mostram belezas inigualáveis, de tempos passados... E...em outras tantas, construídas pelo meu consciente, recém restaurado por meu pensar e sentir, como se fosse uma nuvem a me emcobrir e, juntas, caminharmos de volta ao passado, onde, em um simples retrato, se inscreveu toda uma verdadeira formosura, que se passou...
Minhas espécies respiram o ar puro do meu pensar, das minhas caminhadas, por elas, ao avistar, pelo caminho, orquídeas, ou, simplesmente sentar-me em um dos seus bancos toscos e ficar ouvindo o silêncio...
Pois corre em nossas veias, um rio que sabe sobreviver as tempestades e, quando desembocamos no mar da vida, sabemos vencer as mais violentas ondas...Somos rio, somos mar, mas, sabemos vencer todas as desditas, que por acaso aparecerem em nossas velejadas pela vida...
Marilina Baccarat no livro "Corre como um Rio"
Transformamo-nos muito, adquirimos mais desenvoltura para tratar os assuntos que a nós interessa. Escolhemos as trilhas que devemos seguir, e com muito mais sabedoria... Por isso somos como o rio e o mar...Conquistamos a nossa tão sonhada autossuficiência, assim como o mar e rio Usurpam as suas...
Aqui, nestas margens, só estávamos nós três, as tiorgas, os peixes e nós... Era como se os nossos três olhares estivessem abarcando todo o universo, como se por um instante, os fragmentos de nossas vidas tivessem se recomposto... Havia estupor, maravilha e força. Troca, participação e calor...Havia perguntas e respostas, todas reunidas num único sopro de vida...
Quantos acontecimentos de nós não lembramos, havia o presente e o futuro, que seria o que nos anos vindouros construiríamos..Tudo o que acontecera antes não tinha a menor importância, tínhamos certeza de que tudo superaríamos.Qualquer obstáculo seria fácil para nós...
Isso para nós nunca seria azucrinante. Tudo seria apenas natural, pois seríamos como o fluir da água...
Somos humanos e é por isso que temos o direito e o dever de crescer todos os dias. Posso deixar para trás caminhos, que sempre percorri, mas posso aprender a trilhar um novo caminho. Entretanto, só eu posso decidir por este renascer diário.
Marilina Baccarat no livro "Pelos Caminhos do Viver"
MARES E MARÉS
Navegando, pelos mares, quando ele está calmo e o sol batendo em suas águas serenas, sentimos uma tranquilidade, que ignoramos e julgamos não haver elucidação... Uma calmaria, que nos dá conforto...
Mas, quando estamos no meio do oceano e a maré se torna revolta, é como se sentíssemos o mar agitado, com ondas de mais de setenta metros de altura, a acabar com a nossa quietude, diante da revoltada maré, que bate no barco, querendo alterar o nosso rumo... Transportando-nos para outra direção... Quando o mar se arruaça, é hábil, para acabar com toda a nossa perspectiva, de podermos navegar por suas águas abrandas, sem que sintamos o pavor da rebeldia do mar, a querer fenecer com a nossa miragem, de que tenhamos uma maré de paz e pacífica...
Há marés na vida de todos nós... As marés são refluxos, que nos trazem aquela calmaria, exatamente, quando, a tendência do mar agitado, fica plácida...
Muitas vezes, após o mar se insurrecionar, com suas ondas gigantescas, a bater nas pedras, parecendo requisitar o seu lugar; a nossa maré pessoal poderá ser abalada. Pois, a violência de suas maretas levam nossas alegrias, deixando-nos em um mar de tristeza e agonia...
Como se fosse uma conflagração em nosso ser, ele irritar-se por muito tempo, até que as ondas se acalmem e o mar se tranquilize... Mas, temos que enfrentá-lo e deixar que as marés da expectativa, com suas marolas, de calmarias, voltem a ocupar toda a nossa essência...
O mar, quando está crespo, as ondas nos horripilam, o céu se cobre de véus cinzentos. Não temos escapatória...
Roubando-nos a alegria, as ondas continuam a bater nas pedras e, com isso, sentimo-nos impotentes...
