Coleção pessoal de luana1234567890

21 - 40 do total de 61 pensamentos na coleção de luana1234567890

Luaaanera o que posso te desejar nesse dia pra você, primeiramente eu não gosto de textos ainda mais pra uma pessoa chata, esquentada, enjoada, e explosiva como vc, mas eu como uma pessoa humilde e muito legal, vou escrever um textinho pra vc kk..
Te considero muito, já vivemos e passamos por muitas coisas, nossas brincadeiras, conversas ,beijos, muitas coisas kk, e hoje posso contar ctg como mais que uma amiga, uma pessoa pra tudo, quero te desejar muitas felicidades, paz nesse caos de pensamentos na sua cabeça, muita saúde, e que venham mais histórias juntos

O que eu desejo vai além do que o mundo pode me dar. Anseio que me deixem desfrutar desse destino solitário pelo qual vendo andando, na escuridão do silêncio dos meus próprios passos, chorando lágrimas de incompreensão.

Estou me afogando em águas negras e profundas! Meu corpo está cansado. Sinto frio. E tudo a minha volta é escuridão. Mas enquanto isso vejo a vida seguir para muitos, eles caminham, traçam seus objetivos, amam, sofrem e morrem, porque no final tudo é igual para todos. A morte é iminente. Porém, estou me afogando e sei que chegará o momento que não retornarei do fundo deste rio negro e espesso. Vou me tornar parte dele. Água, talvez. Pedra, quem sabe. Deixarei de ser humana e me tornarei negra como a noite que envolve minhas palavras, e ainda sim o mundo vai continuar sua caminhada. Todos a procura do bem ideal, mau sabendo que no final disso tudo só existe a morte. Vamos todos para o fundo do rio. Todos para a mesma escuridão."

Mas ela não tinha nada. Digo nada de especial que a fizesse ser diferente das demais moças que, solitária navegam passivas na suave brisa das madrugadas. Não! Olho-a e não consigo compreender essa singular criatura vestida de negro, pele alva e cabelos bagunçados. Todavia, estou a imemoriáveis minutos imersos na moça que como disse nada tem de especial.
Ela não me viu. Chegou como quem nada quer neste bar de boêmios e solitários homens de coração partido. Sentou. Pediu um Martini e desde então permanece na mais reclusa solidão. A moça que nada tem não quer nada além de sentir o doce gosto álcool.
Mas eu, por algum motivo ainda desconhecido permaneço a fitá-la. A moça solitária não ver ninguém, entretanto, todos a observam. Bonita? Não! Mas a algo nela que desperta abismo. Ela é um pulo no escuro de uma madrugada feita para bêbados e corações frustrados. A moça –aquela que nada quer- mexe comigo porque o seu silêncio me ofende. Deveria gritar, esbravejar, e sim, chorar porque seus olhos transmitem dor e solidão, mas não, permanece no mais íntimo silêncio porque aceitou a sentença que a vida lhe deu. Aceitou que o mundo vai agredi-la, por pura incompreensão. Por isso bebe.
Bebe, moça! Afoga tuas mágoas nesse Martini com gosto de lágrimas, decepções e amores rasos. Embriaga-te. Perde tua lucidez. Vira o que quiser, pois ao beber o mundo é seu. Tu poder tudo, moça! Tu tens a loucura dos bêbados. Tu és noite, álcool e silêncio.
Mas ela nada quer. Nada pede. Ela não fala, não chora, não ama. A moça levantou-se embriagando os bêbados com seu cheiro adocicado de flores e Martini. E foi-se. Fugiu para o mundo que amanhecia e que nada tinha a lhe oferecer.

Olha moço, sei que as coisas têm andado meio estranhas, e que vez ou outra a saudade aparece na sua porta como uma velha amiga a pedir abrigo, sei que abre, que conversam e que você mostra nossas fotos, aquelas em que estamos abraçados, sorrindo e exibindo uma felicidade plena.
É, moço, o tempo –aquele escritor de partidas e chegadas - transcorreu rapidamente, e hoje estamos aqui sob uma distância de mares a ocupar a mesma cidade. Estranho vê-lo mas não encontrá-lo. Não, não me leve nem me julgue mal, mas é que o moço do sorriso largo não é o mesmo que hoje sorrir para fotos tão mecanicamente. Não consigo encontrá-lo. Sei que está perto, que anda e que talvez continue a fazer as mesmas coisas de autrora, mas algo mudou em seus olhos, pois o negro brilho que me encantava fora trocado por umborrãosem cor.
Mas não, peço que não se preocupe, pois não vouperturbá-lo com meu cuidado demasiado exagerado.Não, moço, pode continuar a andar pelas ruas com seu sorriso grande e falsamente feliz, eu sei, ou melhor, nós sabemos o quão falso ele é. Continue, dance, divirta-se, e se apaixone, o mundo está aos seus pés e você é dono de sua alma, use-a como quiser. Mas eu sei que nos últimos minutos de seu dia, aquele em que você deita a cabeça no travesseiro e respira aliviado, sua mente projeta meu rosto e você ouve minha risada alta, exagerada. Você pensa no que poderíamos ter sido, nos planos e nos momentos em que vivemos juntos, e afirma, ainda a contragosto que nenhum outro amor será tão forte, intenso e sim, exagerado –pra combinar com meu jeito de ser- do que o amor que sentimos um pelo outro.
E então você dorme.

