Coleção pessoal de lolybezerra

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Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.

Prometo
Prometo buscar o amor dentro do seu coração,
Prometo cultivá-lo,
Prometo lhe dar consolo quando precisar.
Prometo te amar,
Fazer dos problemas
Momento insignificantes.
Prometo te dar apoio,
Compreensão.
Te prometo acima de tudo
A minha amizade.
Prometo estar sempre do seu lado.
Prometo encontrar seus sorrisos
E enxugar suas lágrimas.
Prometo ficar acordada Velando por teu sono.
Prometo que vou buscar todas
As formas para lhe fazer feliz.
Prometo que as estrelas serão suas
E a lua será nossa...
São milhões de promessas
De um Verdadeiro Amor sem limites,
Que jamais terá fim
"PROMETO..."

Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distância, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.

Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista... Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

TUDO É AMOR

Observa, amigo, em como do amor tudo provém e no amor tudo se resume.

Vida – é o Amor existencial.
Razão – é o Amor que pondera.
Estudo – é o Amor que analisa.
Ciência – é o Amor que investiga.
Filosofia – é o Amor que pensa.
Religião – é o Amor que busca Deus.
Verdade – é o Amor que se eterniza.
Ideal – é o Amor que se eleva.
Fé – é o Amor que se transcende.
Esperança – é o Amor que sonha.
Caridade – é o Amor que auxilia.
Fraternidade – é o Amor que se expande.
Sacrifício – é o Amor que se esforça.
Renúncia – é o Amor que se depura.
Simpatia – é o Amor que sorri.
Altruísmo – é o Amor que se engrandece.
Trabalho – é o Amor que constrói.
Indiferença – é o Amor que se esconde.
Desespero – é o Amor que se desgoverna.
Paixão – é o Amor que se desequilibra.
Ciúme – é o Amor que se desvaira.
Egoísmo – é o Amor que se animaliza.
Orgulho – é o Amor que se enlouquece.
Sensualismo – é o Amor que se envenena.
Vaidade – é o Amor que se embriaga.

Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.

Tudo é Amor.
Não deixes de amar nobremente.

Respeita, no entanto, a pergunta que te faz, a cada instante, a Lei Divina: “COMO?”.

Passos para o perdão

"Quando focalizamos nossa atenção em quem nos feriu,
ficamos sem condições de perceber quem nos ama ".

- Saiba exatamente como você se sente sobre o que aconteceu. Aprenda a articular sobre o que não está bem na situação. Então, conte para duas pessoas confiáveis a sua experiência.

- Comprometa-se consigo mesmo a fazer o que for possível para se sentir melhor. Perdão é para você e ninguém mais.

- Perdão não significa reconciliação com a pessoa que o aborreceu ou uma compensação. O que você busca é a paz. O perdão pode ser definido como a "paz e a compreensão que vem de culpar menos aquilo que o machucou, tomar a experiência de vida de forma menos pessoal e mudar seu histórico de sofrimento, desgosto e injustiça".

- Escolha a melhor perspectiva sobre o que lhe acontece. Reconheça que sua principal agonia vem de sentimentos, pensamentos e preocupações que o afligem agora, e não daquilo que o ofendeu ou feriu há dois minutos ou dez anos.

- No momento em que se sentir preocupado pratique uma técnica simples de gerenciamento de estresse para acalmar o vôo do pensamento ou a resposta do corpo.

- Desista de esperar atitudes das outras pessoas, se eles não escolheram realizá-las. Reconheça quando você impõe as regras de como você e outras pessoas devem se comportar, mesmo que esses procedimentos não correspondam à realidade imaginada pelos outros. Lembre-se que você pode esperar de si mesmo saúde, amor, amizade e prosperidade e trabalhar duro para consegui-las.

- Gaste sua energia em procurar outra forma de chegar a seus objetivos, que vá além da experiência que o feriu. Em vez de reprisar mentalmente suas feridas, procure outras maneiras de chegar onde você quer.

- Lembre-se que uma vida bem vivida é a melhor vingança. Em vez de focar em seus sentimentos machucados e atribuir um grande poder à pessoa que causou essa dor, aprenda a olhar para o amor, a beleza, a gentileza ao seu redor.

-Mude o mote da sua história de rancor para heroísmo ao se lembrar da sua escolha por perdoar e seguir adiante com uma vida plena.

O amor é como a criança: deseja tudo o que vê.

Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão. Poderá morrer de saudades, mas não estará só.

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade,
pude compreender
que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo,
na hora certa.
Então pude relaxar.

Quando me amei de verdade,
pude perceber que o
sofrimento emocional é um sinal
de que estou indo contra a minha verdade.

