Coleção pessoal de marcelachatinha
Vestiu-se de encanto e escolheu a noite. Seu altar é o céu. Chama-se estrela e brilha independente dos maus dias...
Tempo, deixe-me partir, porque levarei parte do que sinto, deixarei parte de mim! Sagrado é o dom de deixar-se em saudades!...
Não lamente por aquelas pessoas que se aproximaram e não permaneceram, pense que deixaram algo de si num tempo aprendiz em sua vida! Cumpriram sua missão de serem "pessoas cometas". E, certamente não passaram despercebidas. Levaram algo, deixaram algo. É seguir, continuar... Outros virão, e se a vida permitir, permanecerão!
"Um perto não configura dentro... Um distante não configura ausência. As sensações são mistérios humanos e quando vividas em sua grandeza e nobreza, levam parte de nós ao outro, deixam partes do outro em nós. Admiro a capacidade do amor, principalmente quando vai além do que racionalmente explicamos".
Questiono mentiras conceituais e verdades absolutas! A vida merece ser vivida na intensidade dos momentos. Para isso, muitos conceitos precisam cair por terra e muitas verdades absolutas ninguém até hoje conseguiu provar!
Deixar a vida leve é dar sentido aos caminhos. Se tudo for um peso perde sua beleza e essência. O espontâneo e o natural continuam sendo o belo mais notável e possível a cada um de nós...
Pelos sonhos que a vida motiva a torná-los reais...
Pelas desilusões que apontam a necessidade de calcar os pés em chão firme...
Pelas expectativas que tantas vezes são egoísmos desmedidos...
Pelas dores que sangram a alma...
Pelos erros que em determinado momento fizeram da verdade uma ferida em outros...
Pelos medos que fazem vislumbrar o desconhecido em dois lados...
[...] Pela falta da esperança...
Pela liberdade que faz escolher entre tantos partos aqueles portos onde ficamos, por tempos indeterminados.
Inteiros e em tantas partes e todas elas falam de nós... Seres complexos querendo desvendar o próprio mistério de sentir... Viver, ser...
Dalva Tenório (foto) é paulista de Osasco, a 24 qui¬lômetros da capital, São Paulo. Nasceu no dia 20 de setembro de 1972 e foi criada em Pernambuco. Está há mais de 25 anos cantando, e no grupo Cantores de Deus completa 15 anos no ano 2012. Já trabalhou com renomados cantores da música tradicional nordestina, e desde criança trabalha em estúdios, em gravações. Conheceu o padre Zezinho, scj, no ano de 1994, quando foi convidada para cantar no álbum: Quando a gente encontra Deus, desde então não mais deixou de cantar a serviço do Evangelho. Participou em vários álbuns da área como solo e backing vocal.
“Desde cedo envolvi-me com a música, cantei por dois anos no projeto Asa Branca, de Dominguinhos, que resgatava a música de Luiz Gonzaga. Cantei ao lado de Osvaldinho do Acordeon, de grandes nomes da música popular e sempre trabalhei com gravações em São Paulo. A convite da Paulinas-Comep, gravei algumas faixas no LP/CD Quando a gente encontra Deus, de padre Zezinho, uma delas a canção Senhora e Rainha. Então, padre Zezinho me convidou para alguns shows e passei a integrar o grupo que cantava com ele. Foi esse mesmo grupo que lançou o primeiro CD: Em verso e em canção no ano de 1998. Nascia o primeiro trabalho do grupo Cantores de Deus.
Quando sobra tempo, fico em casa com minha fa¬mília. Gosto de ver filmes, ser esposa, ser mãe e fazer comidinha! (risos). Gosto de ver as pessoas alegres e de estar sempre pra cima, a vida passa rápido demais, então, prefiro não perder tempo com problemas e tristezas. Curto cada instante como se fosse o último!
“Ser mulher é ser templo de Deus, é gerar vida, é transformar!”
Dalva Tenório
Karla Fioravante (foto) é paulista, nasceu no dia 13 julho de 1976 na cidade de Mirandópolis (SP), a 596 quilômetros da capital, São Paulo. Canta há mais de 20 anos. Em 2012, completa 15 anos de caminhada com o grupo Cantores de Deus. Além da música, trabalha como terapeuta, é formada em musicoterapia, psicanálise e especialista em psicopatologia.
Quando não está nos palcos, gosta de ler, ouvir música, malhar e escrever crônicas. Já trabalhou em direções de voz de cantores renomados da música católica e faz produções na área e backings vocal em vários CDs ca-tólicos. Conheceu o padre Zezinho, scj, desde a infância e seu objetivo sempre foi cantar evangelizando.
“Desde muito jovem eu já cantava nas paróquias da cidade onde nasci. Sempre tive o desejo de ir além. Até que um dia fui a um show do padre Zezinho e expus a ele meu desejo de evangelizar por meio da música. Passei a viajar com ele em 1997. Não foi fácil no iní¬cio, e, como todo trabalho, exigiu muita dedicação. É um exercício de fé perserverar naquilo que se almeja. Antes de seguir exclusivamente a trajetória com o gru¬po Cantores de Deus, eu estudava, trabalhava como digitadora e cantava nos fins de semana em barzinhos da região onde eu morava.”
“Vamos viver sem nos acomodar. É preciso ter força para ir além quando o coração pedir e saber conquistar seu espaço com ternura e fé.”