Mas, ele pode abrir caminho para uma maneira nova de sentir a beleza da maré, quando ela quer mostrar-nos a sua rebeldia... Nessa hora, o mar nos acalma e podemos observar a beleza que há, em seu balé, que, como se fossem passos de dança, vai e volta, batendo nas rochas ... Então... elucubramos: “Há mares e marés”...
Mares, que parecem querer-nos engolir com toda a sua força... E marés, que resolvem bailar e encantar-nos...
O mar, com sua imensidade, nos arrepia, principalmente, quando estamos no meio do oceano e não enxergamos nada, a não ser a vastidão dele e, muitas vezes, enxergamos o céu cinza... Mesmo assim, com um mar encapelado, podemos bispar, em seus marouços imensos, a perfeição que há dentro deles... Se ouvirmos a sua música, quando açoita, ficaremos mais calmos... Pois elas parecem até querer se exibirem, almejando aplausos...
Carregamos toneladas de veneno em nossas veias, pois sentimos medo das colossais ondas...
Quando a maré se acalma e o mar fica sereno, instala-se a bonança, para nos acalentar... E, assim, ficamos adocicados pelo alívio, que, em nós, se instala, devolvendo-nos a paz tão almejada...
Não nos importaremos de carregarmos toneladas de açúcar, para adoçar a nossa vida, logo depois que o mar se abranda... As ondas se transformam em marolas adocicadas, onde poderemos nadar com segurança...
Os tumultos podem até ser bastante agitados, um tipo tenebroso mesmo, que poderá nos apavorar... Mas não abalará o nosso eu...Não fomos culpados... Quem sabe foi o vento, ou a tempestade...
Então, instala-se a calmaria em nosso ser... E, assim, ficamos adocicados pela fleuma, dulcificados de nós mesmos, pela tranquilidade, que se fez...
Seja o encapelado mar bastante violento, tenebroso mesmo, com suas ondas violentas a nos apavorar... Mas não abalará a nossa quietude...Jamais...
Os nossos sentimentos, talvez, tenham sido cúmplices dessa revolta toda do mar... Mas, se mantivermos a quietude, conseguiremos passar pelo mar e vislumbrar, dentro dele, a maravilha que há, quando a maré está agitada e suas ondas bem altas... Cúmplices, talvez, fomos nós, de toda essa rebeldia do pélago...Mas, nossas alegrias resistem, guardando, em paz, a beleza, que há em suas marés...
E, se olharmos, ao redor, vamos ver que estávamos protegidos, dentro daquelas cenas, que nos amedrontaram... As ondas são altas, o mar se revolta e não temos como acalmá-lo...Seja o encapelado mar, o calmante para o nosso ser... Talvez, muitas vezes, esqueçamos cedo demais, que, dentro de nós, sobrevive o mar e as marés... Todo o mecanismo do nosso corpo nos diz isso: Há mares e marés, que podem nos apavorar...
Nossas desordens de sentimentos são riquezas poderosas, que guardamos, dentro de um tesouro, que, no fundo do mar, está... Assim, é a maré alta, ora fazendo com que o mar fique revolto, em outras, sossegado, como os ensejos de nossos anseios...
Seria caricato ficar culpando os nossos sentires, pelo que aconteceu... O mar encapelado, levando nossa alegria e dando lugar à angústia, em nossas comiserações...
O resgate de nossa prosperidade, após o passar das furiosas correntes, em nossos cálices, como se elas fossem culpadas pelo mar convulso, que houvera em nossas piedades, devem ser abdicados...
Vivemos culpando as marés, que, por nós, passaram, no resgate do sofrido, arrasando com o nosso ego e atravessando o nosso peito, como uma flecha...
É chegada a hora de repensarmos nossos feitos, que, no ocorrido, ficaram... As ondas estupras, altas, que fizeram com que as preamares enfurecessem o mar, a nós não mais raiarão...Cá dentro de nós, há mares de prazeres e marés de vencedores e não perdedores...
Derrubar, por terra, o conceito ultrapassado dos ensejos intranquilos, que, por nós, aqui, passaram e que, às vezes, ainda, teimam em querer aparecer, por aqui...
Depois que o mar se acalma, reconstruir-nos-emos, buscando, sempre, as correntes, em que o mar leva o nosso barco... Agora, não há mais angústia...
