Coleção pessoal de LUCIANAHORTA
Sonhos
Sonho acordada e dou asas à imaginação, viajo pra longe, mesmo sem tirar meus pés do chão.
Sonho dormindo e, neste caso, minha alma parece me acompanhar.
Algumas vezes me lembro dos sonhos que tive durante o sono, logo quando acordo. Tudo reaparece de uma maneira tão nítida, que sou capaz de relatar os mínimos detalhes. As cenas ora são refeitas a partir do que vivi, ora são construídas a partir dos meus desejos.
Hoje me encontro ainda em transe, por ter vivido uma cena que foi construída nos meus sonhos. De tão desejada e esperada, tenho a sensação que a cena continua sonho e não realidade! Doido isso né? Acho que preciso de um beliscão!
Ao mesmo tempo é como se a cena vivida fosse uma bolinha de sabão: vejo-a, mas tenho receio de tocá-la e acabar por estourá-la e ela voltar a ser sonho... Aí não faço nada em direção a bolinha de sabão, fico sem ação, inerte: passo a ocupar o lugar de expectadora e não de protagonista.
Mas como continuar apenas olhando a bolinha de sabão? Não, não. Preciso tocá-la, mesmo que ela estoure!
Senão, acabo sonhando muito e dormindo no ponto...
Pelo receio do não, quantas vezes deixamos de ouvir o sim?
Pelo receio do sim, quantas vezes ficamos no talvez?
E o que acaba nos acompanhando é o quase...
E o quase é surdo, mudo, cego, é fechado e paralisa.
Que venha o não e o sim, acompanhados de sinais, caminhos, rumos e direções.
Chega de incerteza!
Eu estou sem tempo...
Não, não! Minha vida não está agitada!
Mas eu estou sem tempo...
Eu estou sem tempo para esperar...
A vida é corrida!
E eu estou sem tempo para perder tempo...
O relógio que conta o meu tempo parece pequeno demais...
E os minutos estão voando!
Mas eu estou andando... E as pessoas estão andando...
Não tenho como controlar o ritmo da vida...
Mas tenho como aumentar a velocidade dos meus passos... E as pessoas também têm como aumentar a velocidade dos passos delas... Sem estresse!
Construindo bem abaixo dos nossos pés os nossos sonhos!
Num dia eu te conheci
Noutro eu te percebi
Mais adiante eu te senti
E, durante o caminho, eu me apaixonei
Seu caminho foi inverso
Apaixonou-se primeiro para depois conhecer
Não foi por acaso
Não foi uma trombada, uma batida de frente
Foi um esbarrão, um encontro lado a lado
Ainda que andando pelo mesmo caminho, conseguimos nos perder
Quando será que vamos nos reencontrar?
Sou um trem
Não um trem bala, porque gosto de calma
Não um metrô, porque gosto de paisagens
Sou um trem água, que não anda nos trilhos...
Ora vagão, curtindo
Ora máquina a vapor, fervendo
Gosto de alternar o comando
Porque controle todo o tempo é ruim
Então, também gosto de ser levada...
Meus caminhos não têm fim
Algumas vezes sinto-me bloqueada por pedras
Então, paro durante o tempo suficiente, faço o desvio e começo outro caminho
E a viagem continua...
Alguns se deixam serem vagões quando sou maquinista
E viajam seguros e felizes
Outros se arriscam a serem vagões quando sou maquinista
Mas viajam apreensivos e tensos
E quando sou vagão eu também me alterno, dependendo de quem é o maquinista...
O barato mesmo é a viagem!
Era madrugada
O barulho dos carros deu lugar a música da chuva caindo
Estava com frio e o vento assoviava pela janela e também soprava pensamentos
E com a chuva caindo, o frio e o vento, preferi ficar dentro
Dentro de mim
Ouvindo meu corpo
E tentando ouvir o que ele dizia sem parar
Minha respiração estava ofegante e ao mesmo tempo calma
Com esforço controlei seu ritmo para me fazer serena
Procurei respirar a paz e expirar a dor
Naquele momento, se eu pudesse escolher, não queria estar sozinha
Mas isto eu não consegui controlar
Como não consegui controlar meu coração
Ele batia e bate, independente de eu querer ou não!
