Coleção pessoal de MariaBia

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Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.

Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer.

Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi o apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.

Com perdão da palavra, sou um mistério para mim.

Fique de vez em quando sozinho, senão você será submergido. Até o amor excessivo dos outros pode submergir uma pessoa.

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

E, se você me achar esquisita, respeite também.
Até eu fui obrigada a me respeitar.

Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.

Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.

E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano.

Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.

Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.

Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.

Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.

Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

Brasília... Uma prisão ao ar livre.

Cartões de Natal
coloridos, tão iguais!
Mas este, ah... o amor...

Nos dias quotidianos
É que se passam
Os anos