Quando me amei de verdade,
parei de desejar que a minha vida
fosse diferente e comecei a ver
que tudo o que acontece contribui
para o meu crescimento.

Quando me amei de verdade,
comecei a perceber como
é ofensivo tentar forçar alguma coisa
ou alguém que ainda não está preparado
- inclusive eu mesma.

Quando me amei de verdade,
comecei a me livrar de tudo
que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas,
crenças e - qualquer coisa que
me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoismo.
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.

Quando me amei de verdade,
deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo
e no meu próprio ritmo.
Como isso é bom!

Quando me amei de verdade,
desisti de querer ter sempre razão,
e com isso errei muito menos vezes.

Quando me amei de verdade,
desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente,
que é onde a vida acontece.

Quando me amei de verdade,
percebi que a minha mente
pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco
a serviço do meu coração,
ela se torna uma grande e valiosa aliada.

O Contrário do Amor

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

A gente não faz amigos, reconhece-os.

Parem os relógios
Cortem o telefone
Impeçam o cão de latir
Silenciem os pianos e com um toque de tambor tragam o caixão
Venham os pranteadores
Voem em círculos os aviões escrevendo no céu a mensagem:
"Ele está morto"

Ponham laços nos pescoços brancos das pombas
Usem os policiais luvas pretas de algodão.

Ele era meu norte, meu sul, meu leste e oeste.
Minha semana de trabalho e meu domingo
Meu meio-dia, minha meia-noite.
Minha conversa, minha canção.

Pensei que o amor fosse eterno, enganei-me.
As estrelas são indesejadas agora, dispensem todas.

Embrulhem a lua e desmantelem o sol
Despejem o oceano e varram o bosque
Pois nada mais agora pode servir.

Simplicidade.

Filme embaixo da coberta, sorvete de chocolate, ver o mar, sentir o vento, olhar o céu, desejar tocar estrelas, uma foto, um pássaro, um dia de sol, cheiro de chuva, um abraço, um dia no shopping, uma tarde com os amigos, aula terminada mais cedo, Nando Reis, o inverno, as folhas de outono, rever velhos amigos, beijar seu namorado, brigar com sua mãe, cair de bicicleta, praticar ioga, ir à Igreja, sair pra dançar, ou quem sabe dançar um forró. E porque não? Mudar a rotina. Sentir o cheiro, sentir saudades, sair com seus cachorros, pular de uma ponte, fazer promessas, cortar o cabelo, cheirar uma flor, comer chocolate e depois ter dor de barriga. Aceitar o amor, entender um sorriso, saber perdoar, AMAR. Sentir a necessidade de ter alguém ao seu lado e acima de tudo valorizar, amar. São poucos os que amam. A sensação de consciência tranquila, o desamor sem peso, de ser feliz sem precisar de alguém, ser feliz por essas pequenas coisas... Ser feliz com a simplicidade. As virgulas da vida, os tropeços, os erros. A sensação de um sonho realizado, o sentimento divino de ganhar uma afilhada (eu tinha que colocar isso) o gostinho das brigas com seus irmãos, os conselhos de seus avós, o sorriso de uma criança. A simplicidade.Acho que por amar a simplicidade, sou feliz, por não precisar de muito, nem muitos pra desfrutar dessa sabedoria. Até porque a felicidade está em você e não naquilo que você idealiza.

Ultrapassa o prazer de calçar aquele tênis, jogar paciência, comer torta de chocolate, beber Coca-Cola ou ver o pôr-do-sol. Ultrapassa a vontade de andar na praia e a vontade de fugir. É o que segura, mantém firme e unido.

Não importa se está distante ou mora na mesma casa. Não importa se existe há quatro meses ou há quatorze anos, se beija na boca, se pega na mão ou se dá tapa na cara. Não importa se briga todo dia ou se nunca brigou.

É querer estar do lado sempre, é querer dar um abraço forte e segurar por alguns minutos. É querer conversar besteira, assistir jogo de futebol, ver shows regados a suor e dar risada. É ouvir aquela música, é passar por aquele lugar, é fazer aquele programa no fim-de-semana. É parar pra conversar coisa séria e não conseguir chegar a uma conclusão.

As coisas são assim por questões de princípios, prioridades e objetivos. Vão além da imaginação, além da razão e além da emoção.

Vontade de ter sempre por perto. Vontade de lutar e fazer dar certo. É só uma vontade de amar pra sempre.

Eu gosto.

Gosto daquele amor que se recebe sem pedir,
Daquele carinho inesperado, verdadeiro.
Do beijo romântico que parece se eternizar no espaço,
Do abraço apertado, acorrentado no coração.

