Coleção pessoal de marianabertoof
Do que adianta tanto querer e nada fazer?
Do que adianta tanto pedir e nada atribuir?
Do que adianta tanto fazer sem nada sentir?
Talvez seja esse tanto que te impeça de evoluir.
Na janela do quarto, com o amarelo do pôr do sol que se despede em minha pele, e a ventania que trás calmaria ao sentir os cabelos a serem bagunçados no ar, me liberto.
Boleira é sinônimo de riqueza.
A riqueza da manhã com gente, café e bolo arretado;
o luxo de uma mesa com forro xadrez, pé de moleque e beiju a vontade;
o muito desejado por poucos, mas o pouco que muitos não sabem o que verdadeiramente esse luxo tem a nos proporcionar: sensações e vínculos que dificilmente enfraquecerá.
Do sopro divino, a vida;
da água, o vinho;
da crucificação, a ressurreição;
do sepultamento, o perdão.
Não há tribulação que impeça a nossa renovação.
Aqui não é maratona que segue padrões sociais.
Aqui é o lugar onde eu os quebro e me faço revolucionar.
Eu vejo a coerência na imprudência de um ser ardiloso.
Mas não vejo a coerência na prudência de um desabafo que pede por socorro.
A sociedade é uma eterna entrevista de emprego: onde a empresa é o circo e o pobre é o eterno palhaço.
Seguir o plano não é sinônimo de sucesso.
Saiba, pois o fracasso é um resultado comprado voluntariamente.
Pertencer à maioria não faz parte da minha essência.
Gosto do que é pouco visto, mas do que é sempre lembrado.
Jornalista,
a carreira seguida pelo amor;
a profissão da esperança
e o socorro do povo que busca pela mudança.
O abismo do frio que combina com a noite e a chuva com a escuridão,
me parece uma despedida de alguma ocasião.