Os sinais
Eu não sou água mole que bate em pedra dura até que ela fure!
Durante as tentativas, procuro ficar atenta aos sinais e reavalio se devo continuar insistindo...
Os sinais estão por todo lado, mas não são visuais
São sentidos, percebidos e avisados
O corpo começa a dar sinal de cansaço
A cabeça pesa e o olhar deixa de ser para cima, em forma de sonho
Os ombros encurvam para dentro, como se quisessem avisar que é tempo de fechar
E o motivo para a ação decai
O carro enguiça no caminho
O celular acaba a bateria
E junto com a bateria do celular
Acaba também a energia
É hora de sair... É hora de mudar o sentido, não o que o corpo sente, mas o sentido da direção!
A Paternidade
Não basta ser homem para ser pai
Não basta desejar ser pai
Precisa ser gente e, especialmente, carregar humanidade
Carece ser exemplo
Para ser um pai de verdade, é preciso gostar de lamber a cria
Quando pequeninos e ainda depois de grandinhos
É preciso gostar de trocar fraudas e carinhos
Não existe teste de DNA que faça de um homem um pai
Porque o homem já nasce com DNA de pai
O pai de verdade não vê diferença em ser mãe ou pai
Porque ele consegue fazer os dois papéis
O pai de verdade não é um herói
É apenas um homem
Quase um super homem
Mas ainda uma criança que também precisa de colo.
Impressões
Pudera eu colocar meu dedo indicador para reconhecimento em biometria nos contatos pessoais
Pois assim não haveria margem de erros das pessoas reconhecerem que eu sou eu mesma
Quisera eu ter testemunhas oculares de tudo que faço ou penso ou principalmente penso
Pois assim não haveria dúvidas em relação aos meus pensamentos
Porque o que eu penso sou eu mesma
Aahh, delicioso seria que as pessoas tivessem uma primeira impressão de mim
E que esta impressão não precisasse ser digital
Mas ainda assim, refletisse que eu sou eu mesma
Porque eu sou tão transparente que as pessoas começam a duvidar de tanta clareza...
Mas, infelizmente (ou felizmente) nem tudo são impressões digitais
A maior parte das vezes é preciso ter Con-TATO
E as pessoas mudam
E eu mudo
E mesmo nas minhas mudanças, continuo sendo eu mesma
Esta é a única forma que posso assegurar quem sou: sendo eu mesma!
Ela nunca trabalhou em Circo
No entanto, acredito que na sua genética carrega as aptidões circenses
Quantas vezes precisa domar feras, principalmente as internas
Outras vezes faz cara de palhaço ou mesmo papel de palhaço
Também faz malabarismos e ainda anda em cordas bambas
Começou a executar acrobacias, se arriscando mais
Está ficando boa no contorcionismo, enxergando coisas de outros pontos de vista
E no quesito equilibrista, ainda deixa muita coisa cair
Sua vida é o próprio suspense do Circo
É difícil adivinhar o que vai acontecer na próxima cena
Sabe apenas que em alguns momentos ocupa o lugar da platéia e que na maior parte está no picadeiro
A única coisa que ainda não aprendeu foi a fazer mágicas...
Onde foram parar meus sonhos de criança
Onde estão os castelos de areia que construí
O meu príncipe, as bonecas que eram minhas filhas
E as casinhas que montei
Tudo era ao mesmo tempo tão fantasioso e tão real
E hoje a realidade não tem fantasia , só tem a memória dos meus tempos de criança
Porque não dá mais tempo pra brincar
A não ser batalhar para conseguir o que não é de areia, mas que o tempo e o vento podem levar
Ando sozinha
Precisando de um colo, de um ombro, de um par
Pois não encontro minha raiz
Para eu me agarrar
Deixe-me chorar até cansar
Quem sabe assim eu descubra que parte de mim fui eu que fiz
E quanto de mim é areia e foi construída pelo vento e pelas ondas...