Mas ela é complexa, difícil, temperamental. Ela é um furacão, meu amigo, daqueles que viram a vida de um homem e atormentam até a alma. Ela se doa demais, se joga as cegas e sofre por ter um coração tão malogrado de sentimentos e doações não reciprocas. Poucos a entendem. Muitos a criticam. E você, meu bom amigo, ah, você tem a suprema sorte de ter em mãos o caos e a calmaria de uma alma apaixonada.

Eu percebi, depois de muito pestanejar que aquela moça era mais do que mostrava-se, muito mais do que o mundo estava adaptado a ver. Ela era uma mistura de doçura e acidez, caos e calmaria, turbulência e dias quentes. De fato, aquela moça era um ser ainda tão indescritível que eu, na ânsia de desvendá-la, decifrei com meus olhos míopes um dos tantos labirintos construídos em seu coração.
Aos outros olhos aquela moça fez-se sorrisos e cuidados. Sem pedir nada se foi ouvidos para aqueles que melancólicos necessitavam de acalanto. Era a ponte, o pedestal, a âncora dos naufragados, a luz dispersa na escuridão. Ela nada pedia ao mundo, doava-se de coração aberto e por vezes esquecia suas próprias e silenciadas dores, ia, com o sorriso brilhando sobre a face, cuidar dos corações alheios, das almas que procuravam incansáveis por paz.
Mas quem diria que aquela moça –a do sorriso largo- traria consigo o segredo do sentir? Quem, neste mundo tão individualista, olharia para aquela moça aparentemente forte e veria uma menina com medos, receios e dores? Creio que nessa troca de sentir, poucos pararam para ouvi-la e raras pessoas a conheciam de fato.
Porque ela, ah, ela era mais do que o rosto dizia, do que a risada falava. Ela era a maturidade de uma mente firme, cheia de princípios e verdades. Ela era o medo do erro, a tentativa árdua dos acertos, o receio do não conseguir. A vi por muitas vezes gargalhar com uma sombra pairando no olhar, e entendi por fim, que o silêncio é necessário e revelador quando deixamos o coração trocar confidências.

Hoje talvez eu ainda não a conheça, pois esta moça é mutável como o vento que dança em seus cabelos, mas acredito que sei enxergá-la como poucos conseguem. Eu vejo seu coração, falo com sua alma, desvendo suas entrelinhas. Mas acima de todas as coisas, eu aceito os seus silêncios.

Mas há dias em que nada faz sentido e os sinais que me ligam ao mundo se desligam

O que mais me encanta em você
É a tua capacidade de me enlouquecer.

Amor não acaba. Filmes acabam, balas acabam, dias acabam, beijos acabam, noites acabam, chocolate acaba, o assunto acaba, a paciência acaba, a vontade acaba - desejo diminui. Mas o amor não. Ele entra em coma, fica fraco, doente e, se for o caso, morre. Amor não é um sentimento, um fato, um objeto. Amor é uma vida, é algo que sai da compreensão humana, científica, racional. Amor não começa e acaba. Amor nasce e morre.

ELE E EU
Ele era copo cheio.
Eu, o último gole.
Ele é pé de moleque.
Eu, maria mole.

Ele era sono pesado.
Eu, pura insônia.
Ele é amarílis.
Eu, uma begônia.

Ele era exposição.
Eu, arte de rua.
Ele é prato gourmet.
Eu, comida crua.

Ele era até logo.
Eu, até amanhã.
Ele é jaqueta de couro.
Eu, blusa de lã.

Ele era cheio de ensinar.
Eu, de aprender.
Ele é Gregório de Matos,
Eu, Duvivier.

Eu era tarde fria.
Ele, manhã de sol.
Eu sou fá sustenido.
Ele, um ré bemol.

Eu era a longo prazo.
Ele, o instante.
Eu sou o preto básico.
Ele, o cintilante.

Eu era início de cena.
Ele a parte final.
Eu sou fã de Joy Division.
Ele, de Simonal.

Eu era mudar pra Argentina.
Ele, comprar casa no rio.
Eu sou viajar pelo mundo.
Ele, pelo Brasil.

Eu era acento agudo.
Ele, um u com trema.
Sim, os opostos se atraem.
Inclusive nesse poema.

Para onde vão as palavras de amor não ditas?
Esquecidas em orfanatos por serem precoces demais

Envelhecidas em asilos..
por terem enrugado e perdido a independência

Amarradas em camisa de força
por serem insanas e incontroláveis

Suplicando nas sarjetas
por precisarem de ajuda

Nas fotos dos desaparecidos
por um dia ter virado saudade

Se por ventura elas forem vistas por ai
diga que sinto fala.
sinto muita falta.

Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno.

EU TE AMO

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás só fazendo de conta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

Despedida

Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)

Quero solidão.

Epigrama n. 2

És precária e veloz, Felicidade.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
e, para te medir, se inventaram as horas.

Felicidade, és coisa estranha e dolorosa:
Fizeste para sempre a vida ficar triste:
Porque um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo despovoado e profundo, persiste.

SONETO ANTIGO

Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.

Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.

O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.

Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.

Serenata

Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permita que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silêncio, e a dor é de origem divina.
Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo.