Coleção pessoal de MarcFerrer

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Descaminhos
Ainda tenho asas.
Mesmo na prisão de um coração que bate sem ter pulso. Ainda vivo pelo ar que tu respiras.
Vôo pelo oceano dos teus olhos e no porto do teu sorriso abasteço minha paixão.
Minhas lágrimas são consolo para um coração dilacerado...
Os teus braços são laços que me enlaço e faço de ti minha felicidade. Então por que me prendes? Não sei o porquê pensas que pode me prender, pois nestes caminhos e descaminhos ainda tenho asas...

A PAIXÃO DE CADA DIA...

Mas tudo bem, sou assim
Algumas vezes, sou forte como a rocha, outras revoltante como o vento, outras adaptável como a água,...
Mas ao final ainda sou um menino descobrindo a vida,...
Descobrindo a paixão de cada dia que nos é dada...

Uma tristeza tão grande, tão só, tão minha... sorrisos não vão adiantar..., mas isso passa.

Sinto saudades deste teu sorriso, desta tua alma que ainda não conheço, mas a vida é assim. Às vezes nos prega peças. Faz-nos rir, mas também nos faz chorar. Depende do dia em que você se encontra, mas ainda o sol há de brilhar...

Espere minha chegada...

Espere pela próxima brisa, destas que o tempo que precede o inverno traz: Estarei chegando com o primeiro raio de sol...
Estarei chegando com o orvalho das manhas de primavera, destas floridas de alma e perfumada pelos colibris...
Estarei chegando juntamente com o amor p aquecer o teu coração...
Mas ainda que demore um pouco, estarei chegando. Não sei se pelas asas de um anjo ou pelas nuvens de algodão, mas até mesmo em sonho estarei chegando...

Eu tinha asas e não sabia....
Sou um homem à procura de conhecimento... Não sou um anjo, mas ainda tenho asas... Não gosto de mudanças, mas quando a vida nos exige, então temos q mudar... Algumas pessoas me consideram um poeta. A elas obrigado, mas poeta não sou. Sou apenas alguém apaixonado pela vida que tem uma percepção diferente dos detalhes que a alma nos oferece...

Estou de luto pela humanidade. Ainda sinto compaixão por ela. Sem anjos ou demônios. Existem apenas os mortais...
...meros "Mortais".

LÁPIDE...

Senti uma corrente de ar. Foi um ar gélido que tomou conta da sala. Olhei para as janelas e elas estavam todas bem fechadas. Uma suave voz entoou em meus ouvidos:
- Oi meu amor...
Olhei ao redor. Nada vi. Logo cuidei de me acalmar. Pensei ser um sonho. Mas as pílulas não me deixavam dormir havia muito tempo.
Tentei sussurrar teu nome. Mal consegui mover os lábios. Senti um beijo, mas não foi como de costume, cheio de paixão. Este ao contrário foi menos intenso. Achei que era o álcool. Mas não bebia havia dias...
- Oi princesa! ... Pensei tê-la visto, mas foi a cortina balançando ao vento. Afinal encontrei de onde veio a brisa gélida, mas aquela que senti não gelou o corpo e sim a alma.
Observei o relógio e já era tarde. Pensei em ir me deitar, mas hesitei mais uma vez. Então fui ler um livro. Algo que me desse um alento.
Não funcionou. Fiquei mais irritado. Saí da sala e fui à copa. Em cima do armário vi a nossa fotografia em um quadro dourado. Lembrei-me daquele final de semana – ótimo por sinal. A cachoeira, o chalé, roupas jogadas pelo chão. Foi maravilhosa aquela noite, talvez uma das melhores.
E porque mesmo agora estando ao teu lado eu sinto um vazio. Sempre tivemos uma vida feliz. E sempre te amarei...
- Quem é? Parece que vi alguém passando...
- É você querida?
Por que ninguém me responde. Sinto o coração gelar. Um arrepio. Nossa! O que será isto? Eu com meus plenos 35 anos não posso estar com medo...
- Será que foi o cachorro? Mas não pode ser. Ele está lá fora...
Vou até ao quarto e ela está como a deixei. Linda, meiga e quente. Sinto teu perfume, pois ela ainda está em mim. O quarto estava da mesma maneira que eu o deixei.
As velas jaziam sobre o mesmo lugar. O candelabro acima da cama. O mesmo cheiro de incenso pairava no ar.
Olhei para teu rosto e vi um sorriso entreaberto, aquele de canto, como só as crianças tem.
Novamente ouvi passos. Agora estavam pertos demais. Cheguei a sentir sua respiração passas por mim como se nem ao menos eu estivesse ali. Dê um salto aquela pessoa foi à cama.
Tentei agarrá-lo, mas foi em vão. Não pude contê-lo. Assim como você não pode conter a solidão.
Hoje me contento em ver o teu sorriso quando de repente corre uma lágrima dos teus olhos quando você olha para nossa fotografia. Entretanto ainda estou feliz. Pois tenho metade do amor que sempre quis. Porque sei, mesmo vendo você aqui do alto, que vim para ficar. Também sei que ainda me ama. Só não entendi o porquê do outro. Mas tento compreendê-la. Pois não é fácil estar em uma lápide há cinco anos...



Morte
Este é um bom dia para morrer.
Aprendi;
Cresci;
Tive experiências;
Vivi...
Hoje posso dizer que tive uma vida...
Apaixonei-me, sofri e amei...
Conheci você. E hoje sou amante dos mistérios da vida...
Beijei o beijo doce da morte.
Sorvi cada gota da mesma maneira que respirei o teu perfume.
E neste momento de certeza, Te amo.

