Coleção pessoal de lucian1989

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Feliz Dia de Finados!?

Neste dia, triste de finados,
não mais o luto novamente,
dever-se-ia “comemorar“
os filhos que estão vivos
os pais que aqui ficaram
a vida dos presentes.

Pra lembrar de quem perdi,
do meu querido ente,
não preciso de uma data
dum sentimento de um só dia
como sentisse e fosse embora
programado e de repente.

Desfaz-se a chuva
e comemore de forma diferente.
Grite a vida – não sua falta,
posto que os mortos que perdemos
não existem - e desaparecem
sem os seus sobreviventes.

Eu Três: Três Eus

Eu com ela...

Estou eu,
eu com ela.
Em eu com ela,
quem sou
eu?

Em eu com ela,
sou eu
com ela.
Em eu com ela,
sou eu
e ela.

Eu sem ela...

Estou eu
eu sem ela.
Em eu sem ela,
quem sou
eu?

Em eu sem ela,
sou eu
sem ela.
Em eu sem ela,
sem eu
e ela.

Eu comigo mesmo...

Estou eu,
eu comigo mesmo.
Em eu comigo mesmo,
quem sou
eu mesmo?

Em eu comigo mesmo,
sou eu
eu mesmo.
Em eu comigo mesmo,
sou eu
o mesmo.

Teu
nosso
meu...

Tu, nós
eu.

Três formas do eu.
Em três formas,
sou eu.

Que se revele o amor: eu não

Pra que revelar este amor
sem indícios de ser correspondido,
se estes meus olhos não bastaram
pra mostrá-lo conhecido?

Pra me apontarem o dedo
me zombando distante da realidade
dizendo ser invenção
um sentimento de verdade?

Não! É que as noites,
como esta que perco por ti,
poderão e devem ser
as mesmas em que sonhas sem mim.

Portanto, não revelarei um amor
inútil porque sem esperança
deixo ele aqui, cá dentro,
como dormíssemos feito crianças.

Autoanálise

Analisar a si
é saber porque sente
e não deixar de sentir,
é saber porque cai
e não saber resistir,
é dividir-se em partes
e ter-se em todas a ti,
é voltar-se pra dentro
e encontrar-me em mim.

Analisar a si
é escrever o poema
e ser poeta de si.

A rima revela

O seu nome,
balbuciei ao lhe ver da janela
ao não ouvir me senti numa cela
comigo mesmo travei uma querela
pra gritar e mostrar à favela
Que o seu nome,
por rimar com novela
e canela,
não é Marcela
ou sequer Gabriela
Porque o seu nome,
se inspirou este poema a ela
que escrevi num balcão com Stella
e selei com os pingos da vela,
esqueci de botar o nome dela.

Não importa.
Só por rima o amor se revela.