Coleção pessoal de LuamHenrique

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Se a Distância é cruel e me maltrata
Por enquanto, sinto a dor dos braços dela
Se juntou com a Saudade, irmã mais velha
E todo dia me machucam sem eu fazer nada
Mas a Esperança, que pra mim é camarada
Observando tão grande o meu lamento
Me mandou esperar mais um momento
E depois trouxe uma coisa de valor
Me entregou uma dose de Amor
Pra poder amenizar meu sofrimento.

Ao menino Aylan

Neste mundo de maldade
Foste criança perseguida
Não querias imigrar
Mas obrigaram tua ida
E agora brincas no céu
Faz das nuvens carrosel
És mais um anjo lá em cima.

Descanse em paz, bela criança
Não precisas mais fugir
Não precisas te esconder
Nem ter hora pra sair
Lá de cima olhai por nós
Perdoai os teus algoz
À maldade feita a ti.

Quando estiveres entristecida
Pelo amor que não mais o tem
Perceba que em nossa estrada sempre passa ou fica alguém
A ele, não sintas raiva por não estar em tua vida.
Ao contrário, preste uma homenagem a esta pessoa querida.
Mostre-o que o jardim que um dia ele deixou
Hoje brota suas Rosas, pois você mesma cuidou.
E exala seu aroma atraindo o beija-flor
Mas só os que entendem e compreendem o que é o Amor
Não como ele que veio e tão de repente voou.

Sendo tu, que aos meus olhos então clareias
E eficiente faz bater meu coração
Já que és tu a descrita na canção
Como sendo a primeira e verdadeira
Então a mim, me ames de qualquer maneira
E que eu sinta em meu corpo teu calor
Mesmo que no final eu sinta dor
Utopia será de ti me separar
Pois não importa nossa forma de amar
O importante nessa vida é nosso Amor

O filho que vai embora
Por impulso da mocidade
Indo à terras estrangeiras
Procurar Felicidade
Crava no peito dos pais
A fria espada da Saudade.

O amor que tem os pais
Não é coisa a se jogar
Mas o filho insensível
Comete o mau maior que há
Deixar um pai esmorecido
E uma mãe triste a chorar.

Se o filho sensível fosse
Só lhes dava alegria
Ao invés de um grito, um abraço
Ao invés de solidão, companhia
E se eles disseseem que não fosse
O filho nem pensar se ia.

O sofrimento maior do mundo
É ver um filho acamado
A mãe chorando reza
O pai fica atormentado
E se o remédio fosse o amor
O filho já estava curado.

Com tristeza a mãe preparara
O almoço do domingo
E uma lágrima que corre
De uma dor que está sentindo
Por saber que o filho foi
E por saber que não está vindo.

Um filho que não perdoa
Um feito que o pai errou
Esquece que o humano é fraco
E de Carne Deus o criou
O pai foi mirar no Acerto
Mas no erro ele acertou.

Já no advento do filho
Não te dão o valor que tens
Pra mãe não faltam convites
Pra tu não ligam se vens
Pra mãe não faltam elogios
Pra tu nem dão parabéns.

Tal mãe trabalha tão duro
Mas a ti que sobra o pior
O trabalho que distancia
Por não haver outro melhor
E no laço do afetivo
Ao pai sobrou esse nó.

Ver a alegria do filho
Para o pai é a maior graça
Mas não sendo isso possível
Fraco ele cai em desgraça
E procurando uma saída
Só encontra a cachaça.

Embriagado pelas ruas
Forte dor no peito sente
Não desejava esse fim
Triste conclusão na mente:
Queria ser um pai amoroso
Hoje sou um pai ausente.

Mas sem dúvida ao filho ama
Da vida ensina-lhe a lição
Pode não ser igual a mãe
No campo da emoção
Mas em silêncio ao filho torce
Do fundo do coração.

Agasalha filho e esposa
Sem se preocupar consigo
Para eles o conforto
Para o pai sobra perigo
E nos desamparos da vida
O pai será sempre um abrigo.

Estando longe de você
Vou lhe dizer triste verdade
Com outra estou acompanhado
Ela minha casa invade
Tive o azar maior do mundo
Pois fui lá pra Pernambuco
Pra morar com a Saudade.

Poeta, belo poeta
Que estranho a confusão
Tu erraste foi o estado
Ou erraste a região
Venha aqui pra Paraíba
Pois a Saudade mora ainda
Na rua do meu Coração.

Agora eu estou suspeitando
Do final dessa novela
Como pode estar aí
Se todo dia vejo ela
A Saudade tem irmã gêmea
E tu ficaste com a irmã dela.

Pode ser a irmã dela
Que de manhã hoje abracei
Agora que falas de irmã
Mais triste ainda eu fiquei
Porque se é gêmea dela
Com a mais feia fiquei.

Agora está tudo mais claro
Que na saudade não há nobreza
Ela é fria, feia e machuca
E o seu cheiro é de tristeza
É Só na cabeça de um poeta
Que a Saudade tem beleza.

