Coleção pessoal de luiselzadesouzapinto
Nunca foi tão acessível saber... E jamais foi tão complexo admitir quando (não) se deve, quando (não) se pode e quando (não) se quer.
Navegue-se em águas doces ou salgadas... O vento atravessa os cantos da Terra qual a esculpir um ser que é a convergência de todo espaço tempo do estar.
Para cada instante da vida, eu morreria uma infinidade de vezes, tão bom é ser estar aqui... Morrerei apenas uma vez. Nesta equação diferencial e integral, o benefício tende ao infinito e o custo a zero.
O chão e a morte não são espaços tempos a se buscar, evitar ou temer. A lembrança das suas existências deve apenas ser uma firme aliada no maturar da sinceridade que lhes intermedeia.
No imenso espaço que separa as estrelas a luz caminha, ouvindo somente o próprio silêncio... Há incontáveis amores além e aquém da eternidade e do infinito. Mas, na face da Terra, a maior das saudades permanece no mesmo endereço.
Nenhuma queda ultrapassa o chão... E poucos lugares são mais úteis para um indivíduo ou sociedade se livrar de tudo que soa como impeditivo à descoberta do que se deseja, se é ou se está.
Quando alguém não é voluntariamente protagonista e/ou personagem central da própria vida, obrigatoriamente estará, quase sempre, como coadjuvante ou figurante de outra história.
Saudade é parte da doce sensação que perdura quando uma pessoa querida respira num outro espaço tempo. Alívio é tudo que há às categorias menos que inócuas.
Nas crises se troca uma ilusão por outra ou por um erro; um erro por outro ou pela verdade. É nas crises, também, que uma verdade pode ser mais amadurecida e aprofundada.
Não vale uma molécula de glicose aborrecer-se com quem não se levaria, por amizade, amor, coleguismo ou existência humana, para a eternidade. A razão, às vezes, deve ser efetiva e formal, mas sem sentimentos.
Não sei se há, individualmente considerando, idiotas no mundo... No espaço tempo deste espelho cabe apenas o meu reflexo.
Conseguir determinada coisa é relativamente fácil... Manter é que são elas, pois as ondas do Oceano não podem ser amarradas àquilo que o navegar considera âncora.
Se a vida fosse do tamanho da eternidade e a morte um sopro, muita coisa mudaria... Mas os amores que se fundem no viver e morrer seguem perenes e intensos em qualquer espaço tempo.
O inapreensível perfume do abstrato possui muitas cores... Mas a realidade que circula na Terra emersa foi, é e será sempre verde.
Não há liberdade plena e nem limites para quem ama alguma coisa mais do que ama a própria vida. Existe apenas horizontes e a morte.