Coleção pessoal de Madamavizza
Aruanda
Estarrecida em meio ao nada,
A mente percebe tudo como piada,
Trivialmente exausta,
De se seguir qualquer que seja sua jornada,
Quem vos alarda?
Nem se sabe do que ela fala e..
FALA!!
Tão misteriosamente a mente sente que mente sobre o que se sente,
Só, irmã da estrela cadente, inanimada é ela quem cavalga,
Criança guerreira valente,
Corre em busca de que adrenalina?
Soberana, é dela a luz tão poderosa que emana,
Protetora da raça humana,
Capaz de enfrentar o tilintar a irá de uma espada mundana,
Afinal, ela, a guerreira de Aruanda,
Sente que alguém a chama,
E chora,
Ao saber que já não sente mais nada,
Desperta do pesadelo,
E vê que seu desejo foi atendido,
É meu caro amigo,
Agora em seu peito,
Se escuta um zumbido,
O coração da Poderosa,
Filha de Xangô e Iemanjá,
Inesperadamente foi atingido,
E em sigilo,
As sereias vieram foi te buscar,
Para retornar para o seio de seu lar,
Nas profundezas do Mar.
Por Madam Avizza - Santos - 22/04/2021 (C.M.G.C.)
Premonição
Como não ser grata por te ter?
Sempre me avisando de tudo o que está por vir,
Seria isso uma vantagem ou uma maldição?
Matou mais uma vez o sorridente coração,
Necessita com urgência de oração,
Pois, perdeu foi todo o seu chão.
É difícil ser fácil, e é fácil entender o quão difícil se saber que fácil nunca será,
Seria isso a salvação?
Seguir agora,
Me diga,
Em qual direção?
Voar se quer pra qualquer outra dimensão,
Dançar irá ao som de um aconchegante violão,
Até se esquecer totalmente,
De que um dia sentiu tão vibrante o soluçar de seu coração,
E finalmente renascer,
Nada menos que um mero vilão,
Aquele que era luz,
Preferiu a escuridão,
E no lugar do coração,
Só restou um buraco em meio ao vão.
Por Madam Avizza em 22/04/2021 em Santos - SP.
Carolina
Colorida Carolina,
Afinal o que é que tu tens?
Reveja a tua vida,
Recorda-te que estais de parabéns,
Será que desistiu de todo seu brilho?
Aonde foi que arrumou estes olhos tenebrosos de vidro?
Sigilo, meu bem.
O vento que sopra lá,
Não é o mesmo que venta cá,
A ventania sinaliza inesperada mudança,
Trazendo consigo mero lampejo de esperança,
Acalma-te o segredo prometeu silêncio,
Vais sofrer por um milênio?
Levanta deste trilho,
Estampa na tua boca um sincero sorriso,
Que logo chega o trem,
Jamais esqueça que quem tem fé,
Sempre se vai muito além.
Amém.
Essência Imutável
Positividade e resiliente maturidade,
Dona de uma irreconhecível bondade,
Vive presa a este belo carrossel,
Sem nunca perder a majestade,
Ninguém sabe que um dia ela caiu foi do céu,
Incrível é o que muitos dizem,
Que a moça tem,
Os lábios de mel,
Caminha no meio de tanta escuridão,
Fareja de longe o bodum dos piores demônios,
Passa despercebida por detrás de um furacão,
Carrega a força de uma multidão,
E na verdade, a menina se destaca,
Pela grandiosidade do seu louco coração.
Escrito em 08/09/2020
Felicidade Camuflada
Cansaço lastimável,
Mal insistente,
Sorriso deveras deprimente e incoerente,
Memória irrevogável,
Dor essa um tanto inquestionável,
Estranha sina essa minha,
Em querer falar um bocado sobre o amor,
Deitada sobre a grama,
Entediada com as mentiras profanas,
Parece que vive nadando em meio a lama,
Será que se é feliz, quem tem fama?
Ou só se é feliz, quem na verdade não ama?
Já sabe, se for pr'aquela festa,
Faz aquele favor,
E nem, me chama!
Escrito em 08/09/2020
Harmônica Sinfonia?