"Somos mais do que os olhos podem ver. Somos anjos de alma e coração. Desejosos em encontrarmos a outra metade de nossas asas procuramos pelos ares e mares o amor infinito..."

Apenas gosto de escrever, mesmo que seja por prazer.
Invento palavras na hora. No instante exato que a idéia surge.
Se são lindas, poéticas ou esdrúxulas... cabe a você decidir."

Sorrir
Sempre que quiser sorrir
lembre-se das estrelas
que nunca se apagam
sem ao menos ser vistas
por todos.
Então

Olhe-se no espelho e verá
uma estrela cadente em teu sorriso
e se lembrará
destas humildes
palavras...

"Contentar-me-ia em ver seus olhos
Na imensidão do azul sem fim
Contentar-me-ia em ouvir sua voz
Em um silêncio sem fim
Mas não suportaria sua falta em meu coração
Que estaria de luto pela sua ausência
Em saber que não poderia tê-la em meus braços..."
E talvez
Como espelhos do tempo as janelas de minha alma
Trariam novamente ao meu semblante a sua lembrança
E mais uma vez um perdigoto de felicidade
Estaria a correr pela minha face

"Se estivermos todos juntos rumo ao horizonte. Seremos muito mais que vencedores. Pois só a contemplação da beleza do caminho percorrido será o suficiente para engrandecer a alma..."

No beijo mórbido de uma fria noite de inverno. Vim a aquecer a tua alma com meu abraço...
Sou luz e escuridão...
Sou a voz daqueles q se lamentam de uma paixão proibida,...
Sou conhecido por vários nomes, mas me chamo "Poeta".

A solidão é algo q nos convida à reflexão de nós mesmos.Sinto-me só entre muitos.Sou apenas a palavra descrita ao vento q divaga entre almas q perambulam entre os vivos.Sou apenas a LIBERDADE da vida perene q nunca termina:"Decifra-me ou te Devoro."

Diante do espelho
- Oi!
- Oi. Novamente nos encontramos.
- Como vai esta dor?
- Doída como sempre...
- Vejo que ainda não se acostumou?
- Não. Ah!... Que horas são?
- Três horas. E como da última vez não conseguiu dormir?
- Não desta vez foi pior.
- Conte-me.
- Foi lentamente. Fechei um dos olhos. Vi um imagem turva abri-o novamente. Não era nada. Sonolento, virei - me de bruços. Pela dor mal consegui respirar. Virei a olhar novamente para o teto...
- Então?
- Vi um facho de luz se aproximando bem devagar. A luz era fosca e cada vez mais foca foi ficando. Até que então adormeci. A última imagem que tive foi o nosso reflexo no espelho. Quando dei por mim estava sentado diante de mim mesmo. Em minha frente o guarda-roupas enorme e de um imenso marfim imperial. A janela às costas, o abajur em cima do criado mudo ao lado esquerdo da cama. E ao seu lado o relógio com seus tic-tacs me informavam as horas.
No teto o ventilador parado há dias, pois estava frio. Levantei-me e fui ao banheiro.
“Todas as manhãs o meu amor por ti é sempre o dobro do que foi ontem...
Ao meu amor, beijos.”
Meu coração sorriu. A mensagem estava escrita de batom no Box. Saí à porta olhei para a Cama. Um lugar frio e o outro ainda quente. Dirigi-me para a cozinha. A sede apertou, engolia à seco.
A porta da geladeira aberta. Outra vez a esqueci assim. Mas desta vez, assim como quando deixo o leite ferver até sujar o fogão, não levei bronca alguma. Ao lado um prato só na mesa foi o resto que ficou. Perto estava o copo com gelo, ou pelo menos o que sobrou do gelo misturado a uísque que já aguado e sem sabor servia de piscina para uma mosca que como eu parecia afogar as mágoas...
Novamente fui ao banheiro. Notei no cesto de roupas sujas algumas que não via há algum tempo. Também pudera as minhas estavam por cima havia mais de mês. Voltei ao quarto. Sentei-me diante o espelho. E de repente vi-me em seus braços. Éramos loucos apaixonados e de um amor insano... mas, talvez, apenas lembranças de um dia que se foi.
- Dói?
- Muito, ainda. Mas desta vez foi pior. Precisei de mais uma bebida, pois o torpor é mais aconchegante do que a lembrança. E em meio a essa vida de rastejo. Sobrevivo... a cada dia.
E hoje que me encontro com minha consciência. Pergunto-me em que eu errei? Foi no modo rude? Nas palavras ásperas? A falta de tempo? Não sei ao certo para dizer o que aconteceu. Talvez o desleixo, mas todo homem é meio desleixado. Enfim a dor. Dor que traduzida ao pé da letra significa e se transforma em saudade. Pois se não fosse a morte te levar. Deixaria abaixo do seu bilhete no Box as seguintes palavras:
“Se o teu amor por mim é sempre o dobro do que foi ontem.
O meu por ti jamais existirá em um amanhã. Será tão somente um hoje, tão constante como o ar que respiramos...”

"Ó beleza! Onde está tua verdade?"
Estás nos olhos de quem vê...
e na alma de quem sente
no ar que você respira
está na tua vida...
através dos teus olhos.

Maldito o Homem que instituiu o casamento. Deveríamos ser ainda donos de nossa própria vida... Estou enclausurado!

"Venha que estou sussurrando teu nome. Ainda não ouviu? Preste atenção e ouça a voz do teu coração, sou eu implorando um sorriso. Sou a liberdade dos teus pensamentos a te esperar. Simplesmente sou o amor..."

Todo sorriso é uma forma de apresentar o q temos de melhor. É um cartão de visita realmente incrível. Abre portas que nem ao menos imaginamos.