Paróquia Nossa Senhora do Livramento –
180 anos de Evangelização

Minha mãe a orientar
Desde criança eu escuto
Não esqueço um só minuto
A sua voz ao falar
Vamos à missa rezar
Pedir clemência a Deus
Cada mãe ensina os seus
O mais sublime ensinamento
Oh Senhora do Livramento
Ensinai os filhos teus

Desde o tempo de criança
Na paróquia eu ajudava
E com isso Deus me dava
A mais perfeita infância
Guardo tudo na lembrança
Com o coração cheio de alegria
É por isso que hoje em dia
Sei que é bom ser de igreja
Com a graça de Deus, que o meu filho cresça
Na presença dos Santos, Jesus e a Ave Maria

Em Bananeiras quem passa
Se admira da beleza
Essa é a nossa igreja
Sob o manto das graças
Ave, cheia de graça
Disse o anjo em missão
Maria escuta com atenção
E a Deus passa a servir
E por isso estamos aqui
Em 180 anos de evangelização

Mãe querida e advogada nossa
Murmurando, sob aos céus nosso louvor
Recebei como fruto de amor
Essas preces que o teu povo te implora
Acolhei minha mãe Nossa Senhora
Ajudai os teus filhos em missão
E agora de geração em geração
Esse povo te agradece e te bendiz
Oh Maria tu és Feliz
Tu és Mãe de toda essa nação.

O menor Necessita de Atenção

Como é fácil falar de educação
Num país onde tudo dá-se um jeito
Eu as vezes me espanto com o sujeito
Que educa seguindo a lei do cão
Isso tudo tem a ver com a redução
Que pra mim está cheia de preconceito
Não queria me meter mas eu me meto
Esse povo só quer morada e pão
É preciso perder o preconceito
O menor necessita de atenção.

O menor não precisa de prisão
Deveríamos olhar o seu contexto
Ele não pode viver com eterno medo
De que o mundo não gosta dele não
Eu até que sugiro pra nação
Ler “Capitães da areia”, um belo texto
Não queria dizer, porém me atrevo
No país está faltando coração
É preciso perder o preconceito
O menor necessita de atenção.

Acredito e tenho fé, sem ilusão
Que o Brasil dará ao menor o seu apreço
Tanto àquele que tem de tudo, desde berço
Àquele que tem do nada, desde então
Só não me venha com essa tal de Redução
Pois assim ficará do mesmo jeito
O Senhor me ensinou de outro jeito
Devo lhe oferecer a Salvação
É preciso perder o preconceito
O menor necessita de atenção.

Não contive a emoção

O dia por nós sonhado Chegou mais cedo que pensamos
Em terras potiguaras, na madrugada te abraçando
Me sentindo um abençoado
Te olhava admirado
Tua beleza na feição
Um aperto no coração
Nem percebi o que acontecia
E uma lágrima corria
Não contive a emoção.

Naquela noite tão bela
Um tempo no céu vivi
Comparei-me a um colibri
Que escolhe a flor singela
Tua beleza se revela
Clareando minha visão
Com os olhos de paixão
Meu corpo ardendo estava
E a noite assim passava
E não contive a emoção.

Um misto de sensações
No momento me envolvia
Você linda adormecia
Exalando inspirações
O bater dos corações
Num ritmo acelerado
Ter você bem ao meu lado
Foi tão grande a emoção
Ainda repito a sensação
Quando a gente for casado.

Descanses bem meu Amor
E dormindo que sonhes comigo
Pois no paraíso dos sonhos
Dormindo não corres perigo
E quem sabe até eu acordado
Andando sonhe contigo.

Poema Amor confuso

Se acordado te digo que me esqueça
Nos meus sonhos te peço não me escute
Se por loucura, de endereço um dia eu mude.
Peço a vós me procure, por gentileza.
E se em minha face encontrares a tristeza
Que me emprestes um pouco do teu sorriso.
E em plena treva sejas tu meu paraíso.
Pra que eu fraco sejas tu minha Fortaleza.

A Saudade que dói

A saudade é sentimento.
Que no peito brota sem plantar.
Sem querer ou por querendo
Vai começando a incomodar.
E o pior é o acalento.
De um alguém que vem dizendo.
Que isso um dia vai passar.

Ter Saudade é ter uma Dor
E carregá-la por todo canto.
Tudo que vê vai recordando.
Os belos dias de Amor.
Um dia triste sem cor.
Ou um quarto vazio sem cama.
Um cavalheiro sem sua dama.
Assim eu comparo o sofrimento.
De um alguém que não está tendo.
Por perto quem tanto ele ama.

Que no fogo da paixão que nos consome
Queira eu te amar intensamente
E na busca do ar que está faltando
Que eu consiga respirar-te plenamente
E que amor nunca falte nessa vida
Que sempre estejas comigo, minha querida
Pra eu poder te amar eternamente

É feliz quem nessa vida
Tem um colo pra descansar
Quem encontra uma mão amiga
Que não vá te abandonar
Quem na vida tão sofrida
Tem alguém pra lhe ajudar

Aquele que por escolha
Não se entrega a paixão
É igual a um passarinho
Que aposenta sua canção
Triste igual a um violeiro
Que vendeu seu violão

O favor ele é gratuito
E não pode ser cobrado
Ele não pode ser vendido
Nem tão pouco ser trocado
Se fazes favor assim
Desculpe, estás enganado

S2

Do jeitinho do coração
Parece nós no retrato
Uma ponta liga em cima
Outra ponta liga em baixo
São as cabeças se beijando
E em baixo mais apertado

Gente bonita e feliz
Escondendo até idade
Exibindo a vaidade
Inventando tudo que diz.
Aconselha o aprendiz
Dizendo ter caridade
Maquiando a realidade
Ilude o pobre infeliz
Falta muito com a verdade
no Face quem muito diz

No meu tempo de criança
Vendo a chuva eu sorria
Eu chamava os amigos
E "pro mei" da rua eu ia
Ninguém lá era doente
Ninguém tinha alergia
E vendo a chuva de hoje
O tempo voltar queria
Pois é de baixo da biqueira
Que a gente tem alegria