Coleção pessoal de MarcelaMenezes
As vezes eu tenho medo de acordar e ver que o mundo não passa de uma realidade sem sonhos ou esperança.
As vezes, quando eu olho para mim mesma tudo o que eu vejo são os defeitos. Mas, aí eu paro e penso: Sem os defeitos eu não teria as qualidades, e mesmo que eu não possa vê-las, no exato momento, eu sei que elas existem. É exatamente essa combinação que defeitos e qualidades que faz quem eu sou. E eu não sou perfeita e eu nunca vou ser, porque se eu fosse eu não seria o que sou... E eu sou simplesmente quem eu sempre quis ser.
Amigos. Ultimamente eles têm sido meu porto seguro, meu refúgio. São eles com que posso confiar e sempre contar... e se um dia meu mundo desabar, eles serão as pilastras que manterão tudo de pé.
Com o coração eu amo. Do meu amor surge a esperança que constitui meus sonhos, e estes formam-me por completo. Tudo está interligado. Talvez eu não seja nada mais, nada menos, do que meu coração ou do meu simples amor.
Amigos de verdade são aqueles que, se você cair, vão rir de você. Se você fizer algo constrangedor, vão colocar no youtube. São aqueles que vão debochar de você por fazer algo idiota. São aqueles que vão fazer aquelas piadas e brincadeiras bobas sobre você. Mas, o mais importante... Os amigos de verdade são aqueles que vão te fazer rir e te apoiar incondicionalmente. São eles que irão segurar suas lágrimas se você chorar, e se alguém te magoar eles vão fazer de tudo para te defender. Porque amigos de verdade, são aqueles não nunca irão te abandonar.
Era um caderninho cujas folhas amareladas continham palavras traçadas com tinta, lágrimas, sonhos e esperanças. Um caderninho que servira de abrigo para as palavras em tempos felizes e nos mais difíceis e que nunca deveria ser lido. Era um caderninho secreto que ficava guardado junto ao seu dono cedendo-lhe mais páginas e absorvendo sonhos em formato de pequenas palavras. Palavras tão frágeis e tão doces que guardavam algo muito maior que seu significado e que nunca foram descobertas. Eram todas palavras de amor e tristeza escritas a uma admirável caligrafia e borradas por pesadas lágrimas. Eram palavras machadas por erros e reescritas com sabedoria. Mas, acima de tudo, eram todas apenas palavras escritas em um caderninho manchado pelo o passado e reescrito pelo presente.
Palavras são palavras, que com simplicidade soam como acordes de violão enquanto se revelam sublimes como as notas de um violino em seu ponto mais agudo, até a pausa de uma vírgula sob as linhas que as ostentam.
Palavras sozinhas e delicadas escritas com a caligrafia suave de uma harpa, que quando tocadas tornam-se mais leves que a refrescante brisa de um dia de primavera.
Palavras são apenas palavras, independente do formado, cor ou tamanho, são apenas ingênuas e comoventes que nos trazem o alívio e a serenidade sob a nossa contínua melodia.
Todas essas são palavras sem ritmo, que dançam sob a sinfonia melancólica ou agitada, porém harmoniosa tocada por nós, maestros de nosso próprio saber e de nossa própria orquestra.
São estas as palavras que nos dão sentido, razão e existência. Acolhem-nos com ternura e nos ensinam pelo mais livre prazer do saber. Palavras que podem ser doces, porém amargas.
Palavras esquecidas e palavras inesquecíveis dão às mãos, desgrudam do papel e da lembrança, criam vida, viram música.
Essas são palavras como uma melodia sem música, sem som, que é tocada no doce silêncio das mortas teclas de um piano e que soam suplicantes e caem sobre as contínuas linhas e derrama lágrimas cristalinas que, hoje, são seguradas pelo simples e humilde ponto final, sua mais pura barragem de sentimentos.
Nós sempre vamos ser obrigados a parar, pensar e escolher. Mas nem sempre vamos escolher o certo. Vamos errar, e com isso aprender. Vamos evoluir, e um dia, talvez, iremos colher os frutos das nossas boas escolhas.