Coleção pessoal de MarBreda
Na fronteira da vida, vi o tempo se esvairá em discórdia do que é numerado aos olhos vis e desnudos da Gentileza. MARBREDA
Dizem que o dinheiro traz felicidades, trás bens materiais, e outro bens, fúteis, que podem ser tocados. MARBREDA
Um mar de estrelas me faz pensar, a nudez que nutri a flor, que encanta os alhos, como quem espera as pétalas caírem. MARBREDA
Distinto é somente o que não pode subtrair do sensato sabor do natural suco do desejo pelo que é duvidoso. MARBREDA
Tocar em algo pode trazer um prazer imensurável, para quem toca um sapo a espera de um príncipe. MARBREDA
Eu preciso do silêncio nos dias. As noites ouço o respirar dos pássaros a dormirem em sono profundo a espera do sol acordar, para mais um dia de gritarias e palavrões obscenos. MARBREDA
Loucura seria deixar a vida se esvairá em areia pelas mãos, mesmo que calejadas do árduo trabalho de viver. MARBREDA
Não tenho pretensão nem sou desvairado aos olhos alheios, que enxergão razão onde não existe. MARBREDA
Jamais tive a pretensão de ser o dono da verdade. Gosto de ser um espectador da vida, para que eu possa ver as tristezas e as alegrias dos dias dos outros, sem me olhar no espelho. MARBREDA
Uma multidão possui muitos ares as vezes parecem gelo, outras fogo, e nesses diferenciais de temperaturas, que a hostilidade parece viver. MARBREDA
Só vejo os dias em que me misturo em meio a multidão, são dias em que sinto me mais feliz... Mas eles consecutivos sugam de mim o ar que não possuo. MARBREDA
A poesia dos dias se contradiz, com insuperável momento de incapacidade de não poder fazer absolutamente nada pelo inevitável. MARBREDA
Em uma ampulheta a voz quase que imperceptível da areia escorrida pela pequena fissura contida no vidro, faz com que os dias passem sem ser perceptíveis aos que não acreditam em si mesmo e se enchem de areia. MARBREDA