Esse mar de agitação, que, muitas vezes, passa, em nossa vida, não vai conseguir, jamais, levar a beleza da nossa alegria pela vida... Nossos sentires são nobres...Sabemos enfrentar o medo de um mar revolto, ainda que as marés estejam apavorando-nos e inundando nosso eu de pavor... As compaixões nascem, dentro da beleza da maré, quando ela está calma...serena... Avistamos, em suas maretas, a tão desejada quietude... E não há mar insurreciono, que possa acabar com a felicidade da nossa existência...
Rebelo, mares passam e as alacridades ficam, para nos mostrar a força, que temos, de poder vencê-los...
E essa mistura de angústia e belezas, que as ondas dançam, quando o mar está sublevo, é um mistifório, com a força, que há, em nós... Pois há mares e marés... Os mares, com sua calmaria, nos dão o alento e as marés a desesperação, quando, revoltas, estão... Se hoje, por um acaso, mares barulhosos surgirem, em nossas vidas, sejam as ondas fortes ou fracas, podemos demonstrar, em nossas faces, mais uma vez, que os ensejos, que vivem dentro de nossas vidas, havemos de vencê-los, em um mar tranquilo...
Que as marés, que vivem em nós, transportem-nos, para o lugar seguro... É o que desejamos...
O que somos e demonstramos, mais uma vez, é que saberemos enfrentar os mares agitados, com as marés, que caminham junto à nós... Pois, dentro delas, existe a força, que temos, em saber enfrentar o mar, mais violento que houver... Marilina Baccarat 24/05/2017
Quem tem medo de gastar sentimentos, pode ter certeza, eles vão faltar mais adiante... Não é nada agradável ficar colhendo migalhas de afeto. Amar a vida é não ter vergonha de gritar para o mundo todo que ama viver!... Basta sentir, nas interações do dia a dia, esse gosto gostoso de saber amar e respeitar a vida. Podemos sentir a vida, ouvindo o cantar dos pássaros, uma música tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem demonstrarmos sentimentos, temos uma vontade imensa de pedir para que eles continuem cantando... A admiração, pela vida, pode caber em um pequeno intervalo, entre uma inspiração e outra. Ouvimos uma música, que nos toca e sentimos vontade de cantar juntos! Temos milhares de erros, mas, os melhores acertos, são acreditar na vida. Sim, acreditar na vida, nos sonhos, em dias bonitos, em finais felizes, em anjos, em tudo que faz o nosso coração acalmar... Se alguém disser que acreditar na vida é bobagem, para mim, é um ser que não existe e que não sabe amar. Amar a vida, com coragem, é situação de defesa, que a gente cria ao longo do caminho e não podemos deixar que essa sensibilidade se desfaça, pois só servirá para nos afastar da vida e de nós mesmos. Borde delicadezas nos caminhos da vida que, muitas vezes, se tornam ásperas, mas temos que procurar reverter isso. Fazer com que a vida se torne maravilhosa depende de nós... Não deixe para depois. Depois é um tempo duvidoso, é distante de nós! Não perca tempo. Sorria assim que acordar, porque o dia não vai parar para dar motivos para sorrir. Brinque, cante. Ria sozinho, você vai achar engraçado lembrar algo que passou e foi agradável. Escute uma música bem antiga, que faça você cantar junto no refrão. Veja as fotos bem antigas. Lembre-se de um dia que você gostaria que se repetisse. Saia de casa, saia da rotina, saia de você mesmo. Não há motivos para ficar sentado, esperando a vida passar. Sinta-se vivo... Viva a vida!
Marilina Baccarat no livro "Pelos Caminhos do Viver"
Tenho pensado no Brasil como Povo, como Nação, como Pátria minha. Como um somatório de muitos, de cada um.
Esta pátria, da qual nos orgulhamos principalmente para quem já morou fora deste país enorme, quase um continente, que vemos ser vilipendiado, por nós mesmos, pelos outros e nos calamos aquiescentes, coniventes.
Falamos mal do vizinho quando sabemos que ele deu propina ao guarda para que não o multasse, mas faz o mesmo quando o caso é com ele... Falam mal da mãe de quem para o carro com as duas rodas, em cima da calçada, mas, quando não encontra vaga por perto, faz pior:- joga o carro com as quatro rodas por cima da mesma calçada.
