Coleção pessoal de MariaFatimaSoares

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A sociedade, com as suas regras, pode tentar fazer de mim o que pretende.
Dobrar-me. Manipular-me. Impedir-me de ser livre.
Mas eu, estou sempre a tempo de o renegar... A cada dia que respiro, vou a tempo de emendar o que a sociedade já operou em mim, enquanto não abria os olhos e perdia o medo de a encarar de igual para igual.
Hoje, quem faz a sociedade, sou eu!

O tempo que se "perde" a ler, nunca se desperdiça.
Acrescenta-nos.
Somos sempre mais... depois do último livro, lido

Porque necessitarão as pessoas de gritar bem alto, o seu amor?
Escrever em todos os lugares vagos, como ele os preenche...
Se ao Amor nunca alguém, ouviu a voz!
Não há emoção mais discreta, que nasça espontânea, sem avisar?

Atrás de tempo, mais Tempo vem.
E depois desse Tempo, tempo também, é tudo o que fica. E o que há-de voltar.
Só nós...
Passamos no Tempo e pela Vida, leves como a brisa, sem retornar.

Exalamos narinas fora, a mediocridade quotidiana, que nos entra olhos dentro.
É tudo tão vulgar, meu Deus!
Deixámos de fazer sentido há tanto tempo... Mas vivemos convencidos de que marcamos a diferença

Trazes-me na ponta da língua. Oh, por favor! Não me deixes cair, dessa altura... ao abrires a boca para nomear outra; mas seja eu (sempre aquela), que te aflora aos lábios.

Só as pessoas inseguras do amor que vivem, necessitam de gritar ao Mundo o amor que sentem. Escrever em todos os lugares vagos, como ele os preenche.

Só as pessoas tolas acreditam que se distanciam de todos os mortais ao amar e insistem... que precisam, gritá-lo! Mas se ao Amor nunca alguém, ouviu a voz. Não há emoção mais discreta! Que nasça espontânea, sem avisar.

Para quê gritar o que é nosso?! Tão nosso, especial e particular que devemos guardá-lo de devoradores alheios.

Todos os Amores são particulares a seu modo... para quem os experimenta. Como nenhuma desilusão amorosa é igual a outra!
Deixa gritar apenas os beijos...

E que cada carícia, abale o Mundo, em doce e cúmplice silêncio

Nem todos são estrelas. Uns são conchas, outros malmequeres.

A morte, acontece-nos a todos. O nascimento, nem sempre.
A vida é evitável. A morte, nunca.

Não te iludas! Todos, mentimos. Todos.
Menti-te, confesso. Mas o que me doeu foi não teres percebido que a minha mentira, não era verdade.

Escrevo tanto, de tantas formas e com tantas letras... Que me perco um pouco em cada pedaço de tinta gasto, ao desenhá-las!

Todo o longe que desconheço seria, ainda assim, exageradamente perto para mim.