Coleção pessoal de magicamistura

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⁠⁠A poesia é sempre oportuna. Chega de mansinho ou derrubando muralhas. Pouco importa. Só por decifrar o mundo à sua maneira, já tornou-se oportunidade.

⁠Uma mudança interna envolve uma série de ajustes íntimos. É uma parte importante e também difícil da jornada evolutiva. Talvez porque sejamais prático tentar mudar os outros do que a nós mesmos.

Muitas vezes nem trata-se da última gota, a fatal. É o gotejar constante, que cortanto os sonhos, tritura junto a esperança.

⁠Não há aprendizado sem erros. Vamos procurar ter paciência conosco e com os outros nesta caminhada. Ninguém nasce sabedor de tudo, mas cada um tem seu quinhão de experiência para oferecer ao próximo.

Fazer poesia até que é fácil. Transmutar o fel em néctar e o mel em zinabre. Esta sim é a missão impossível à que todos os dias se lan⁠çam os poetas.

⁠Que não existam dúvidas. Apenas as "não certezas". Estas, logo se transformarão em cristalina realidade.

⁠ A quietude profunda de um pensamento esquecido. Terreno fértil para a semente nova de um Universo inexplorado.

⁠Preencho de poesia, aquele espaço sem nexo que habita entre o que fui, e o que eu poderia ter sido.

⁠Toda alma é bonita
Cada essência é completa
Durante as tantas vidas
A plenitude é desperta

⁠Não posso crer que aqui estamos para sofrer, não faz sentido. Mas, acredito que vivenciar o agradável e o cruel, faz parte do eterno aprendizado da jornada infinita do existir. É o que nos aprimora os sentidos e desperta nossa humanidade.

⁠Esvaziados o egoísmo e a cobiça, restará então a vontade vivaz de partilhar o pão e o ócio.

⁠Perambulava pelas ruelas tal barcaça desmotivada e à deriva. Então, no maremoto de um olhar, encontrou o norte e o leme para sua fustigada embarcação.

⁠O sonho é o substrato encantado que nutre, germina e floresce o jardim sagrado da nossa existência.

⁠Achava que andar em círculos era coisa de doidivana. Um dia, prestando atenção em sua vida, deu-se conta de que seu maior entrave era a sua própria opinião.

⁠A simplicidade abriu mão de supérfluos. Ela é suficientemente bela em si mesma.

⁠Caminhava à esmo, catando conchas na praia. Gastava sua tarde manhosa, colorindo as rotineiras retinas de instigantes tons de verde e azul .

⁠Pisou no assoalho das desfeitas cerâmicas, com a destreza de quem já tropeçou por mil vidas. Juntos seus cacos doloridos, tentando refazer sua magoada luta em um poço perpétuo de esperança e poesia.

⁠Não existe um momento específico para celebrar a vida. O simples fato de estarmos aqui e agora nos coloca no protagonismo de tantas possibilidades. É um desperdício de oportunidade não vivermos intensamente essa aventura esplêndida.

⁠Perdoar é seguir em frente. Não é esquecer a ofensa como se nada tivesse acontecido, mas é ser conhecedor de que ninguém é perfeito. De que todos estamos no caminho da evolução. É perdoar a si mesmo, antes de dirigir esse sentimento a quem te feriu. É dar-se a chance de recomeçar, limpando sua aura de ressentimentos. Porque assim, na verdade, estarás beneficiando a ti mesmo.

Foi um caminho longo e repleto de incidentes. Em certo ponto, o mato seco já tinha ares de jardim francês. Ela aprendeu com seus calos a ver a beleza em tudo.