Coleção pessoal de liviamendess

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Você tem me ganhado nos detalhes e aposto que nem desconfia.

Não me apaixono, eu apenas vivo de pseudo-paixões. Ah como elas são mais divertidas!

Quando me apaixono me entrego sem demora; se nao me valorizam me renovo e vou embora...

Eu me apaixono mesmo, eu sou intensa mesmo, eu me ferro mesmo, às vezes eu ferro as pessoas mesmo. Tudo é bom, tudo é vazio, tudo é bom de novo. Viver é um absurdo e não dá pra passar por isso tão ileso.

É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.

O que eu nunca vou saber é porque faço tudo isso comigo só porque tenho tanto pavor do tédio. Era só isso o que eu precisava saber.

De vez em quando é bom andar pra trás só pra cruzar com você de novo.

Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.

Questão de reciprocidade: Dou prioridade só para quem sou prioridade!

Só me fala que vai me aturar. Aturar todas as minhas crises de ciúmes, meus momentos - não tão raros - sem paciência, as minhas desconfianças e meus surtos de insegurança. Aturar meus dramas, minhas teimosias, minha arrogância, minhas piadas sem graça e o meu não-romantismo. Aturar todos os meus tipos de provocação, meu amor por outras pessoas, minhas mudanças inconstantes de humor e de temperamento. Aturar minha mente confusa, minha memória irritante, minha sinceridade exagerada. Aturar quando eu falar que te amo mais e também quando eu não falar que te amo. Aturar e segurar tudo não por mim, nem por você… Mas por nós.

Me surpreenda a todo instante pois enjoou muito fácil!

Eu sou feito de
sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos.

O contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

Eu me conheço bem, mas sei que posso me surpreender comigo mesmo, a qualquer minuto.

Mantenha-se atrás da faixa amarela, não chegue muito perto, não acerque-se de meus traumas, não invada meus mistérios, não atrite-se com o meu passado, não tente entender nada: é proibido tocar no sagrado de cada um.

Pois não há nada mais volúvel e inconstante do que o meu coração...

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Há um perigo: se reflito demais, deixo de agir. E muitas vezes prova-se depois que eu deveria ter agido. Estou num impasse. Quero melhorar e não sei como. Sob o impacto de um impulso, já fiz bem a algumas pessoas. E, às vezes, ter sido impulsiva me machuca muito. E mais: nem sempre meus impulsos são de boa origem. Vêm, por exemplo, da cólera. Essa cólera às vezes deveria ser desprezada; outras, como me disse uma amiga a meu respeito, são cólera sagrada. Às vezes minha bondade é fraqueza, às vezes ela é benéfica a alguém ou a mim mesma. Às vezes restringir o impulso me anula e me deprime; às vezes restringi-lo dá-me uma sensação de força interna.
Que farei então? Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.

Acredito em saudade, sei o quanto uma ausência pode doer, provocar contração muscular e até náusea.

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.