Coleção pessoal de MagaiverW
Poesia não espera
Poesia é grito de guerra
É chama viva
Azul do céu em mistura
Com o breu da terra
É corpo e sangue a prova
Entrega da alma
Que vira prosa
Adoro tudo em você,
tuas pernas nervosas,
tuas coxas grossas.
Tua mania de me tirar o sono
e morder os lábios
enquanto puxa os cabelos
para trás da orelha.
O jeito que você me devora
com olhos de terceira intenção
em noite de lua cheia.
As marcas do teu batom vermelho morte
espalhadas pela cama,
teu perfume de sereia,
tua dança de cigana.
Por uma janela pude observar os olhos dela, eram lindos e brilhantes.Seu rosto de mulher-menina dividia bem a expressão de inocência e com a de sua malícia.Não parecia possível que daqueles olhos pudessem se ver sair alguma gota de tristeza mas saiu.Calma mulher, um dia você encontra alguém para cuidar desse jardim florido que você abriga dentro do peito.
Primeiro o passo
o abraço
depois o laço
o beijo dentro do compasso
os olhos nos olhos
depois encaixe de pernas
ora fechadas
ora abertas
o sorriso frouxo
o corpo solto
as línguas se provocam
um tango e tanto
"Ela vestiu seu melhor sorriso, só pra ir deitar sobre a lua e ficar observando as pessoas lá embaixo, como se assistisse um filme.Ela adorava filmes franceses e cigarros com cheiro de canela.A hora da estrela era sua bíblia de cabeceira.Ela se chamava Ana, as vezes Maria, as vezes não tinha nome, era apenas sentimento solto correndo pelo jardim, perfumando os dias.Odiava espelhos e quadros tortos.Sua sala de estar era uma bagunça mas nem se comparava com a bagunça dentro da sua cabeça..."
Abriu os olhos pela manhã,
a boca ressequida
mal lavou o rosto,
o rímel borrado preso a face permanecia
numa especie trágica de desespero
como um ultimo grito de socorro,
mal se olhou no espelho,
o café não tinha gosto
parecia um dia perfeito para escrever uma carta de despedida
Na mesa da sala jornais com datas do mês passado se destacavam
ela parecia ter parado no tempo
Andava pela casa de comodo em comodo,
insistentemente, como se procura-se por algo ou alguém
Vestia a mesma camisola há 2 semanas
camisola esta que ganhou no natal passado
e ao qual até então nunca tinha usado
Contava as horas para o cair da noite
Se preparou, tomou um banho demorado,
daqueles a ponto de meditar
Pôs seu vestido favorito e batom vermelho morte
Se olhou pela primeira vez no espelho sem a sensação de ânsia ou nojo de si.Sorriu como se estivesse enamorada por si mesma.Escreveu uma pequena carta, poucas palavras, depois a carimbou com o próprio batom.Nela estava escrito seu mais barulhento silêncio, e em apenas 4 palavras...
"- Me desculpem pela bagunça!"
No dia seguinte, 12 de Junho recebeu pela primeira vez flores no dia dos namorados.
Entre uma insônia e outra
rebate o gosto da tua boca na minha boca
Saudade louca que não deixa nem o relógio dormir
Emerge-se das sombras
e presentei a atmosfera
com a sua dança.
Profanos são seus lábios,
e sua carne..
seu corpo que balança,
seus olhos de relicário.
Juntos no quarto
amaços atrás de amaços
você em cima de mim
depois de quatro
meia luz
você pede mais
eu te invado por trás
nós nos amamos
gozamos
nos beijamos
trocamos sorrisos
como dois amantes
que não se veem a anos
depois nos despedimos
sem olharmos nos olhos é claro
como dois estranhos...
Entregue-se a carne
vivencie os pecados de fora;
Pendure seus olhos em uma árvore
longe das mentiras do mundo,
deixe pra trás os sobrenomes...
Prove do vinho ao veneno,
esperimente, saborei todos;
Dos armargos aos doces
da nostálgia à utopia.
Da sanidade até as coisas mais loucas;
Das cáricias aos puxões de cabelo.
Mergulhe no inferno,
renegue o paraiso.
Dance sem medo a beira do abismo
Acompanhei os traços do seu sorriso
de esquina a esquina
pensei em descreve-lo em um livro
mas me faltaram palavras apesar do clima.