Coleção pessoal de marcopaschoal
Pensei!
Oi...pensei em você!!!
Me imaginei te fazendo um cafuné,
você deitada,
com a cabeça no meu colo...
a gente ria e se abraçava...
se abraçava e se tocava...
se tocava e se encaixava...
se encaixava e se gostava...
se gostava e relaxava...
se relaxava e gozava;
...foi bom pra mim.
Ver_Teu
...e sem perceber, chorei.
Não entendi como aconteceu,
do nada
aquela lágrima,
desceu.
Eu olhava o nada,
meu olhar vazio,
marejou,
encheu...
e sem controle,
do meu olho,
aquela lágrima verteu.
Não compreendi.
Foi como um rei,
chorar a lágrima de um irmão gêmeo,
desconhecido e plebeu.
Não era eu!
Será que meu lado triste venceu?
Ou será que meu olhar feliz se perdeu!
Já sei!!!
Pode ter sido alguma emoção boa,
que alguém me deu...
e nessa correria,
só agora meu inconsciente percebeu.
Pois essa vida tá tão louca,
o dia passa,
o ano passa,
e nem percebemos
o que perdemos.
Tomara que tenha sido isso.
Um carinho não percebido,
um afeto adormecido.
Esse sou eu!
Assim, será melhor.
Fica tudo esclarecido.
Não gostaria de descobrir,
que aqui dentro,
um outro Eu
chora.
Seja por solidão,
ou emoção que aflora.
Quero ter controle do meu Eu,
não posso não saber de onde e porque,
Ela, mesmo linda,
pura lágrima,
verteu.
Eu preciso,
ver Eu.
Casado,
bom pai,
bom marido,
cumpridor de meus deveres;
tenho todos os defeitos que me impedem à boemia.
Malditos defeitos!
A coisa é simples!
Ou você se sacrifica,
para organizar sua vida,
ou fica sacrificando
sua vida desorganizada.
Eu quero mais é Amar à toa!
Isso sim é uma coisa boa.
Quero é rir ou chorar,
sem me preocupar
se fui capaz,
se foi fugaz.
Não quero nunca, jamais
questionar quem ou qual foi melhor,
com quem foi puro,
com quem foi duro,
quem mais
me satisfez
ou
me satisfaz.
Amar é um bom sentimento,
não é lamento
de quem não consegue vê-lo,
de quem não consegue tê-lo.
A gente,
só oferece o que tem.
Quando revida o ódio,
atrai todo o mal também.
Quando revira a mágoa,
altera até o amor que tem.
Quando lamenta a falta,
fica mais distante do que já se tem.
Quando você se destrói,
machuca os que te amam, também.
Por isso,
te ofereço o que tenho:
Se ame, meu bem!
Crucificando escolhas.
Repara bem,
olha seu horizonte,
quantas cores tem?
Imagina que tanto de tinta,
umas berrantes,
outras destintas,
algumas até,
quase extintas.
Então,
uma turma,
gosta de uma.
E quer que essa,
seja a única!
Que bobinhos!
Não é assim não,
existem muitas outras,
várias,
um montão...
depende da ocasião;
se é festa,
velório,
ou reunião.
Se é de dia,
de noite,
inverno ou verão.
Pois então,
para com isso.
Quem escolhe a cor que gosta,
é cada ser,
não os nobres cidadãos.
Não sei se sabe,
mas cada um
tem sua própria opinião.
Nem me venha com imposição.
Essa cor que você gosta,
eu...não ligo não.
Acho até bonita,
diferente,
mas não me é,
atraente.
E a vida,
assim deve ser,
cada ser,
com seu querer,
sem uma ordem,
imposta,
mas sim,
o escolher,
com o livre arbítrio,
do querer,
do não querer,
para a liberdade,
acontecer,
sem distorcer
a lealdade,
de cada ser.
Opostos,
se atraem,
iguais,
se distraem,
atentos,
se veem,
distraídos,
oi? quem?
Os perfeitos,
procuram defeitos,
idiotas,
preconceito,
os normais,
seus iguais,
os fúteis,
coisas banais.
E assim vou eu,
no meio desse breu,
procurando em tudo,
me iluminar.
Mesmo nos erros,
mesmo nos acertos,
mesmo no mesmo,
vou meio a esmo,
vivendo de sonhar.
E nem me diga,
que a vida não é assim.
Pois se tem a fórmula,
mostra pra mim,
ao invés de me julgar.
Pois minha vida eu faço,
tropeçando,
meio assim,
no embaraço,
e sempre pedindo,
um bom abraço.
Sou meio assim,
exposto,
pareço mais um esboço,
do que sonho fazer de mim.
Mas no fim,
acho isso bom,
pois nunca sei em qual tom,
a música da vida,
vai tocar pra mim.
E então,
vou rasurando aqui,
me corrigindo ali...
e no fim,
viro mesmo,
esse esboço,
fazendo um tremendo esforço,
pra virar o melhor rascunho de mim.
Do óbvio,
a gente se esconde,
foge,
corre pra longe.
Prefere não ver,
nem quer saber,
que aquilo que sente,
é mais do que vê.
Sufoca vontades,
por pura vaidade
ou até lealdade,
de não sei o quê.
É que as vezes,
na tal verdade,
se esconde a maldade
e a gente não crê.
Mas a coisa mais linda,
que tem nessa vida
pra felicidade,
é a realidade,
que existe em você.
E passava o dia,
só via ódio e ira...
e passava a noite fria,
somente mágoa vinha...
e passava a vida dura,
somente amargura...
e passava um sorriso,
simplesmente, amar cura.
Te rogo uma praga!
Por onde andar,
em quem tocar,
com quem falar,
para quem olhar...
o amor por você irá brotar.
De seu corpo,
um doce e apimentado aroma vai exalar
e por onde passar
os desejos mais sórdidos
com você vão pensar,
famintos libidos
por ti imaginar,
desejos profanos,
vão lhe contar,
cantadas bem sujas,
te sussurrar.
Mas o fim deste conto,
ninguém ouvirá,
se houverem escritas,
irão se apagar,
mas sua memória te lembrará...
e todo seu corpo se contorcerá
pedindo um toque,
que nunca virá,
pois a praga vem agora:
Vai só se arrepiar!
De que serve o outono?
Lá se vão as folhas!
Aproveite também esse outono,
deixe voar tudo de ruim que houve,
deixe secar suas mágoas,
deixe o vento quebrar e soltar de você,
seus desafetos.
É tempo de guardar energia
para então deixar cair ao vento, suas folhas secas,
para que elas fertilizem o solo,
para que elas conservem a umidade,
pois será época de chuva fraca agora.
Pois lá vem o inverno...
com o seu ar frio e seco,
que destruiriam as folhas,
por mais lindas que fossem.
A falta de chuva, o chão seco,
deixariam as raízes fracas,
matando de dentro para fora,
por mais forte que fosse seu tronco.
É hora de cortar os excessos,
cortar aquele galho que pesa,
deixar só os galhos úteis expostos,
nenhuma folha.
Quanto menos atrito com o vento frio e forte, melhor!
É hora de deixar bonita e forte, a terra,
lá na raiz, onde ninguém vê...
para então, quando chegar a primavera,
logo nas primeiras chuvas,
tudo novo rebrotar mais lindo,
colorido intenso,
forte,
imponente,
radiante...
Quero outono
não outrora,
quero o novo,
quero agora.