Penso que um retrato da vida poderia ser o eletrocardiograma
Ora em picos elevados ora em baixa ora estável
Mas sempre num movimento contínuo de instabilidade
Talvez por isso que só no momento que o coração pára é que a vida fecha um ciclo
Outros órgãos podem parar e até serem retirados do nosso corpo que a vida continua
Mas sem o coração tem um fim
Pensando assim começo a não temer tanto o provisório, o temporário
Porque entendo que nada na vida é permanente
Por mais estável que pareça
Pensando assim reforço minha tendência de agir com o coração
Permitindo-me ter baixos sim
Mas ainda e por muito tempo com o coração batendo forte
O que hoje está ocupado, um dia esteve vazio e só...
Um ventre
Uma casa
Um vaso
Uma mente
Um copo
Uma cama
Uma semente...
Com a intenção de preencher os vazios, muitas vezes nos envolvemos ou mantemos relacionamentos com pessoas com as quais temos pouca afinidade ou muita comodidade, aceitamos ficar ou ir a lugares onde na verdade não gostaríamos de ficar nem de ir, andamos de lá pra cá como baratas tontas ou dormimos além da conta.
O que mais tenho sentido e ouvido as pessoas falarem é: sinto um vazio enorme dentro de mim! Que lugar mal assombrado é este que tanto nos faz repugná-lo e que por mais que a gente lute, um dia, em algum momento das nossas vidas, acabamos caindo nele? Será tão mal assombrado assim?
Agora, neste momento, tricoto palavras porque estou tentando suprir esta sensação de vazio...
E, a cada frase concluída, o vazio fica menor, porque dá lugar a sensação de CRIA-ção.
E, o que um dia esteve vazio e só, hoje, agora, neste momento, está ocupado...
Uma criança
Uma planta
Uma idEia
Uma esperança...
Amar ao próximo como a si mesmo
Este, como todos vocês sabem, é um dos mandamentos do nosso Pai. Mas, algum de vocês já parou para pensar se praticam este mandamento com outras pessoas. Especialmente as que vocês dizem amar de verdade?
Como é esse amor ao próximo? É através de uma ajuda financeira numa hora de necessidade, de um encontro num bar para um bate papo, de um longo telefonema para abrandar as mágoas e dores do outro, através de um carinho ou um gesto de afeto?
O que vocês pensam que uma pessoa que passa por um período de tristeza ou dor profunda precisa? Só disso?
Sem dúvida todos estes atos e ações ajudam muito, mas não são suficientes, porque são temporários e passageiros...
Até porque, com o tempo, se tornam cansativos, repetitivos e esquecidos. Ou lembrados através de cobranças como: Mas você ainda está assim, triste, sem animação de viver? O que mais você precisa para melhorar? O que é que você pretende da sua vida? Viver infeliz? Você parece não querer ser feliz!
O natural, até pelas ocupações diárias de cada um, pela vida familiar de cada um, pelas atribuições do dia a dia, é que pensamos que fizemos o que podíamos. O que estava ao nosso alcance. O resto é com a pessoa!
Agora eu pergunto: Quem não deseja ser feliz? Viver plenamente?
Penso que o que falta a essas pessoas é o amor do outro como a ele próprio – amar ao próximo como a si mesmo! Sem dúvida é um ato de entrega, de dedicação, de dar sem esperar nada em troca... É estender a mão – através dos atos e ações acima citados, mas muito mais que isso! É manter as mãos dadas! É acolher, por no colo, ajudar no lugar de cobrar, dar no lugar de pedir. É ter paciência – muita paciência e, amparar muitas vezes de perto e outras, com o tempo, aos poucos, com um pouco mais de distância. Mas, acompanhar e amparar sempre!
Está certo que a felicidade está dentro de cada um, que a motivação é algo que vem de dentro para fora. Mas, o ambiente que nos cerca interfere e muito.
Vida de Casulo e Vida de Borboleta
Aconteceu! Entre muita competição, um entre milhões conseguiu alcançar seu objetivo - A VIDA! Mas não pense que as dificuldades pararam por aí... A corrida foi grande, o percurso sinuoso, as barreiras infinitas. Era ainda necessário esperar nove meses para que o objetivo fosse concluído. E objetivo que é objetivo tem dessas coisas...