É a tal estória:- “todo mundo faz, também vou fazer”... Não sei de onde vem isto. Se foi o tipo de colonização a que fomos sujeitos que gerou esse descompromisso, esse pouco caso com o outro, com a cidade, com o estado e consequentemente com o país. Onde erramos, como nação? Ao escolher os nossos governantes? Ao sermos corruptos e corruptores também?...Corrupção há em todo lugar, mas nos outros lugares há a punição. Aqui não, a certeza da impunidade é que faz a criminalidade crescer a cada dia. E não me venham dizer que é a miséria ou a pobreza a causadora disto tudo. Não, isso é cultural e ancestral, carregamos em nossos genes o desejo de se locupletar mais, sempre que possível, pouco se importando com o resto do país. Pensamos que há um Brasil, para cada um de nós. Um Brasil moldável, adaptável aos nossos próprios interesses, um interesse, em detrimento do TODO!
Temos que pensar em começarmos a construir a ideia de que somos todos nós, juntos, quem formamos a Nação.
Não só quem legisla, não só quem executa as leis, não só quem as faz cumprir. Mas o povo, tendo em quem se espelhar, vendo exemplos de amor à pátria, para nossos filhos e netos. Comecemos a construir, dentro de nós, a autoestima necessária para que se AME uma Pátria.
Um feliz dia da independência para todas.
(Marilina Baccarat de Almeida Leão) 07/09/2013
Não existe obstáculo, nesta vida, que o ser humano não seja capaz de superar. Muitas vezes, as pessoas costumam se esconder atrás de suas limitações e sentimentos, impedindo que os outros possam, realmente, entender o que se passa com elas. Por isso, as aparências nos enganam. Que bom seria se cada um tivesse a coragem de ser o que, realmente, é e de dizer o que, realmente, pensa, colocar para fora o que, realmente, sente. O mundo, com certeza, deixaria de ser, apenas, aparência e mostraria a essência. Para sermos essência, precisamos mostrar quem somos, mas, na maioria das vezes, não agradamos. Então temos que viver da aparência, mesmo contra nossa vontade, infelizmente. Somos o verdadeiro sentido de tudo aquilo que queremos ser. Ao acordarmos, pela manhã, escovamos os dentes, já pensando na roupa que iremos vestir. No banho, não sentimos o toque da água em contato com nosso corpo, porque estamos pensando no trabalho, que nos está esperando. Tomamos nosso café da manhã, sem perceber seu gosto, pensando nas contas, que iremos pagar. Mal sentimos o calor do abraço, que nos é dado pela manhã, porque estamos imaginando todos os telefonemas, que precisamos fazer.
Assim o dia segue, até que chega a noite. Deitamos em nossa cama e sentimos um enorme vazio, uma estranha sensação de não estarmos vivendo a vida e, sim, a vendo passar! É justamente isso que está acontecendo, a vida está passando e estamos nos esquecendo da essência, pensando, apenas, na aparência.
É chegada a hora de tomarmos alguma atitude e revertermos tudo isso. Precisamos começar a prestar atenção em tudo aquilo que fazemos, mecanicamente, todos os dias. Ao entrarmos no banho, pela manhã, temos que sentir o toque da água no nosso corpo. Tomar o café percebendo seu sabor. Do abraço, que recebemos pela manha, temos que sentir o calor que dele nos envolve. Trazer toda a nossa atenção para o momento presente. Quando estivermos no transito e depararmos com um congestionamento, não devemos nos estressar. Quando estivermos caminhando, temos que sentir o sol na nossa pele, observar os nossos passos, o caminho, as outras pessoas. Com o tempo, vamo-nos acostumando e percebendo mais a essência da vida que é o viver.
Vamo-nos sentindo mais presentes e o nosso eu interior terá uma sensação de que estamos vivos de verdade! Assim, aprenderemos a sentir a essência da vida e não nos preocuparemos tanto com a aparência...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Pelos Caminhos do Viver"
Fazer diferente?
