Coleção pessoal de LucianoMalchow

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Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

SOBERANO

Quando nascemos, a vida abre aspas
Para o nosso bem mais precioso... o tempo.

E então o tempo dispara
O tempo não pára
O tempo acelera
O tempo não espera
O tempo inspira
O tempo conspira
O tempo escraviza
O tempo liberta...
Faz esquecer
Faz relembrar
Faz amadurecer
Faz envelhecer
Faz apodrecer...

Mas o tempo endurece
O tempo amolece
O tempo padece
O tempo clareia
O tempo escurece
O tempo acolhe
O tempo não escolhe
O tempo precede
O tempo impede
O tempo socorre
O tempo consola
O tempo permite
O tempo decide
O tempo amanhece
O tempo entardece
O tempo anoitece
O tempo revolta
O tempo conforma
O tempo não volta
O tempo é passado
O tempo é futuro
O tempo é presente (sempre)
O tempo é bondoso
O tempo é maldoso
O tempo acompanha
O tempo abandona
O tempo aprisiona
O tempo é uma zona
O tempo nos passa...

E a vida então... fecha aspas.

Antes que a luz se apague e que eu me perca no infinito quero me despedir das minhas paixoes.Quero sorrir pro sol,beijar a lua e fazer amor com o mundo,que embora tragica minha sobrevevivencia nos momentos de luz,me fez ver muita coisa e levo comigo pra onde quer que seja este infinito,que seja nas trevas ou na luz eterna.
Jamais o esquecerei,me esquecerao mas o esquecimento nao e nada mais que um instinto dessa vida,cheia de emoçao!

JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais!
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

A música é o tipo de arte mais perfeita: nunca revela o seu último segredo.

Um beijo é um segredo que se diz na boca e não no ouvido.

O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros.

Aprendi o segredo da vida, vendo as pedras que sonham sozinhas no mesmo lugar.

O ciumento passa a vida a procurar um segredo cuja descoberta lhe destruiria a felicidade.

As três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo.

Nunca devemos mudar de cavalo no meio do rio.

É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida.

É o mesmo sol que derrete a cera e seca a argila.

Também somos ricos das nossas misérias.

Os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio.

Todos veem o que você parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é.

Tendo o príncipe necessidade de saber usar bem a natureza do animal, deve escolher a raposa e o leão, pois o leão não sabe se defender das armadilhas e a raposa não sabe se defender da força bruta dos lobos. Portanto é preciso ser raposa, para conhecer as armadilhas e leão, para aterrorizar os lobos.

Não se pode ensinar nada a um homem; só é possivel ajudá-lo a encontrar a coisa dentro de si.

Os homens que se tornam arrogantes com o sucesso têm o mau hábito de odiarem aqueles a quem ofenderam.