Eu creio na batida involuntária do respirar,
Muitos pensam só em existir,
E se esquecem que da morte,
Só se escapa por um triz,
Fingir saber o que significa,
A profundidade do verbo amar,
Não é mesmo algo para se apavorar?
É tanta atriz que se vê por aí,
Me preocupo mesmo é com cada sentir,
Na correria imediatista de se exaltar o ego,
Vive-se a vida toda em um constante duelo,
Em busca do famoso status,
O ser humano acaba morrendo sendo tão relapso.
Escrito por Madam Avizza em 29/08/2020 ás 17:15 na cidade de Santos .
Minha cisma estranha de vida
É no desequilíbrio que se esta em seu normal,
Gira, gira, gira, gira, gira, gira,
Gira com a força de um temido furacão,
Gira, gira, gira,
Gira com a sincronia de um veloz pião,
Gira, gira, gira,
Quando se esta em harmonia,
Porque quando se esta revolta,
Volta a girar no descompasso descabido de um furioso furacão,
Gira, gira, gira, gira, gira, gira,
Metade moça metade fera,
Justiceira desde nascença,
Quem em perigo se encontra,
A chama pelo símbolo do olho de Tandera,
Detentora de uma determinação muito maior do que a de Mandela,
Rebeldia impreterível,
Segura a ferocidade melódica dessa alienada menina,
Devastadora como um míssel,
E por onde a freak passa,
Ela tem o impulsivo costume de derrubar tudo,
Tudo o que insista em atrapalhar.
Tá ligado que essa mulher é sempre muito justa,
Vem no soco,
Pode jogar bomba,
No peito dela reside a luta,
E é incrível como ela confunde a morte,
De perto quem vê,
Não acredita na sua sorte,
O Santo dessa fera é muito forte,
A palavra dela é forte como o timbre do Seu Jorge,
Caminha lado a lado com seu braço direito,
Seu estimado amigo Salve Jorge!!
Cada batida sua,
Soa como um poderoso acorde,
Bate, bate, bate,
Quem escuta, sempre corre.
Porque ninguém sabe lidar como ela com a morte.
Escrito por Madam Avizza em 25/08/2020 ás 14:12 em Santos - SP
Lamúria Inanimada
Caminhando lentamente,
Seguindo através de uma linha transparente,
Visão turva,
Por ali, se caia uma incessante chuva,
Seria aquilo o pesar de um pranto de amor ??
Perdida em meio ao bombardeio de tanto caô,
Tudo aquilo, será que era um ofurô??
Ela acordou e se viu tão ausente e presente no hoje,
Na direção de um rio de água doce,
Corpo sem sua armadura,
Todo despido,
Sua dúvida era assim tão insistente??
O que estaria tanto em sua mente a matutar ??
Humana ou anjo de candura??
E a sina que tanto perdura??
Pele fria e intacta,
Internamente continua a se despedaçar..
Respiração compacta,
Alarme de longe se escuta a alardear,
Lá, esta ela,
Ainda a sangrar,
Seria esse o real significado do verbo amar?
Garganta sufoca,
Almejando sentir,
A caprichosa textura daquela aguardente,
A clareza de toda a sua acidez.
O confuso que sempre insiste em sabotar,
Lama inesperada,
Se pôs a vestir as botas,
Racionalidade veio pra arrepiar,
Consciência não quis nem mesmo te ouvir falar,
Vários tiros se fez materializar,
Ilusão se fez revoltar,
Incrível foi mesmo ela achar,
Que contra a força de um verdadeiro amor,
Existe algo neste planeta capaz a um prático fim fazer chegar.
Escrito por Madam Avizza em Santos – 25/08/2020
O giro do Sol ou do girassol ?
Oh girassol gira em harmonia com o Sol oh estrela guia, Sol gira girassol gira gira gira com o Sol, gira gira gira com a força do giro do Sol, gira gira girassol.
Por Madam Avizza em 14 de agosto de 2020.
Luz Oriunda
Ei,
Para no agora,
É ela quem vai recitar!
