Coleção pessoal de luiselza
Aqueles que não suportam pensar em tudo, jamais conseguirão conviver com os que podem pensar em qualquer coisa.
O amor é a única força capaz de unir a convergência à liberdade e aprender com a interrogação sobre a certeza.
CHUVA DOCE
A suave chuva cai
Deixa a terra doce
Se o ser não fosse
Não iria onde vai.
Escorrem as águas
Verdejam os cantos
E os sorrisos tantos
Sufocam as mágoas.
Alguns desistem quando nascem; outros se renunciam ao longo da estrada. Mas há os que não se resignam, nem mortos; e estes são os únicos capazes de entender o valor da vida, da morte e da eternidade.
É imprudência acreditar na firmeza absoluta de qualquer coisa ou pessoa que atente contra o natural (ainda que incomum) rítmo de evolução da vida.
É pouco útil, ou bastante prejudicial, dar aquilo cujo uso apenas se potencializa através da troca ou venda.
Meus sorrisos ao sol que brilha
Meus parabéns à chuva que cai
Acordo e durmo. Que maravilha!
Canto à vida que vem e que vai.
Das luzes emersas das estrelas aprendemos sobre a história do Universo conhecido. E, talvez os satélites naturais, nossa lua como exemplo mais próximo, representem uma transição que converge a nós: A lua é um corpo iluminado e, assim sendo, apenas pode dizer de si mesma quando recebe alguma luz de alhures, de um ente inatamente brilhante... Em paralelo: Recebemos as ondas luminosas e aprendemos. Esse aprendizado visual é muito anterior ao auditivo, pois o som, para nascer, precisou se tecer às ligaduras do ventre da atmosfera, tão jovem esta, se comparada à idade do primo brilho mor. Além deste ar que respiramos e cujo oxigênio rareia nas alturas, podemos supor que as nossas lágrimas e os nossos sorrisos serão observados e registrados opticamente nos abstratos livros da história real, de modo indireto, nos confins onde os “nossos” fótons cheguem, ainda que não lhos saibamos e nem meçamos. Choramos, sorrimos e o Universo nos vê. Todavia, e até prova em contrário, nossas alegrias e tristezas são quase mudas ao vácuo surdo: As ondas sonoras que emitimos não encontram acolhida nos confins do nada material. E a música, como alguns podem achar, não é um bálsamo para a prisão; é uma consequência das causas que o ocaso nos ilude, sensitivamente, de não poder manipular.
Longe ou perto são instâncias de valor relativo, pois dependem da posição do observador. Todavia, o impensável tem, para todo ser racionalizante, um valor positivo ou negativo absoluto.
A sabedoria não ignora a existência dos ofídios e a prudência, à distância imiscível, lhos acompanha os rastejos até o ocaso da prescritibilidade.
Para muitos estudar soa cansativo e inútil; todavia, é (quase) unanimidade que aprender é agradável e relaxante. Assim sendo, nunca alguém deve se enfastiar frente a necessidade de abrir um livro; deve sentir apenas prazer.