Gosto daquele olhar envergonhado e diminuto,
Daquele sorriso sempre único e transparente,
Daquela mão sempre pronta para me segurar,
Da respiração ofegante e delirante de estar com você.

Gosto das brincadeiras sem sentido, sem nexo,
Das gargalhadas que vêm da alma, exageradas,
Do soninho no teu colo, no meu ninho,
Do teu querer-me sempre, do teu mimo.

Gosto de saber que gostas de estar comigo,
Não importa a hora, nem o tempo, nem o lugar,
Só o que te interessa é a minha presença, a minha pressa,
Só o te preocupas é a minha felicidade, a minha festa.

Gosto de saber que te faço feliz, assim como você me faz,
Que o teu futuro coincide com os meus sonhos, com o meu querer,
Que o teu sorriso vem de mim, e o meu de ti,
Que a nossa felicidade só depende agora de mim e de você.

Eu gosto de ter-te outra vez comigo,
De compartilhar contigo outras rizadas, outros sonhos,
De te conhecer de novo, de te reconhecer de novo,
De ter você, de estar com você, de ser de você.

Sim, eu gosto e como gosto, das tuas mudanças, do teu prumo,
Da sua versão melhorada, mais ainda encantada,
Mas sem perder a sua essência, o seu brilho único,
Sem perder o você que me deixou e sempre me deixa tão apaixonada.

[A arte de viver]

O homem nasceu para se realizar na vida, mas tudo depende dele. Ele pode não alcançar. Pode continuar respirando, pode continuar comendo, pode continuar envelhecendo, pode continuar indo em direção à sepultura – mas isso não é vida. Isso é uma morte gradativa, do berço à sepultura, uma morte gradual ao longo de setenta anos. E porque milhões de pessoas que o cercam estão morrendo, essa morte gradual, lenta, você também começa a imitá-los. As crianças aprendem tudo com as pessoas que os cercam, e nós estamos cercados pelos mortos. Assim, primeiro temos que entender o que quero dizer com “vida”. A vida não deve ser simplesmente um amanhecer. A vida deve ser um crescer. E trata-se de duas coisas diferentes. Qualquer animal é capaz de envelhecer. Mas crescer é um privilégio dos seres humanos. Apenas poucos reivindicam esse direito.

Crescer significa penetrar, a cada momento mais profundamente, nos princípios da vida; significa ir se afastando da morte – e não ir em direção a morte. Quanto mais fundo você for na vida, mais perceberá a imortalidade dentro de si – você está afastando a morte; nada mais é do que trocar de roupa ou de casa, trocar de forma – nada morre, nada pode morrer. A morte é a maior ilusão que existe.

Para crescer, apenas observe uma árvore. À medida que a árvore cresce, suas raízes se aprofundam. Existe um equilíbrio: quanto mais alto a árvore cresce, mais profundamente suas raízes crescerão. Você não pode ter uma árvore de 50 metros de altura com raízes pequenas; elas não poderiam sustentar uma árvore tão imensa. Na vida, crescer significa aprofundar-se dentro de si mesmo – é aí que suas raízes se encontram.

Para mim, o princípio fundamental da vida é meditação. Tudo mais vem em segundo plano. E a infância é a melhor época. À medida que você envelhece – e isso significa que você está se aproximando da morte – fica mais difícil entra em meditação. Meditação significa melhorar na sua imortalidade, mergulhar na sua eternidade, mergulhar na sua divindade. E a criança é a pessoa mais qualificada, porque ainda não foi contaminada pelo conhecimento, pela religião, pela educação e por todo tipo de lixo. Ela é inocente. Mas, infelizmente, sua inocência está sendo condenada como ignorância. Ignorância e inocência têm uma certa semelhança, mas não são a mesma coisa. A ignorância também é um estado de não saber, tal qual a inocência. Mas também existe uma grande diferença, que tem sido esquecida por toda a humanidade até agora. A inocência é inculta – mas também ela não tem o desejo de ser culta. Ela está absolutamente satisfeita, preenchida. (…)

O primeiro passo na arte de viver será criar uma divisória entre ignorância e inocência. A inocência tem que ser amparada, protegida, porque a criança trouxe consigo o maior dos tesouros, o tesouro que o sábio encontra depois de árduos esforços. Os sábios dizem que se tornaram crianças de novo, que renasceram. (…)

Quando você chegar a entender que perdeu sua vida, o primeiro princípio a ser trazido de volta é a inocência. Abandone o seu conhecimento, esqueça suas escrituras, esqueça suas religiões, suas teologias, suas filosofias. Volte a nascer, torne-se inocente – e isso está em suas mãos. Limpe sua mente de tudo que não é seu conhecimento próprio, de tudo que é emprestado, de tudo que veio através da tradição, dos costumes, se tudo o que foi dado a você pelos outros – pais, professores, universidades. Simplesmente livre-se de tudo isso. Volte a ser simples, seja uma criança novamente. E este milagre é possível através da meditação.