Eu sei,
É tanto pesar,
É mesmo tão óbvio,
O fardo de se sentir
O meu nome,
É que tanto insiste em ecoar,
E rouba mesmo sem titubear,
a felicidade momentânea da sua memória,
Cansou de estufar toda a sua glória,
Enfim parou de tecer mais alguma lorota?!?
Bate tanto na tua mente,
O cansaço, eu sei
Não é assim tão aparente,
Mas,
Sabe que o mais triste,
Foi sacar que a moça ainda,
Mente que nem sente,
Sabe a Luz que cê achou,
Que um dia estava a carregar?
Sinto muito em te informar,
Sabe toda essa dor,
Que te devora o pensar,
Que te sacode,
Que tu não sabe se explode??
Que não se cansa de fazer sangrar?
É a matança dessa,
Desvairada palhaçada,
Que de ti eu cansei,
Um dia de tanto escutar,
É, meu caro,
Chegou a hora,
E fazer o que?
Será que você vai saber?
Compreender?
Que esta na hora de,
Finalmente me esquecer,
Chegou a hora de se despedir,
Pare de gritar,
É a hora do desligar,
Melhor tu se conscientizar,
Ela,
Nunca vai cessar,
Desista de tentar,
Desesperadamente a estancar,
Deixa que tudo se vá,
Deixa,
O teu querer em a querer amar,
Deixa de vez,
Ela seguir o caminho dela,
Ela quer saber de triunfar,
Ela já disse,
Já não quer mais te amar,
Recobre o teu juízo,
Deixe de vez o teu coração buscar a paz e por toda a eternidade descansar.
Poema de Madam Avizza em 09/08/2020 as 17:01 na cidade de Santos
Poética Alma Frenesi
Não te enganes,
Com sua tamanha pequenez,
Por dentro habita uma alma bombástica,
Espiritualidade aguçada,
Por fora tão convicta anã,
Cuidado!
Ela és regida por Xamã,
O Onipotente,
Presença de adaga afiada,
Nada os abala,
Debocha de tua falsa fachada,
Capaz se desejar,
De dar fim a tua miserável vida,
Com,
O voo inesperado de só uma,
Flechada circunstancial,
E nada habitual,
Na moral,
Será que ela é Mafalda?
Ou talvez só seja mesmo é malvada?
Segura essa tua gargalhada um tanto desesperada,
O medo acovarda,
Sabe-se que,
A mina é de uma realidade um pouco e tanto pirada,
Sem pensar em simplesmente nada,
Dúvida paira no ar,
e o receio é o que mais nos alarda,
Se arrisca sem ao menos hesitar,
Toma seu tempo pra respirar,
Calmaria camuflada,
A fúria de uma granada,
Sem ao menos ser pré-ativada,
Fomentadora de tal tormenta,
Ela estava mesmo é um tanto cansada,
Já fostes tão revoltada,
No hoje,
Quem a rege é Iemanjá,
Logo,
Resolveu fazer morada,
Dentro de uma aconchegante jangada,
Aquela minada mina,
Filha de Xamã,
Cansou da sua estranha sina,
Deu Adeus a sua jornada,
Vida dela deu uma ilusória guinada,
Que voo era aquele? Seria transeunte?
Só se sabe que ela era uma mera intransigente,
Olhos ardentes,
Costas quentes,
Ecos Incoerentes,
Gosto de aguardente,
Será mesmo meu todos estes pontudos dentes?
Conclusão sem respaldo e laudo aparente,
Será que a menina sempre foi doente?
Sou só eu?
Ou o teu coração também sente?
Eu minto?
Tu mentes?
Ou a menina quem sempre mente?
Ego se vê tão sorridente,
Todo pomposo, orgulhoso e prepotente,
Sai daqui,
Bancando de inocente,
Sou maluco,
Ceis tão ligado,
Que em toda essa minha inadiável loucura,
Eu nasci, cresci, amadureci,
E, viví,
As pampas,
Loucamente consciente.
Por Madam Avizza em 31/07/2020 as 13:51 na cidade de Santos
Frequência desmedida
E nessa de ir, fui indo sem saber,
Com a finalidade de apenas te conhecer,
Insano isso tudo,
De repente,
Tu eras a resenha de todo o meu mundo,
Quão isso soa absurdo?