Se você anda cansada dos velhos sabores que sua cabeça tem produzido, cansada do mesmo ponto de vista, vive reclamando do jeito tímido de ser, de suas escolhas, do resultado que colhe de tudo isso, tente fazer diferente! O literalmente genial Albert Einstein disse: ”Não há maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. Essa frase dele é a mais inspirada resposta para quem se queixa da vida. Pois a regra vale para todas! Noventa e nove por cento do que nos acontece é, direta ou indiretamente, resultado de nossas escolhas. Adoro pão, sempre uso o mesmo, que é o pão Frances, bem torradinho, feito na hora, na padaria. Nunca me ocorreu que eu poderia mudar para pão integral, que é uma delicia, tanto quanto o francês. Era como se não existisse outro jeito de mudar, para mim, pão é pão! Mudei de receita e acho uma delicia! Será que você não tem seguido as mesmas receitas de sempre, para cada pensamento, reação, julgamento, atitude ou no jeito de interagir com as pessoas? Quem não suporta alguma realidade, que lhe cerca, deve parar de esperar que a mudança chegue. Pois ela não vem até nós... Ela vem de nós. Não é fácil, o hábito é traiçoeiro, nos faz agir, ou não, antes mesmo de pensar. Por isso, mudar começa na intenção, no tentar, pensar diferente para enxergar diferente e, por fim, fazer diferente.
Sua vida não é um roteiro de filme, que você pode conhecer o final, que pode regravar cenas e fazer diferente. Muitas vezes, você erra, mas é errando que se aprende o quanto é bom acertar, e é acertando que se aprende a não errar. Quem não tem objetivo não sabe o que quer, nunca chega aonde quer, e sempre fica insatisfeita, quando chega, seja qual for o lugar. Quem não cobra ações corre o risco de ver o barco parar no meio do oceano, por incompetência dos remadores. O que é esquecido, jamais será feito, a não ser que seja cobrado. A frase de Einstein é contundente, mas retrata, precisamente, o que acontecerá aos que teimarem em continuar fazendo o que sempre fizeram. Então? Vamos fazer diferente?
Tudo o que a vida nos dá e dela adquirimos, permanecerá em nós...Sejamos pacientes, porque a vivência, não é algo que se possa presentear ou obrigar a aceitarmos...Ou sequer a entender...
Mergulhei no tempo, revendo minhas fragilidades,ainda que em pensamento... Em silêncio, mergulho nas minhas sutilezas, como durante toda a minha vida...Continuo, sigo... Permaneço sendo frágil...
Marilina Baccarat no livro "Corre Como Um Rio"
Lento é o tempo
Vivemos banhados por nuances e pinturas, que se desenham ao longo de nossas vida... Sentimos, em alguns momentos, tristezas, em outros, alegrias... Amores, desamores e, assim, será até que a última página de nossa vida termine de ser pintada, escrita e lacrada... Sabe quando as horas não passam, os dias não correm... Bem, correm sim, passam sim, nós é que não vemos o tempo passar... Ficamos tão absortos, nessa busca do tempo, esperando que ele nos traga algo novo, durante as nossas caminhadas pela vida, que até achamos que o tempo não passa... O tempo se desenha, à nossa frente e, às vezes, gostamos tanto do desenho, que o tempo faz, que corremos para guardar aquele desenho, antes que o tempo resolva apagar e não nos deixe ver a linda tela, que ele desenhou da nossa vida... O tempo é sábio, ele não deixará ficar telas ou papéis em branco, pintará a vida, seja ela vivida em um mar revolto ou numa calmaria de um céu azul e, com um arco-íris, a enfeitá-lo... O tempo desenhará, com suas cores variadas, a vida, com as cores da primavera, do verão, do outono, ou seja, também, do inverno... Mas, nesse vai e vem de cores, o tempo vai, lentamente, pintando as nossas caminhadas, colocando flores em nossos caminhos... Muitas vezes, o céu poderá escurecer, mas o tempo, esse senhor, que nos acompanha, lentamente, saberá colorir o céu... A natureza manda chuva, manda sol e nós, aqui, esperando, impotentes, tendo que segurar nosso choro, nossa vontade, nosso afã... A vida passa e aqui ficamos a postergar, aguardando respostas, que não dependem de nós e que só o tempo trará... Bela é a vida, temos é que saber vivê-la, banhada por nuances e pinturas, que o tempo desenha, não deixando, jamais, que a pintura se transforme em um borrão... O sol forte, muitas vezes, poderá castigar a pintura... Então, o céu, que estava pintado de azul, ficará borrado de nuvens cinzas, que parecem pesadas de toneladas de chuvas, que poderá desabar e estragar o colorido, que o tempo pintou... O tempo é sábio, quando não há cor, os ponteiros do relógio parecem ir e vir em milésimos de segundos, que duram uma eternidade...