A meditação é simplesmente um estranho método cirúrgico que remove tudo aquilo que não é seu e preserva somente aquilo que é seu autentico ser. Ela queima tudo mais e o põe de pé, nu, sozinho, ao sol, ao vento. É como se você fosse o primeiro homem a pousar na face da Terra – não conhece nada, que deve descobrir tudo, que deve se tornar um buscador, que deve partir numa peregrinação.

O segundo princípio é a peregrinação. A vida deve ser uma busca – não um desejo, mas uma procura; uma ambição para se tornar isso ou aquilo, o presidente de um país ou um primeiro-ministro, mas uma busca para descobrir “quem sou eu?” É muito estranho que as pessoas não saibam que não saibam quem elas são estejam tentando se tornar alguém. Elas nem ao menos sabem quem são neste exato momento. Elas nem conhecem o seu próprio ser – mas tem o objetivo de “vir a ser”. “Vir a ser” é uma doença da alma. O ser é você. E descobrir o seu ser é o começo da vida. Então cada momento traz uma nova alegria, uma nova descoberta. Um novo mistério abre suas portas, um novo amor começa a crescer em você – uma nova compaixão, que você nunca sentiu antes, uma nova sensibilidade para a beleza, para a bondade.

Você é tão sensível que até mesmo a menor folha de grama possa ter uma imensa importância para você. Sua sensibilidade deixa claro que a menor folha de grama é tão importante para a existência quanto a maior estrela. Sem essa folha de grama, a existência seria menos do que ela é. E essa folha de grama é única, insubstituível, ela tem sua própria individualidade.

E essa sensibilidade criará novas amizades para você – amizade com as árvores, com os pássaros, com os animais, com as montanhas, com os rios, com os oceanos, com as estrelas. A vida se torna mais rica na medida em que o amor cresce, em que a amizade cresce. (…)

À medida que você se torna mais sensível, a vida vai ficando maior. A vida é um pequeno lago, ela se torna oceânica. Não fica limitada a você, e a sua esposa e as suas crianças – ela não tem limite algum. Toda essa existência se torna sua família e, ao menos que toda existência passe a ser sua família, você não conheceu o que é a vida - porque nenhum homem é uma ilha, todos estamos relacionados. Somos um vasto continente, ligados de milhões de maneiras. E se nossos corações não estiverem cheios de amor pelo todo, nossa vida se torna menor na mesma proporção.

A meditação lhe trará sensibilidade, uma profunda sensação de pertencer ao mundo. Este mundo nos pertence, as estrelas nos pertencem; nós não somos estrangeiros aqui. Nós pertencemos intrinsecamente à existência. Nós somos parte da existência, somos o seu coração.

Em segundo lugar, a meditação lhe trará um grande silêncio – porque todo o lixo da existência se foi. Os pensamentos que são parte desse conhecimento também se foram... um imenso silêncio, e você fica surpreso: este silêncio é a única música que existe. Toda a música é um esforço para expressar, de alguma forma, este silêncio.

Os homens de visão, do oriente antigo, foram muito enfáticos em um ponto: todas as grandes artes – música, poesia, pintura, dança, escultura – todas nascem da meditação. São um esforço para, de alguma forma, trazer o que não pode ser conhecido, para aqueles que não estão prontos para ir em peregrinação – são dádivas para aqueles que não estão prontos para a peregrinação. Talvez uma música possa despertar o desejo de ir em busca da fonte, talvez uma estátua...

Da próxima vez que você entrar em um templo de Buda ou de Mahavira, sente-se em silêncio, observe a estátua, porque ela foi feita de tal maneira, com tais proporções que, se você a observar, será tomado pelo silêncio. É uma estátua de meditação, nada tem a ver com Gautama Buda ou Mahavira. (…)

Neste estado oceânico, o corpo assume uma determinada postura. Você mesmo já presenciou isso, mas não estava alerta. Quando está com raiva, você já observou? – seu corpo assume uma determinada postura. Na raiva você é incapaz se manter suas mãos abertas, na raiva você cerra os punhos. Na raiva, você não pode sorrir – ou pode? Com uma certa emoção, o corpo tem que assumir uma determinada postura. Essas pequenas coisas estão profundamente relacionadas com a interioridade. (…)

Uma determinada ciência secreta foi usada, por séculos, para que as gerações seguintes entrassem em contato com as experiências das gerações anteriores – não através de livros, não através de palavras, mas através de algo que vai mais fundo – através do seu silêncio, através da meditação, através da paz. Quando seu silêncio cresce, sua afabilidade e seu amor crescem da mesma forma também; sua vida se torna, a cada momento, uma dança, uma alegria, uma celebração.

