Coleção pessoal de longobucco
"Se ter deixasse de ser o primeiro lugar em sua lista de prioridades
Você saberia como chegar ao inesperado
Que é possível fazer o inacreditável
E aprenderia a olhar para um lugar
Que está muito acima dos outros
Que se esconde além do entendimento que predomina entre os homens
Porque embora todos saibam indicar o céu
Raros o merecem
E ele existe para poucos."
A síndrome do pânico
É noite
Madrugada
Acordo assustada
Sinto falta de ar
Dispara meu peito
Quero fugir
Quero correr
Parece que vou desmaiar
É dia
Coração acelerado
Compasso desatinado
Falta o ar
Gira o chão
Estou sem lugar
É essa fobia desajustada que me faz desatinar
Tantos médicos
Um diagnóstico
Síndrome do pânico
Não sei o que fazer
Sinto medo de sentir medo
Esse pavor que insiste
Desassossega
Mas desacreditam de mim
Duvidam
E até se divertem
Acham que é frescura
Fricote
Mas é tão forte
É dor de morte
Aprendo a respirar
Aprendo a controlar
Joguei fora a tarja preta
Minha mente precisa aquietar
Sem química
Sem me envenenar
Aprendi que o medo não pode me controlar
Conheço agora suas faces
Os disfarces
São linhas que não se veem
Caminhos que não se leem
Obscuros passos
Impensados espaços
Hoje não procuro aceitação de ninguém
Venço todos os dias
Já não sou toda do medo
Meu medo aprendeu a ser parte de mim.
"Acontece. Aconteceu. Nem sequer percebeu. Foi te ver e sentir. Nem foi preciso tocar. Era amor... Que encontrei. Além do tempo eu amei, bastou um simples olhar."
"Que não é preciso matéria ou fato
Vê que um gesto diz mais que um ato
Conhece que o amor não é ensaiado
Reflita-se em você – para sempre,
A eterna saudade que guardo."