Noves meses de VIDA de casulo... Lugar quentinho, confortável, seguro, com comidinha nas horas certas, sem aborrecimentos. A não ser aqueles do tipo – olha a titia aqui, você está ouvindo? Ou - mexe pra mamãe ver! Ou ainda - você está muito quetinho, o que está havendo? Aborrecimentos estes, que não chegam a chatear, afinal, existe um casulo de proteção.
Imagine-se numa vida de casulo, hoje, adulto, com o mundo lá fora o convidando para voar...
A natureza é sábia – sabe a hora que o casulo precisa deixar de existir para dar asas ao novo vôo – o vôo da mais nova borboleta!
A vida de casulo é necessária para que tenhamos uma vida de borboleta. E isso acontece em qualquer tempo, com qualquer idade: um mês de gestação, sete meses de gestação, dois anos de vida, quinze anos de vida, trinta e três anos de vida, setenta anos de vida!
Mas, lembre-se: Viver no casulo é seguro mais também é limitador. Não tenha medo de sair do seu casulo - não importa a idade que tenha - seus pensamentos são muito mais fortes na hora de seus vôos e, são seus pensamentos que vão garantir sua segurança!
Ser Normal
Fico pensando se, quando nascemos, Deus nos deu de presente a “anormalidade”...
Sim, porque quando nascemos e, damos a primeira respirada, começamos a interagir com o mundo à nossa volta e com as pessoas que fazem parte deste mundo. Mas, com o passar do tempo, já com certa idade, este mesmo mundo que nos recebeu passa a ditar normas tais como: não pode fazer isso, precisa respeitar os outros, não diga palavrão porque é feio, isso não é coisa de menino(a) brincar, trabalhe muito e sempre bem, seja estável, não grite e, por aí vai...
Estas normas passam a virar padrões, moldes e, infelizmente, muitas vezes, valores! E, começam a apertar... Porque, para caber em moldes, só apertando mesmo. E começa a faltar o ar... E, junto com o ar, começa a faltar a saúde, a criatividade, a mudança, a trans-formação natural de qualquer ser humano. E, esta trans-formação, começa lá na hora do nascimento. Por isso pergunto mais uma vez: será que Deus nos deu a anormalidade e nós esquecemos dela durante nosso crescimento?
Sim, porque enquanto crescidos, vamos ficando parecidos uns com os outros – ou pelo menos tentando, para sermos normais!
Eu já tentei ser normal grande parte da minha vida. Talvez a maior parte dela. Sabe o que eu ganhei com isso? Perdi tempo, saúde, amor próprio, e um tanto de coisas boas que só a anormalidade traz.
A meu ver, a normalidade é doida, as pessoas normais são malucas, medíocres, pobres de conhecimentos e experiências, e fúteis, porque ficam o tempo todo querendo se parecer ou ter alguma coisa que seja comum.
Mas, o SER HUMANO é único. Cada um é cada um.
E viva a anormalidade!!! Que em 2009 você seja cada vez mais feliz e cada vez você mesmo – totalmente ANORMAL!
Diferença entre Romantismo e Cavalheirismo
Descobri que algumas pessoas confundem romantismo com cavalheirismo! Mas são muito distintos.
O cavalheiro é aquele que abre a porta do carro para uma mulher, está pronto para acender-lhe o cigarro, puxar a cadeira para que a mesma possa sentar-se. Talvez o cavalheiro seja um adulto prezo e adaptado a tradições. Suas AÇÕES DE FORA PARA FORA.
Já o romântico é aquele faz carinhos infinitos onde o tempo parece parar, com imenso prazer em fazê-los, apropriando-se do momento para conhecer cada detalhe da mulher. É aquele que simplesmente fica olhando-a com olhos de admiração e de reconhecimento que existe um reflexo de seus desejos em cada fixação de olhares trocados. O romântico abraça, aconchega, afaga, brinca com beijos, com toques, com cheirinhos. Ele brinca com o carinho! Talvez o romântico seja uma criança livre, sem vergonhas e sem medos de demonstrar o que realmente está sentindo. Suas AÇÕES SÃO DE DENTRO PARA DENTRO.
