Coleção pessoal de MagaiverW

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Encaixa a tua solidão com a minha
Dá cor a minha noite
Beija meus olhos com tua doçura de menina
Vem ser a minha sorte

Veja como meus olhos abraçam os teus.Sinta como minhas mãos deslizam para dentro de tuas coxas...

Tem gente que deveria ter o sobrenome de SIMPATIA.

Ela tem todo aquele jeito, aquele molejo no caminhar...Aquela safadeza no sorriso e o despudor no timbre da voz.Voraz no cruzar de pernas, certeira no balançar dos cabelos negros.Transpira libido...sem medo de se lambuzar.

Abre um sorriso
Alegra meu riso
Pois contigo quero
Colorir o verso
Correr o risco
Fazer da vida
Mais que um rabisco.

Meu olhar longínquo a deitar-se sobre cada peça do teu corpo contempla cada um de teus poros.Uma mistura de insonia e paixão a transbordarem por entre linhas, muros tortos.Línguas malditas, línguas profanas.Poemas que se esbarram, desarrumam as camas.Estampada no rosto um sorriso safado, um olhar dissimulado, desfia meu ar, tira a roupa invade o mar, se mistura com as ondas.Aguça meu gosto.Uma tempestade em forma de mulher, uma mulher em forma de bem querer.De passos leves como uma primavera desnuda, ela parece flutuar sobre o meu embriagado ser.

Olha só aquela morena de saia rodada
Com o seu rebolado
Roubando olhares por onde passa
Com um copo na mão dançando no meio da rua
Sem pressa de chegar em casa

Um pedaço de lua
Uma estrela cadente
De pés descalços
Até parece que flutua
Mais poesia do que gente.

Era madrugada de Sábado para Domingo se bem me lembro, saímos a beira da praia para admirar a lua e contar as estrelas, de repente ela olhou para mim, abriu um sorriso tirou a roupa e saltou para o mar, se misturou com as ondas.Então percebi, ali diante de mim estava o motivo mais belo da minha insônia.

A BIPOLARIDADE DAS PALAVRAS (VERSOS BIPOLARES)

O mundo é um caos
O mundo é um show
As pessoas não prestam
As pessoas são tudo de bom
Eu não amo ninguém
Eu amo o mundo inteiro
Eu odeio acordar cedo
Eu amo o amanhecer
Eu odeio escuridão
Eu amo a noite
Eu odeio a ressaca
Eu adoro exagerar na dose
Eu não me importo com ela
Eu morro de ciúmes
Eu detesto barulho
Silêncio pra mim não rola
O mundo é um caos
O mundo é um show
De versos bipolares como esses eu me faço
E aqui estou

No peito raso o coração ralo se vê em saltos por entre galhos.Será a "febre do rato" ou apenas passos falhos?

"Ó anjos cuja as asas cortam a noite e atrocidam os corações errantes.Eis o meu carvalho cujo o sangue derramado amança seus lábios ao de estrelas arfantes.Façam por favor jorrar os sonhos por de trás destes olhos."

Eu sonho com dias melhores
Onde o amor não exista só nos contos de fadas
E as guerras sejam apenas tristes histórias passadas
Onde ninguém seja dono de ninguém
E das trivialidades não existam reféns
Onde ninguém precise vender sua alma ao diabo
E nem se tornar um invisível na calçada implorando um trocado
Onde quem jurou o povo servir e proteger
Finalmente honre suas palavras e cumpra o seu dever
Onde a voz que grita por mudança por uma questão de consciência
Não seja mais atacada nem reprimida com violência
Onde a liberdade de expressão corra livre e solta
Onde só os beijos nos calem a boca

A moralidade é imoral!

A culpa não é minha
É sua, totalmente sua
Que transformou minha desventura
Na mais bela e cruel poesia

Ninguém mata mais do que a vida.

"A guerra é medonhamente eterna.Quando não está a se colidir entre os prédios, está a se debater no interior dos homens.

Por onde andará ela
Que levou minhas tardes
Deixou só saudades
Pintadas numa aquarela?

Amo formas, curvas
Sou apaixonado pelas artes
Apaixonado pela noite
Mas também pelo nascer do sol
Sou fascinado pelo cosmos
Pelo ocultismo
O sobrenatural
Tudo que parece estranho
Tudo que me parece misterioso
Sou apaixonado pela desordem
E até mesmo pela morte
Mas sem renegar a vida
Nem os sonhos...

Fiz do teu riso meu latíbulo, meu paraíso
Declamei aos ventos,
Silêncios, perfumes
Noites com ar de improviso

Naveguei por entre versos
Transbordei minha alma
Nas folhas de um caderno
Réu confesso

Parecia um sonho
ao abrir os olhos
A lua amarela
tingiu o céu
ao saltar da janela