Coleção pessoal de LUCIENEMARINHO

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Usar reticências no fim não é muito adequado quando se quer realmente um ponto final, então seja cavalheiro comigo, do jeito que me abriu a sua porta feche, não a deixe encostada quando você na verdade não está mais lá para me receber...

Estou tomando um porre de palavras, pensadas, escritas, não ditas, sufocadas... só toma cuidado pra que eu não me curar desse porre na tua cara, pois se isso acontecer você precisará de um bom tempo pra ficar sóbrio novamente...

Uma brisa suave me trás o teu cheiro, e tudo se torna saudade... me rápta com pressa os meus devaneios que correm ao encontro da tua imagem... paisagem de sonho real tão distante, não sei se distante no sonho ou na realidade... só sei que de você tudo faz falta e na falta nada mais me resta se não morrer de saudade...

Estou me curando de te, e sinceramente não sei se isso é bom ou ruim, pois me perdendo de te, posso de mim me perder e o resultado eu nem posso ver...

As palavras me atormentam não deixam o sono surgir, ficam gritando aqui dentro pedindo para sair,e ainda me fazem exigências só aceitam sairem em grupos e na rima perfeita...

Devaneios...

Tive um sonho tão bonito, sonhei que você sonhava comigo, não um sonho em que estavas dormindo, mas em que estavas acordado, e nesse sonho bonito você se encantava comigo, e me querias completa, me querias perceira, pra vida inteira... e foi um sonho comprido onde sonhando comigo você também desejava que eu sonhasse contigo, também desejasse contigo estar como querias comigo ficar...

E este sonho bonito estendeu-se sobre a minha noite me mostrando o caminho onde os nossos sonhos se encontravam e nós já não sonhávamos sozinhos... e juntos, bem juntinhos sonhavávamos o sonho um do outro e assim o sonho tornava-se ainda mais bonito... e olhando na mesma direção você segurava a minha mão e seguíamos não sei se no meu sonho ou no teu, mas sei que pedi pra Deus me deixar sonhando...

Meu '"Grande" pequenino...


Com espanto veio à enxurrada de perguntas:

Mãe, você está chorando?

Por quê?

Está sentindo dores?

O que foi?

Me conta?

Seguida de uma série de palavras doces:

Não chora mãe... Eu te amo!

Vai passar... te amo do tamanho do universo!

Olha, você é a melhor mãe do mundo inteirinho!!!

Tudo isso embrulhado em abraços carinhosos e muitos beijinhos...

Olhei bem nos olhinhos infantis que me fitavam confusos e impacientes, ávidos por minhas respostas e disse:

Até pouco não estava chorando filho, meus olhos vertiam saudade...

Agora estou chorando sim, mas é de felicidade!!! Amo-te demais meu filho!!!

“Meu filhinho pequenino quando sorrir de repente,

tem toda graça divina num pedacinho de gente!!!”

Aceito todos os nãos que francamente me são ditos, mas não suporto olhar a face covarde da incerteza...

Bebo agora o último gole dessa solidão fartamente regada do teu silêncio e indiferênça que tanto me machuca...

Fragmentos...

Como se já estivesse programado, como se esperado… tudo mudou em mim… e frente ao espelho, não há como negar nada, como esconder nada, apenas aceitar o seu julgamento frio, preciso e silencioso. Nada pessoal, apenas verdades que insistimos fingir não ver… E sem música, errei o passo da dança e dancei desconcertado, sem saber que minha vida era um palco de teatro, com um mocinho “mascarado” segurando a minha mão… e então, no fim do ato, tudo foi revelado, tudo era pura ilusão… as cortinas se fecharam, o teatro esvaziou, sem o murmúrio das vozes, o eco das gargalhadas, sem o som dos aplausos… o que restou? O fim? Não, não era o fim… não se pode dar cabo ao que é efêmero… este tipo de coisa tem prazo de validade, e expirou, por si, por mim, por nós! Hoje, ignoro meu caminho, e estranhas atitudes, parece pertencerem-me ainda mais… tenho medo de ter me encontrado e de ser esse estranho que agora me visita… as respostas mudaram as perguntas e tudo que era confuso parece tão claro neste momento… a frieza, a dureza, as costas que dou, não acreditava ser minha natureza, não parece quem sou… ou fui… creio que me perdi, ou será que me encontrei? Sinceramente não sei… Em algum momento desse dia nublado eu consumi o que havia de bom em mim, juntei os pedaços da minha ingenuidade com o rosto em brasa de vergonha e corri pra me esconder, e entre lágrimas e soluços contidos, tentei colar os cacos do meu “eu” ferido e o resultado eu nem posso ver… me choquei ao entender que sofria por mim e não por você, percebi que sonhava sozinha, que lutava sozinha, que esperava o que nunca veria chegar… Então, o que posso dizer, agradeço a você que me fez distinguir, o quanto deixei de viver, o tanto que fui mais você, mergulhada em fantasia… de quimera eram meus dias, mas, não enxergava a utopia deste sonho nefasto, e agora já roto, já gasto, perdeu por completo o valor, e posso dizer sinceramente que o que tive poderia ser qualquer coisa, menos amor…