Preferias então ser surdo?
Perdão,
Pelo tom dessa alucinação,
Realidade de explosão,
Disparou tantos dardos na direção do meu frágil coração,
Vagava desligada,
Despreparada para uma nova saída,
E do nada,
Você me trouxe de volta a vida,
E eu que acreditava em carregar tal uma sina,
Todo momento só escutava buzinas,
Como cê pode perceber?
Que na verdade,
Eu sempre rezei para um dia finalmente em ti me perder.
Poema redigido por Madam Avizza (C.M.G.C.) na cidade de Santos – SP em 19 de junho do ano de 2020
A rotatória imprevisível da vida
A minha trajetória de vida se constitui de tênues vivências, intrigantes, empolgantes, avassaladoras, e por vezes um tanto chocantes.
Abençoada por ser nascida em uma típica cidade interiorana do estado de São Paulo, percorrendo com afinco as entrelinhas da vida, com o seu coração repleto de bom humor, compreensão e compaixão.
Logo, ela, a tal Carolina, a autêntica travessa menina, pelos lugares aos quais ia, acompanhada sempre por sua paixão pelo ser humano, era sim, ela a pequenina poetisa, que por inúmeros obstáculos resistia bravamente, jamais permitia que a maluca idéia de abandonar a sua tão excêntrica rima tomasse conta de seu pensamento.
Atualmente, já bem amadurecida e vivida, aquela calma garota interiorana, optou por trocar o seu sonho de ser poetisa, pelo de se tornar uma relevante e íntegra juíza.
E crente e baseada em sua extensa bagagem de vida, ela não adia mais, nenhum intuito que complete, ou acrescente conhecimento ao seu imenso baú de memórias infinitas.
Escrito por Madam Avizza (C.M.G.C.) na cidade de Santos - SP
Memorável tira gosto meio amargo
Perdida em meio as contas,
Se ainda é hora do anoitecer,
Entardecer com amanhecer!!
Será que já estou a te esquecer?
Esquecendo no esquecimento esse tal de esquecido,
Fugitivo que se tornou quem sabe um desatino desfavorecido,
Verdades se embaralham dentro de mentiras tão finas e robustas,
Vivo contigo dentro desta saia um tanto justa,
Pandemia só me faz entrar na depressiva bulimia,
Pomposo é o tempo,
Que sempre voa igual ao vento,
Me coloca a refletir sobre o mal que seria o nosso casamento,
Já pensou que louco que seria o maior do tormento,
Pesadelo esse que só me fornece sofrimento,
Poderosa é a força do pensamento,
Quanto mais se emana,
Mais se alcança,
Eu só desejo,
Que dentro da tua consciência,
Apareça um relampejo,
Não mais guiado pela tua adolescência,
E sim pelo instinto de sobrevivência,
Exaurida estou de bancar a tua amiga melhor,
Pior é tu que não se cansa de criar e inventar,
Tanta balela profana,
Tu sabe que nunca me engana,
Pega tua face de banana,
Veste o teu pijama,
E por favor,
Vê se te manca!!
Escrito por Madam Avizza em 22/05/2020 as 14:06 na cidade de Santos-SP
Quaretência
Eis aqui,
Quem vos fala,
Sou eu,
Nação Brasileira,
Sei que a situação é caótica,
Todos nessa atmosfera despretensiosa,
Vivendo o hoje como se o amanhã nunca fosse chegar,
Agressividade e falta de amor pelo próximo,
Será mesmo que isso é emoção,
Que nasce dentro do teu coração?
Ou é só um violento desatino,
Primo de um mundo por si só iludido,
Um gigante que estava tão adormecido.
Por favor,
Rogo por uma salva de palmas,
Adivinha quem aqui acaba de chegar?
E garanto que se tu tiveres certeza da minha existência,
Nada mais vos irá um dia abalar.
Sim,
Sou nada mais do que,
A Fé.