Eu prefiro os românticos, porque talvez seja também uma criança livre que gosta de brincar de amor...
Saúde, Paz e Amor – O Resumo da Felicidade
Fico aqui viajando e imaginado qual é o resumo da ópera... Ops, “O resumo da felicidade!”
Não é preciso imaginar tanto... Vejo clara e objetivamente que o resumo da felicidade é feito de três ingredientes, não necessariamente nesta ordem.
SAÚDE: indispensável para que possamos alçar vôos tanto na vida profissional como pessoal. Com a SAÙDE, conseguimos trabalhar, produzir, divertir, enfim, viver!
PAZ: do que adiantaria acumular tudo o que podemos conseguir com a saúde, se a paz não estiver presente para “proteger” nossas conquistas? Com a PAZ, conseguimos manter nossas energias positivas e viver sem o estresse de ocupação com o que de fato não merece nossa atenção.
AMOR: de irmão, de amigo, de homem/mulher, de alguma coisa que nos apaixona. “É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso AMOR é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.” Com o AMOR a vida fica engraçada e enlaçada...
Então, isso o que desejo a todos - O RESUMO DA FELICIDADE...
Simples não é?
Estar com-prometido
O que é estar com-prometido com algo ou com alguém? Bom, eu gosto de brincar com as palavras e é o que vou fazer agora...
Comprometido = prometido com algo ou com alguém.
Alguns prometidos podem ser combinados ou ajustados entre os “alguéns”. Outros prometidos podem ser feitos em formas de contrato, tal como é firmado nas relações de trabalho. Existe também o contrato assinado em algumas formas de relacionamento, como no casamento e, quando os “alguéns” envolvidos fazem questão disso.
Agora eu pergunto: de que adianta tanto prometido se o “alguém” não está realmente envolvido nos combinados ou firmamentos de contratos?
Não basta ajustar combinados ou assinar papéis para que se garanta o prometi-mento com algo ou alguém! Porque dessa forma o fim talvez possa ser o la-mento... Quantos casamentos terminam mesmo com os prometidos diante do altar? Quantos contratos de trabalho se desfazem mesmo com as carteiras assinadas?
Eu penso que estar comprometido não é ter a obrigação de cumprir alguma coisa, simplesmente pelo fato de ter que fazer. Para mim é muito mais que isso.
Comprometimento também envolve prazer e alegria compartilhada. E, quando alguma coisa é compartilhada, os “alguéns” envolvidos sabem que precisam partilhar planos, desejos, tempos, horários e, especialmente ceder o tanto necessário para que as necessidades de ambas as partes sejam respeitadas. O comprometimento é uma via de mão dupla, embora comece numa via de mão única – começa de maneira individual e pessoal. É preciso estar comprometido em primeiro lugar com a gente mesmo, com o que a gente deseja verdadeiramente, para depois compartilhar.
Bom, por enquanto eu só entendo uma forma de me comprometer: preciso desejar o “objeto” de compromisso e, querer o comprometimento ao invés de ter que me comprometer.
Aí sim, eu assino embaixo!
E você, vai continuar algemado com seus “prometidos com” mesmo sem prazer???
Moldes
Moldes servem para um tanto de coisas...
Servem para fazer roupas, para fazer arte, para fazer chocolates, sabonetes, para fazer dentes também, próteses e mais um montão de coisas legais que se eu for listar aqui não vou acabar tão cedo!
Moldes não servem para fazer pessoas...
Porque pessoas não são carros que são produzidos em série e com padrões de qualidade.
Pessoas são produzidas com padrões de qualidade sim, mas não em série, com características idênticas.
E isso que faz as pessoas serem diferentes das máquinas. O “HD” de cada uma tem registros diversificados.
A cultura da humanidade é resultado das diferenças. Onde um acrescenta o que o outro não tem e vice-versa.
O que mais me intriga é a procura por grupos homogêneos, seja social ou profissionalmente. Aí eu pergunto: qual será o fim da história se não tem a soma? Com certeza menos conflitos existirão ou quase nenhum. Entretanto, resultados também serão em menor número.
Eu não gosto de moldes! Perco minha criatividade, minha identidade, minha autenticidade e me sinto sufocada...