Silêncio x Palavras

Você tem tentado me curar me dando o teu silêncio pra tomar todos os dias, não sei onde foi achar remédio tão amargo ao paladar, tão indigesto, que provoca tanta agonia... este gelo amarrota meu coração, rasga a parede da minha garganta, me causa enjôo, insônia e ainda assim não adianta... quanto mais silêncio bebo mais vontade tenho de gritar estas palavras roucas, que enferrujam no céu da minha boca onde as tento sufocar, que me mordem a boca numa tentativa louca de escapar... palavras que não se calam, nem teu silêncio pode curar, que inquietas me abalam, me fazem perder o chão, e então sangrar assim... consumindo a minha calma, coroendo a minha alma feito um lobo atroz, um cão selvagem feroz, gritam dentro de mim... Oxidou minha voz e arranhou minha garganta, esta guerra acirrada entre silencio e palavras que de ferir não se cansam...

Só existo nos teus braços…

Durmo nos braços da saudade entre lençóis e travesseiros, vivo apenas a esperar o hálito da tua vontade vir saciar meus desejos…

A noite se arrasta sem pressa, impedindo o dia chegar,e eu que não faço promessas rezo pra te encontrar…

Não existe remédio ou compressa que faça este mal se acalmar, só mesmo a tua presença pode a minh’alma alegrar…

E o sono teima em não vir, não adianta insistir, só mesmo em teus braços meu bem é que eu passo a existir…

Faço tudo pra não pensar em você e quanto mais me esforço menos te esqueço...

Não sei se gosto mais das suas incontáveis qualidades, ou do péssimo defeito que você tem de me esquecer, de me fazer esperar, de me desesperar sem saber nada, nada de você...

E aprisionada a um "pingo" de passado que pra você não diz nada, vou vivendo sem motivos, pois foi justo neste "pingo" que meu coração fez morada...

Teu olhar...

Teus olhos são profundos como o oceano, mas, não revela engano apenas um triste pesar... Teu olhar, onde encontrar teu olhar? Parece pra longe voar... sem referência, sem porto onde ancorar... Ah! Como quisera encontrar teu olhar... Devolver-lhes o encanto, a alegria, da vida a mais doce magia, fazê-lo brilhar e brilhar... Aprisioná-lo a um porto seguro, derrubar este mito, este muro que de tristeza o fez se apagar... Se ao menos soubesse o caminho... onde se perdeu? Onde procurar? É tão triste vê-lo vazio como um cigano a vagar... Diz-me que não é caso perdido, e se preciso for, vou até o infinito, a mais linda estrela roubar, simplesmente pra devolver o fulgor do teu olhar....

O amor e a dor são irmãos gêmeos, quase inseparáveis,há exceções.

Meus olhos vertem saudade...

Para você dar o nome…

Eu pensei que fosse amor… pensar em você até o sono chegar, e como os primeiros raios de sol, tua lembrança me despertar…

Eu pensei que fosse amor… Sorrir pra tua foto no plano de fundo do meu computador, e tocá-la como se você pudesse sentir… Vigiar o celular, torcer pra ele tocar e a tua voz ouvir…

Pensei que fosse amor… querer compartilhar contigo todos os meus momentos, os mais complexos, os mais bobos, todos os sentimentos… ver teu sorriso nos rostos que passam por mim na rua, sentir teu cheiro no vento me abstrair de repente, querer apenas você em meio a tanta gente…

Eu pensei que fosse amor… querer tomar pra mim todas as tuas dores, te fazer feliz e esquecer os possíveis rancores que a vida em te cravou…

Ah! eu pensei que fosse amor… esse querer desmedido, que faria até o impossível para te ver vencedor…

Eu pensei que fosse amor… esse poder que você tem em transformar os meus dias, de pura tristeza pra mais completa alegria apenas com teu falar…

Eu pensei que fosse amor… Mas, só pude entender e comprovar quando optei me calar pra não te ver sofrer, esperar sem esperança de te ter, recusar te esquecer mesmo sofrendo, fingir que não te quero mesmo querendo, não falar de toda essa explosão de sentimentos, para não te machucar… a tudo isso que nome poderia dar?

Que nome poderia dar… quando o teu bem-estar tornou-se mais importante do que o meu, quando mesmo sem forças pedi pra Deus te fazer feliz, mesmo que nessa felicidade não se inclua eu…

Se

Quisera ter a capacidade de transformar água em vinho...
Queria poder mudar todas as rotas e encontrar o teu caminho, fazer parte da tua jornada ser dona dos teus carinhos, te apoiar na caminhada, ser teu mapa, tua estrada, nunca te deixar sozinho...
Cada beijo que guardastes, cada sonho, cada plano... Há! meu Deus quem me dera os meus vinte e poucos anos... Não mediria esforços, nada me pararia se ao menos eu soubesse que era isso o que querias juro, que nada mais nesse mundo de você me afastaria...