Coleção pessoal de literaturanacional

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⁠Se eu te carregar, me carregarás também com todo o peso de nós dois dentro de mim?

⁠Cansei.
Que energia se vai no simular alegria e contentamento, e todo mundo acreditar, que deselegância...

A dor escorreu, mole e malemolente, pela rachadura que eu pensava ser invisível. Não era.
Na verdade era uma falésia de frente para o mar, e eu me via afogar...

⁠Acabou, acabou.
Mas repare: nunca antes havia começado.

⁠O que eu verdadeiramente falo apenas se pode sentir, não ouvir.
É necessário estar dentro de alguém para ouvi-lo bem.

⁠Ora, não me copie. Saiba errar por si mesmo.

⁠Verdadeiramente fui por demais verdadeira.
Minha sentença é derradeira.

⁠Sorrir triste também é bonito...
Sorrir falso é que é horrendo.

⁠Respira-me fundo, ou então me deixa para quem me absorva inteira.

⁠Se tu me aspirasses, me diz, qual seria o odor de todas as minhas ausências?

⁠"Olá, estranho, há quanto tempo?" - disse eu para mim mesma, fugindo depressa do espelho...

⁠Tudo o que não tenho procurado tem me seguido pelas sombras do meu passado...

⁠Partes de mim vão indo embora, e se agarro uma outras cem caem para fora...

⁠Dito isto, isto é tudo: o amor que todos procuram...

⁠Meu peito pesa, as costas encurvam, os ossos tremem, ninguém me disse antes que a solidão era de chumbo e nem me servia de escudo...

⁠À medida em que falo da minha tristeza ela vai indo embora. Mas sei que está só se escondendo atrás da porta...

⁠De tantas coisas que se inventam, alguém um dia inventará o amar sem se perder?

⁠Acreditava que eu mantivera minha inocência lá do início. Então, fui tateando toda a raiva que a roubou de mim, e fiquei alegre e triste: aprendi a sobreviver, mas não era mais eu.

⁠Mais que de fantasmas, tenho medo do vazio do absoluto nada que habita em mim.

Tenho medo do que no fundo já sei. ⁠