Coleção pessoal de fandeLucaskallango
"Você não sabe o que é não ter
Um plano, um albergue, um lugar pra ir
Você não sabe o que é viver
Morrendo todo dia e nunca mais nascer
Você não sabe o que é ter que ser
Um alicerce firme, sendo um lamaçal escuro
Você não sabe o que é ver
Um filme repetido que é sobre você"
"No metrô ela prende, na cadeia ela solta sem novidade.
No banheiro é fechada, no desenho é fachada no amor é vaidade"
"Me faz sentir um figueira sagrada vermelha
Em um jardim na guerra, de soldados possuídos,
Como os olhos de censura, das leis de minha mãe"
"Quando cê vai embora
Pedindo um boa noite, um afago pra dormir
Com o seu jeito chora
Ligando e pedindo garantia de me ouvir
Detalhe insano é pensar
Que uma quinzena não vai me matar
O suicídio parcelado em cada gota desse seu olhar
Mas quando chega à hora
Um toque impaciente, já não quer mais nem dormir
Na sexta vem embora
Dois dias, um relógio, um ponteiro a insistir
Peço não pense na ampulheta
A comida esfria, volta para a mesa
Um banho quente é a certeza
Pega teu caminho, deixa a tristeza"
"Às vezes não vemos nada de olho aberto
Pra enxergar de longe o que só vemos de perto.
Às vezes só vemos problemas
Às vezes o pódio é cinema"
"Cadê você menina? Sereia, boto azul
Janga, jangada, iêiá, bela de norte a sul
Sofro nessa esteira, padeço num sonho nu
Lembro da tarde inteira, que nem doce de cajú"
"Sabe aquelas vezes que falei de amores?
Passados, hoje eternos que nem vento sopra?
Me desculpa eu tava enganado! O amor é hoje, agora, é o que nós chamamos
De a chance de se dar melhor com essa pessoa bem do nosso lado!"
"Então deixa eu te mostrar que para mim nada mudou
Curtir as onze faces de uma noite de amor
Te ver sorrir, te ver sonhar, te banhar de prazer"
"Apenas oito doses para me matar
Só para escrever o que nunca vou te falar
Só pra ficar aqui sentado vendo a morte
Em forma de uma brisa"
"Você mortal que desenhou a História desse lugar
Mortal capaz de fatos, feitos imortais
Trajando uma roupa que com o tempo vai mudando
Encolhendo vai, desbotando, enrugando"
"Hoje realmente eu gostaria de ver o sol feliz
Esse sol me persegue, me entorpece, me alimenta, me faz atriz
Mas como num faroeste eu percebo uma mira está em mim
Eu não sei se miro ou conto as palavras que me trouxeram o fim"
"Já lhe disse que não sei quem sou
Já lhe disse que eu não sei se vou
Pague meu cachê, sente na mesa
Uma pinga, um conhaque, uma breja
Só não peça bis da Minha Odisseia"
"Já não acredito na dor
Da mochila que escolhi levar
Meus gametas desagrupam do meu som
Zé Ramalho me perdoe se eu chorar
Só não peça bis da minha odisseia"
"Te amo mesmo quando você não vem dormir comigo
Te amo pouco e tanto, eu sei não tem nenhum motivo
De tentar entender, porque as vezes você
Não dorme e não deixa dormir
Não dorme e me deixa sair
Sem direito de tomar um café
Indefeso quando diz que me quer
Mais tarde, mais tarde"