Você pode ouvir os fogos de artifício lá fora? Você pensou no porquê de, em todo mundo, em toda cultura, em toda sociedade, existirem alguns dias do ano para celebração? Esses poucos dias de celebração são apenas uma compensação – porque essas sociedades tiraram toda a celebração de sua vida, e, se nada é dado a você em compensação, sua vida pode se tornar um perigo para a cultura. Toda cultura precisa lhe dar alguma compensação, para que você não se sinta totalmente perdido na infelicidade, tristeza. Mas essas compensações são falsas. Esses fogos de artifício e essas luzes lá fora não podem fazê-lo regozijar-se. São somente para as crianças; para mim são apenas uma amolação. Mas no seu mundo interior pode haver luzes, melodia, alegria continuamente.

Lembre-se sempre de que a sociedade vai lhe dar compensações quando sentir que à parte reprimida pode explodir em uma situação perigosa, se não for compensada. A sociedade sempre encontra alguma maneira de permitir que você libere o que está reprimido, mas isso não é verdadeira celebração, e não pode ser. A verdadeira celebração deveria brotar de sua vida, em sua vida.

A verdadeira celebração não pode acontecer de acordo com o calendário: no dia primeiro de novembro você vai celebrar. Estranho, o ano inteiro você é infeliz, e, no dia primeiro de novembro, você, de repente, sai da infelicidade, esta dançando. Ou a miséria era falsa, ou o dia primeiro de novembro é falso; ambos não podem ser verdadeiros. E uma vez que termine o dia primeiro de novembro, você volta ao seu buraco negro, cada um na sua miséria, cada um está na sua ansiedade.

A vida deveria ser uma celebração contínua, um festival de luzes durante todo o ano. Somente então você pode crescer, você pode florescer. Transforme as pequenas coisas em celebração. (…)

Mesmo que você adoeça e tenha que ficar de cama, você fará desses momentos de cama, momentos de beleza e de alegria, momentos de relaxamento e repouso, momentos de meditação, momentos de ouvir música. Não há necessidade de ficar triste por estar doente. Você deveria estar feliz; todos estão no escritório trabalhando, e você na sua cama como um rei, relaxando – alguém está lhe preparando um chá, o samovar está cantando uma canção, um amigo se ofereceu para vir trocar flauta para você... Essas coisas são mais importantes do que qualquer remédio. Quando estiver doente, chame um médico. Mas, mais importante, chame aqueles que o amam, porque não existe remédio mais importante que o amor. Chame aqueles que podem criar beleza, música, poesia em volta de você porque não existe nada que cure como uma atmosfera de celebração.

O remédio é a forma mais baixa de tratamento. Mas parece que esquecemos tudo; assim temos que depender de remédios e ficar mal-humorados e tristes – como se estivesse sentindo falta de alguma alegria que pudesse ter no escritório! No escritório você era miserável – apenas um dia de folga, e você se apega até mesmo à infelicidade; não quer abrir mão dela.

Faça tudo de uma maneira criativa: o pior faça melhor – isso é o que eu chamo de “a arte”. E se um homem viveu toda sua vida fazendo de cada fase, algo belo, amoroso e feliz... um amor, uma alegria, naturalmente a sua morte será um ponto culminante de empenho de toda a sua vida.

Os últimos toques... Sua morte não será feia como normalmente acontece, todos os dias com todo mundo. Se a morte não tem beleza, significa que toda sua vida foi um desperdício. A morte deveria ser uma tranquila aceitação, um amoroso mergulho no desconhecido, um alegre adeus aos velhos amigos, ao velho mundo. (…)

Comece com a meditação, e coisas irão continuar crescendo em você – silencio, serenidade, alegria, sensibilidade. E tudo o que brotar da meditação, tente trazê-lo para a vida. Compartilhe-o, porque tudo o que é compartilhado cresce rapidamente. E quando tiver alcançado o momento da morte, saberá que não existe morte. Você pode dizer adeus, mas não há necessidade de lágrimas de tristeza – talvez lágrimas de alegria, mas não de tristeza.

A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.