Karla Fioravante
Sou ponte entre pausas e reticências.
Amante da profundidade.
Amiga das almas boas, dos sorrisos sinceros e dos amores eternos!
Bom dia!
Valorizo pessoas que valorizam valores!
É, valores:
Singularidades!
Sinceridades!
Cumplicidades!
Atitudes nobres!
Gestos!
Gentilezas!
Plurais...
E isso não há dinheiro que pague.
Sei tão pouco sobre a vida que às vezes penso que minha lucidez precisa de recall.
Ou vejo de mais ou de menos. Não sei...
Sei apenas que algumas atitudes diárias que vislumbro, me fazem acreditar (ainda) em um mundo onde a delicadeza possa vencer a agressividade.
Onde o respeito possa vencer a mentira...
Onde o amor exista sem exigir perfeição.
Onde a coragem vença medos internos.
Onde permitamo-nos viver o hoje com intensidade, pois o amanhã pode ser saudade.
Onde olhares se comuniquem sem palavras e onde as palavras descansem quando os gestos falarem.
Onde existam amizades desinteressadas.
Onde o poder não seja usado como arma.
Onde talentos sejam aplaudidos sem inveja.
Onde o reconhecimento seja legítimo...
Onde um abraço possa ser morada da paz...
Seria um mundo alienado?
Será que estamos tão insensíveis e engessados à vida que tudo passa a ser mais importante que viver?
Há cinza dentro de mim...
Um espaço, um vazio não suprido, um tempo ainda não concebido!
Há um encontro não marcado, uma espera latente...
A tarde passou, mais um dia se foi, uma página a mais dos dias...
Renovo a saudade do não vivido...
A melancolia da alma.
O meu olhar lança-se para novos voos, enquanto meus pés permanecem no chão.
(Ou sob os telhados de Paris).
Tenho medo da porta que não mais se abre...
Tenho medo da maldade...
Medo da ignorância;
Medo do nunca mais...
Tenho medo da má fé...
Da injustiça; do olhar entre os dentes...
Temo não ser amada; ser rejeitada; errar mais que acertar...
Tenho medo das expectativas;
Medo daquela primeira impressão que nunca se apaga...
Temo a covardia;
Tenho medo de deixar o tempo passar e não viver o hoje... Perder o tino... O time, a hora...
Temo gritos; grosserias; ausências...
Tenho medo das não voltas!...
Medo do que nunca vai acontecer...
Tenho medo de promessas, medo de me iludir... Medo de não perceber o caos instalado!...
Temo as perdas...
Temo a indiferença...
Temo a discórdia!...
Tenho medo da insensibilidade...
Medo de não dizer o que sinto...
Tenho medo dos dedos que apontam sem conhecer...
Medo de feridas que não cicatrizam...
Medo de não olhar nos olhos...
Tenho tantos medos...
Que saem de mim e que talvez involuntariamente atinja pessoas que amo, que não conheço, que apenas me "conhecem"...
Tenho medo do medo...
E sentir que é maior que eu, num mundo de tanto medos externos a mim!...
O medo só é superado com enfrentamento e fé!...
Na minha zona de conforto mora o medo e todo medo é um risco!...
Pausa...
O meu medo é o meu maior estímulo para superá-lo.
Aqui jaz um território vago, espaços um pouco mais que nada, ou talvez um tanto que nem saberia descrever. O que há, não é. O que é, não fica. Foi...Fui!
Não sei colar em provas;
Não sei andar de patins;
Não sei tocar bossa nova;
Não sei nadar borboleta;
Não sei virar omelete na frigideira;
Não sei falar francês;
Não sei pintar minhas unhas;
Não sei dançar flamenco;
Não sei matemática;
Não sei dizer: adeus.
Gosto de gente simples nos gestos, complexa nos pensamentos...
Gosto de gente que erra, que tenta, que tem coragem de dizer a verdade sobre si.
Que não esconde fragilidades, que se mostra capaz de compreender, ouvir, calar, falar...
Gosto de gente incomum nos detalhes, comum no dia-a-dia...
Gente que ri de si e que gosta de se arriscar para colher uma flor de um jardim no meio do caminho.
Gosto de gente que ama devagar, que observa minúcias...
Gente que acorda de madrugada para dizer que tem saudade...
Gosto de gestos imprevisíveis, de abraços desarmados, gosto de olhares tímidos...
Gosto da fresta na janela anunciando um novo dia com uma música aos meus ouvidos...
Gosto de trilhas sonoras...
Gosto do cheiro da noite, das flores regadas, de terra molhada e pés descalços...
Gosto de ouvir gargalhadas... De sorrir junto!
De mau humor pela manhã...
Gosto de mãos que se afagam!...
Gosto de aconchego, do silêncio que acolhe, das palavras compreendidas, dos minutos que sucedem o perdão...
Gosto da humanidade, da compaixão, da empatia...
Gosto do gosto, do sentido, do intuitivo, do instintivo...
Gosto do toque, da sutileza... Gosto da força, da atitude...
Gosto de gente que tem defeitos, virtudes, dons...
Gosto da imperfeição do ser, do tempo que alinha as almas, dos gestos que transcendem as regras...
Gosto de saber que caminhos se cruzam, e que pela arte do encontro nossa vida pode nunca mais ser igual...