Poema redigido por Madam Avizza em 11/04/2020 as 14:45 na cidade de Santos - SP
Lapsos de uma memória repentina
Ontem deixou de existir no hoje,
memórias de nós já não habitam mais o meu tênue coração,
e agora concluo que tudo vivenciado foi sim em mero vão,
perdoe-me pela veracidade e dimensão das minhas sórdidas palavras,
mas no hoje no qual me encontro, me deparo com a confusão de não saber o que um dia eu pude amar em ti, e sinceramente a resposta se torna cada vez tão vaga, um simples vazio, talvez eu tenha te amado por mero comodismo, mas assim a vida me ensinou, tudo passa e sempre existirão novos amores que serão capazes de fazer você voar...
Escrito por C M G C em 20/08/2014 ás 10:41 na cidade de Santos....
'Pê.'
Tempo
Ele sempre foi o Senhor dos momentos,
E, claro que,
Cá estou,
Perdida eu estive em meio aos sentimentos,
Perplexa com a verdade que a vida escancarou,
Anos na espera por uma decisão,
Sendo sempre iludibriada pela emoção,
Finalmente,
Exausta de tanto tentar acreditar em uma mudança que nunca chegará,
Desistindo totalmente de um amor,
No qual,
Só uma das partes, realmente se entregou.
Sinceramente,
Aonde eu não mais quero estar.
O mais inusitado foi que a razão venceu,
Sonegando toda a voz do coração,
A intuição alarmou,
Consciência acordou!!!
O remorso questionou,
Quantas foram as vezes que eu dei um voto de confiança,
Pra gente sem caráter.
O prazo cessou.
Cegamente desta vez,
O meu despertar chegou,
E voar eu vou.
Poema redigido por Madam Avizza (C.M.G.C.) em Santos no dia de 07/02/2020 ás 10:51
Conexão Sobrenatural
Foram tantos os momentos,
Que eu não quis mais existir,
Inúmeros os sonhos,
Através dos quais,
O mundo me mandou sinais,
Telepatia tão forte essa,
Não tenho mais pressa,
É o que me resta,
Viver em meio à escuridão,
Eu tentei, lutei,
De formas inimagináveis,
Te esquecer,
Não pensar em você nunca mais.
Será que tudo isso possui uma explicação?
Minha vida não passa de um vazio sem toda a tua imensidão.
Dando corda a um falso moralista
O tal do falso moralista, aquele que acha prega os bons costumes e a moral, por si só segue convicto de que age de forma íntegra, porém não para de habitar constantemente a atmosfera de seu mundo de ilusões.
Um digno moralista falso pode passar a noite afora narrando e criticando os fatos corriqueiros da vida um outrem, sem ao menos reconhecer que isso é errado, e ainda se colocar como protagonista de tal enredo e ressaltar com profundo afinco a sua não existente reputação ilibada.
Foi numa noite chuvosa, que acredita-se que a tal moralista se mostrou tão puramente idônea que até ela mesmo acreditou que fosse capaz de tamanha façanha.
Numa roda de amigos, situada nos corredores de uma universidade, eis que surgiu Mirella, uma garota falante, que de tanto falar, entediada não só os colegas, mas todos desconhecidos à sua volta também.
Pois bem, Mirella, dispôs-se a contar que num passado não muito distante, Allisson, outro aluno do curso de Letras, certa vez agiu de um modo regido pela má fé, como também teria sido grosseiro de mão cheia, tão grandioso era o ego de Mirella, que o processo de narrativa ia pra lá e ia pra cá, tão redundante era ela, a falante menina, que a todos ela enchia, a falácia daquela terrível falsa moralista a cada segundo que se passava parecia mais que nos acometia.
Foi no ápice do calor do momento, que deveras Lourena, uma outra menina, interviu em favor de Allisson, o menino ao ver de Mirella, que não passaria talvez de um pateta, surpreendendo aassim de ímpeto a narradora tão dedicada, engraçado mesmo foi a cara de espanto que nasceu na face de Mirella, a tal garota tagarela, ao saber que era apenas para a melhor amiga de Allisson, que ela, aquela cadela, estava de tabela a mais de não menos tediosos trintas minutos, a grasnar.
Por mais que, exponha-se ao ridículo um verdadeiro falso moralista, ele sempre estará na pista, a espera de alguém disposto a escutar as suas teatrais chorumelas.