Os pensamentos pesam toneladas e nos deixam cansados por não vermos as cores... Mas, chega o tempo trazendo, com ele, uma brisa, que não balança uma folha sequer e o céu, com suas nuvens pesadas, parecem querer desabar... O tempo, com seus passos lentos, com suas telas e os pinceis em punho, coloca o cavalete, abre as tintas, coloca a tela no cavalete e começa a colorir a nossa vida... Manda, para bem longe, o cinza, em que o céu se transformou e embala a nossa vida com nuances, que só ele, o tempo, sabe nos proporcionar... O mundo, lá fora, gira, roda, acontecem coisas, pequenas e grandiosas... Mas, quando a gente sente, pressente, que algo muito grande, muito forte está chegando, não sabemos se é porque queremos, muito, que ficamos achando que estamos tendo pressentimentos... Só queremos, muito, que o tempo passe, que as folhas do calendário virem e o tempo deixe de ser lento... Temos pressa, temos urgência, mas, sentimos que, realmente, o tempo está lento, nós é que não percebemos... Precisamos mergulhar os nossos olhos em sua beleza, que o tempo pintou, para esquecer, por alguns segundos, que só o tempo nos dirá o que não sabemos... Andamos, assim, querendo tudo para ontem, queremos mais, queremos muito...
Andamos, nesse mau humor, por quê? Nessa vontade de que o tempo ande rápido, mas também devagar... Vontade que respostas sejam dadas, medo de quais serão elas... Uma preguiça indizível, uma falta de vontade, pois, o tempo não passa para nós... E, ao mesmo tempo, uma sofreguidão, uma ânsia, uma vontade enorme de sentirmos o tempo passar... Gostaríamos, insuportavelmente queríamos, que, por uns dias, apenas, não sermos... Quem sabe, o tempo, que é lento, nos reservará, uma pintura em sua tela, guardada pelo acaso... Assim, teremos lindas pinturas, com pedaços de nós, que voltaram diferentes no tempo... Seremos banhados por nuances e pinturas, que, somente, o tempo saberá desenhar, enquanto estivermos caminhando, nas trilhas da vida... E, assim, será, até que a última página da nossa vida termine de ser desenhada, pintada e fechada pelo tempo...
Podemos até estar tristes, mas o tempo, ainda que seja lento, colorirá de alegrias, as nossas vidas
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "É mais ou menos assim"
Para onde vai a absoluta intimidade que se teve com o outro, a atenção, a dedicação, evaporaram? Talvez, em alguma nuvem, onde armazenaram tudo o que viveram e o que sonharam... Tão reais e etéreas, como só as nuvens podem ser... Eternas, sempre... Mas o que viveram, as horas que passaram juntos, que foram sublimes, não podem se acabar... Algo que fica armazenado, e que, mais do que nos faz lembrar, nos acolhe, nos envolve e confirma... As nuvens, que são eternas, guardam o rescaldo de um tempo que sobrevive aos acordos rompidos, às bênçãos desfeitas, às juras esquecidas... Somente ficam o sumo, o substrato, a força do projeto que um dia foi compartilhado pelos dois... Não mais, ficam o afeto espontâneo, o registro das intenções sinceras, da vontade de acertar tudo...
fenda da ausência, é isso que torna todos extraordinariamente frágeis...É como se estivéssemos em um labirinto, com ruas escuras sem possuirmos uma lanterna em nossas mãos... Lá estava eu procurando entender ...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Corre Como um Rio"
Não vou contar o tempo, nem os passos, quero apenas que chegue aquele abraço, que fica entre o nó e o laço. Entre o ficar e o depois. Não quero medir o espaço, entre o esperar e o cansaço. Quero corrigir todos os traços, vindo de um abraço. Marilina Leão no livro "Pelos Caminhos do Viver"