Coleção pessoal de luizguglielmetti

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⁠Os encontros por aparências são temporais, por sentimento, são perenes, mas somente através das almas serão eternos.

⁠Somos todos instantes de um tempo infinito, fragmentos de um universo desmedido, tão importantes quanto um grão de areia numa praia ou deserto, que a água ou o vento leva pra onde quiser, mas seremos imortais, se tivermos a grandeza de nos vermos, não em nós mesmos, mas no outro.

⁠Há quem diga que amar
é como andar de bicicleta,
quem aprende uma vêz,
nunca mais esquece,

mas se amar
é como andar de bicicleta,
é por uma razão de equilíbrio,
se parar de pedalar, cai.

⁠O que encanta aos olhos
passa com o tempo,

o que sacia o corpo
em breve será esquecido,

só a memória
do que nos toca a alma
será permanente.

⁠A paixão nasce no corpo,
o amor se forma no coração,
mas a perfeição só existe na alma,
quando o amor se torna perfeito.

⁠Nós somos como um rio poluído pelas impurezas que encontra no seu percurso.

O pensamento que antes fluía intensamente, agora se arrasta lentamente, carregado dos males, inquietudes e incertezas,
que os esgotos e as águas de outros rios,despejam na correnteza.

Se não podemos ser como o mar que, pela imensidão, nem se importa com a sujeira que despejam nas suas águas, podemos, como o rio, mudar o curso ou o trajeto, para não represarmos todos os males, que um dia transbordam, na enchente.

⁠Dentro de você tem um coração
que não envelhece e,
por mais que tenha sofrido,
ele está apenas adormecido,
pronto para ser desperto
e amar novamente,
com a mesma intensidade
da tua juventude.

Os seus desejos
não desapareceram,
apenas se retraíram
quando reprimidos,
e criaram, dentro de você,
um vulcão inativo,
pronto para entrar em erupção.

Mulher e poesia
são formas de arte;
a poesia é estática,
livre ou métrica,
enquanto a mulher
tem liberdade
de movimento;
a poesia tem ritmo,
a mulher desfila;
a poesia tem versos
livres ou rima,
a mulher tem falas
que nunca terminam,
mas a poesia é mulher,
é substantivo feminino.

⁠No passado
era uma lagarta,
rastejava no caos,
tinha migalhas
por sustento.

No presente,
descobriu a si mesma,
se alimenta de sonhos,
e sabe que é capaz de voar.

No futuro,
deixará o casulo,
seguira carreira solo
ou na melhor companhia,
porque borboleta
nasceu pro voar.

⁠Causar, que antes era só um ato de ser a razão, o motivo ou a ação de algo, como o vento que causa a tempestade, no contexto atual, pode ser involuntário, como o que você provoca, só por existir e, por onde quer que passe, causa desejo para os admiradores ou inveja, para quem gostaria de ter o brilho dos teus olhos, o sorriso dos lábios ou apenas a suavidade dos teus movimentos.

⁠Muitos poetas exaltaram
a beleza da natureza,
em toda a sua plenitude
e exuberância,
mas isso pode estar contido
na suavidade do movimento
de uma simples borboleta,
na luz que irradia
dos teus olhos,
no timbre da tua voz
ou apenas no teu cheiro.

⁠A vontade insaciável
da presença um do outro,
está em desvendar
um universo desconhecido,
onde a fome e a sede
da curiosidade,
se materializam na admiração
que embriaga e contagia.

É preciso descobrir
qual o combustível mantém acesa a chama da lamparina,
e como reabastecê-la,
ao longo da vida,
para sustentar a convivência
e o relacionamento
perpetuamente.

⁠A vida não é feita apenas de planos, escolhas e livre arbítrio. Às vezes somos impulsionados, como um barco ao vento, para lugares desconhecidos e só nos resta prosseguir, porque o lugar de onde partirmos pode não mais existir.

⁠Todos somos, de alguma forma, prisioneiros dos nossos próprios preconceitos, dogmas, crenças ou costumes.
Estamos aprisionados numa caverna e tememos sair e ver a luz, porque nos acostumamos a escuridão.
Tememos que, ao nos libertarmos, sejamos excluídos das promessas que nos foram feitas por aqueles que também não viram a luz.

Faça-me sorrir, fala-me de amor

Há raras coisas imutáveis e poucas verdades absolutas, o resto são apenas crenças espalhada ao vento, como se fossem aquelas.

Há outras verdades que a desilusão pode extirpar, como se nunca tivessem existido e quando pronunciadas, nos soa aos ouvidos como poesia, como a beleza das flores que murchamda noite pro dia, entre elas está o amor que por, às vezes, não ser correspondido como um simples sorriso, nos faz pensar que não existe.

Talvez não exista, tão real quanto o ar, o sol ou a luamas, mais sutil, como asflores que precisam ser regadas, quase todos os dias.

Há tantas outras coisas que não existem e seguimos repetindo, falando, curtindo, como um intervalo entre um ano e outro e tantas datas que, se não fosse pelo calendário do comércio, já teriam sido ceifadas pelo esquecimento.

Na letra da música "Joana Francesa", de Chico Buarque diz "Mata-me de rir, fala-me de amor", como um desabafo de alguém que perdeu a fé ao fazer tantos votos ou promessas e não alcançar o seu pedido.

O amor é tão inexistente quanto todas as formas de fé e ainda existe, embora seja mais falado do que vivido.

O amor é tão real quanto a vida que flui como um rio, independente dos nossos desejos.

O amor existe e brota onde quer, o que o faz perecer é o gênero humano, ao permitir que a descrença e o egoísmo transforme o solo fértil num lugar árido, onde não germina coisa alguma.

⁠Senhora de si

Ela é autônoma e independente,
comprometida com seus próprios ideais,
e com a realização dos seus sonhos.

Empreende as suas próprias ideias,
vive um cotidiano repleto de propósitos,
impulsionada por sonhos e projetos viáveis.

Esta disposta a sair da zona de conforto,
e batalhar para sobreviver,
sem depender de ninguém.

Ela enfrente a dura realidade
com consciência das suas dificuldades,
sem se lamentar ou sucumbir ao fracasso.

Ela não discute por coisas banais,
não se ilude como os elogios vazios
e não se deixa abater pelo assédio.

Em síntese, ela é empreendedora
ou apenas protagonista da sua história e
será reconhecida por seu próprio nome.

⁠Nós somos feitos de uma argamassa composta de insegurança, ousadia e intolerância e não sabemos mergulhar na alma alheia, para vagar num oceano abastecido, talvez, das próprias lágrimas.

⁠Quem deixa de ler,
deixa de pensar
e refletir.
Um dia, também
deixará de existir.

⁠Dizem que os homens são visuais
e se encantam pelos olhos
e que as mulheres, por sua vez,
se apaixonam pelo que ouvem,
mas o fato é que nos
(des)apaixonamos mesmo
é pela forma como somos tratados.

⁠A atração física e o amor

Se somos atraídos pelo olhar,
através da aparência física
e até por um sorriso,
não é isso que nos toca
a alma e o coração,
não é o que mantém a união.

Nós nos apaixonamos pelo convívio,
por quem enxerga além da aparência,
por quem tem prazer em compartilhar,
somar e estar por perto,
porque são as atitudes
que nutrem os sentimentos.

Maior que a atração física
é o sentimento de amizade,
a cumplicidade que se demonstra
com afeto, ternura e carinho,
porque se a beleza gera a atração,
somente a atitude nutre o amor.