Coleção pessoal de Licocarneiro
Já faz uns quatro anos, mas eu lembro como se fosse ontem, de um dia que eu chegando em casa depois de quase três semanas fora trabalhando, com as costas pesadas, em parte pela mala gigante e em outra também pela responsabilidade que, até então, era novidade. Cheio de pensamentos no futuro: o que fazer, onde investir o que poderia ganhar, o que estudar, a que me dedicar, como seria minha vida dali pra frente, enfim preocupações cotidianas que todo mundo tem. E quando desci no ponto eu olhei um morador de rua na frente do mercado deitado em um papelão, mas não era qualquer papelão. Era daqueles bem grandes provavelmente de uma máquina de lavar ou algo parecido, idêntica as que eu adorava brincar quando era pequeno, olhando pro céu com os braços cruzados atrás da cabeça e o sorriso largo. Do seu lado um papel amassado de pastel de feira que tinha acabado de devorar. Conseguiu provavelmente jogando uma lábia em alguém, ou fingindo que tomou conta de algum carro. O tempo, um sol de fim de tarde com um céu completamente azul. O vento, uma leve brisa. Pode, e com certeza vai, parecer muito lúdico e uma visão romântica demais da vida, mas a expressão no rosto daquele cara, pelo menos naquele instante, naquele momento, era de absoluta e pura felicidade. Talvez mais um pastel não cairia mal, mas era Como se não precisasse de mais nada. A simplicidade tem esse jeito sutil de dar um tapa na nossa cara. Olhei e Fui embora. Esse ano comprei uma máquina de lavar e sequer deitei na minha caixa de papelão king size... Nem reciclei nem nada, só joguei fora... Que desperdício rs
"Grandes homens não estão preocupados com coisas grandiosas. Talvez seja esse o problema do mundo. E também a salvação pessoal de cada um desses homens."
"Eu não quero te cobrar nada, nem posso te prometer nada, não agora. Mas tem uma coisa que eu quero que faça todo dia antes de dormir. Eu prometo que também vou fazer. Eu quero que pergunte pra si mesma: "Eu vou querer estar com ele amanhã?" Pense só no amanhã. Pisoteie o ontem. Jogue fora a semana que vem, o ano que vem, o próximo século. Preocupe-se só com o amanhã. Esse vai ser nosso termômetro. Nossa meta, nosso objetivo. O dia seguinte. E quando digo "estar" não é só fisicamente. Que seja uma ligação inesperada, uma mensagem, um bilhete. Sabe aquele lance de se importar? Até mesmo um simples pensamento, se ele for em mim e te fizer sorrir já vai levar as embora as dúvidas e trazer as certezas. Certas coisas não são explicáveis, mas se sente. E eu sei que no final de mais um dia quando deitar a cabeça no travesseiro a resposta pode não estar na ponta da sua língua, mas vai estar no seu coração. Hoje quando eu me deitar não vai restar dúvida que o que eu mais quero é que o amanhã chegue logo. E que você esteja comigo. Do meu lado, por telefone, fax, e-mail ou em pensamento que seja, não importa. Você vai estar comigo. E o nosso futuro vai ser construído de amanhãs. Dia a dia. Por isso eu não te prometo amor pra vida toda, te prometo ele só pra amanhã. Ele todo. Inteiro, apaixonado e careta, se for o caso. Intenso e caloroso. Bem-humorado e bobo, mas nunca sem graça. Amor pra vida inteira é dívida quase nunca paga, e eu aceitaria ficar te devendo qualquer coisa, menos amor."
O sentido da vida é estar vivo. É tão claro, tão óbvio e tão simples. Mesmo assim, todo mundo não para de correr em pânico, como se fosse necessário conseguir alguma coisa além de si próprio.
Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha, e por isso terei você para sempre.
Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.
Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.
Se Deus criou as pessoas para amar e as coisas para cuidar, por que amamos as coisas e usamos as pessoas?
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Autoestima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.