Coleção pessoal de Licocarneiro

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EU TE AMO

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás só fazendo de conta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir

Meu Deus! Um momento de felicidade! Sim! Não será isso o bastante para preencher uma vida?

"Seus olhos sorriem pra mim. E os meus dão risada, ao te ver chegar. Sua boca me diz que não, seu corpo me seduz e ao mesmo tempo me confunde. Mas seus olhos, Ahh seus olhos. Meus eternos cúmplices. Esses sim nunca me enganaram. Nem sequer tentaram. Me dão muitas certezas e apenas uma dúvida: Como podem ser tão pequenos e guardar uma imensidão?"

"Louco é quem se contenta com o a alegria da chegada e esquece do prazer da partida. Louco é quem se contenta em ver somente até onde a vista alcança. É quem acredita que amores tem que ser eternos, quando eles só tem que existir. É quem se aquieta com seu lugar na fila da linha de produção, com o pão da padaria ou com o pastel da feira de domingo. Louco é quem se contenta comigo, com você. É quem se contenta com qualquer outra coisa que não seja consigo mesmo. Louco é quem se contenta com pouco."

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.

Algumas pessoas pensam que estão sempre certas,
outras são quietas e nervosas, outras parecem tão bem,
por dentro elas devem se sentir tristes e erradas.

Outras se isolam para esquecer, enquanto outras se aproximam para sofrer,
outras falam para machucar, algumas se calam para não magoar,
embora sejam tão diferentes, todas têm algo em comum,
não têm certeza de quem realmente são ou do que querem ser.

Por mais voltas que o mundo dê, um dia todos nós iremos nos encontrar em algum ponto.
Um ponto pacífico, onde estaremos falando a mesma língua, bebendo o mesmo vinho, contando nossas histórias e rindo, um riso leve e sincero.
Assim, estaremos prontos para percorrer juntos este longo caminho; em que simplesmente falamos de nossos dias, vendo o futuro com olhos livres.

Ele vinha andando pelo meio-fio. De cabecinha baixa, camisa degolada e os chinelos presos nas mãos, sem algum motivo aparente. O tempo era nublado e garoava. Nuvens cinzas, ventos cinzas e chuva cinza. Ele sequer demonstrava frio, mas deveria. O seu olhar perdido no vazio, os braços abertos buscando equilíbrio e o rostinho magro com olhos fundos e piscantes. Só uma criança, aparentemente. Uma criança que mora com a mãe. E mais sete irmãos. Mas isso não o incomoda. Dividir o mingau de fubá nunca foi problema pra ele. Muito menos o revezamento de quem calçaria o sapato. O problema está justamente no outro morador da casa. Seu padastro. Não, não é uma criança, é um gigante. Um herói. É muito fácil encarar o mundo quando já se tem alguma noção desse cenário de dementes em que fomos enviados sem nosso consentimento. Quando já lhe foi ensinado que tudo vai passar, que há luz no fundo túnel. Mas e quando a luz do fim do túnel é a de um trem? E quando quem devia te proteger te abusa? Te confunde, te desmorona. Uma pequena montanha, mas uma grande queda. Só uma criança. Mas ele continua ali, firme. Andando no meio-fio, sem desiquilibrar. Nem pra um lado nem pro outro. É o orgulho da mãe. As vezes condizente com o que não devia, mas será que ela pode ser culpada? Será que ela pode ser errada? Mas ele, ele É só uma criança. Não um morador de rua, não um animal, não um rato. Uma criança frágil e indefesa. Em algum lugar dentro de si com certeza ela ainda é. O farol ainda está fechado, meu carro ainda está parado e ela se aproxima com alguns papéis na mão. Eu já podia prever o texto. Mas jamais acertaria. Sua mãozinha pequena me entregou o papel com uma timidez quase que forçada. Quando li o papel entendi o motivo : "Vende-se sorriso. O meu está na promoção 50 centavos". ... Entendi não só o motivo da timidez forçada como o porque da promoção. Fazia parte do plano, da estratégia, me surpreender com sua mais poderosa arma. O sorriso. Era o mais banguela, brilhante e estridente sorriso que já havia visto. E me contaminou. sorri sem perceber. Que criatividade. Passei a mão próximo do câmbio pra buscar umas moedas e então tive um estalo, e me questionei. O que estou fazendo? É o que eu tenho a oferecer? Umas porcarias de moedas? Não. Com certeza não são dessas porcarias que ele precisa. Talvez eu devesse descer, comprar algum brinquedo e brincar com ele o resto dia. Talvez ensiná-lo a soltar pipa. A ler, escrever. Eu poderia o levar na sorveteria, que criança não adora tomar sorvete no frio? Quem sabe ensiná-lo a jogar bola, lhe dar o mínimo de atenção. Fazê-lo sentir-se uma pessoa não uma bicho, uma atração circense. Talvez ele só precise de um cafuné, um abraço. Se sentir amado, confiante. Mas ao invés disso eu lhe dei minhas moedas nojentas. Todas elas. Fechei o vidro e saí. Como quem nada fez e ainda sentiu-se útil por isso. Ele me olhou indo embora. Guardou os papéis em um bolso. As moedas no outro. E continuou seu caminho. Ele, só uma criança, andando no meio-fio...

Amadurecimento é o perfeito equilíbrio entre razão e emoção

Ele vinha andando pelo meio-fio. De cabecinha baixa, camisa degolada e os chinelos presos nas mãos, sem algum motivo aparente. O tempo era nublado e garoava. Nuvens cinzas, ventos cinzas e chuva cinza. Ele sequer demonstrava frio, mas deveria. O seu olhar perdido no vazio, os braços abertos buscando equilíbrio e o rostinho magro com olhos fundos e piscantes. Só uma criança, aparentemente. Uma criança que mora com a mãe. E mais sete irmãos. Mas isso não o incomoda. Dividir o mingau de fubá nunca foi problema pra ele. Muito menos o revezamento de quem calçaria o sapato. O problema está justamente no outro morador da casa. Seu padastro. Não, não é uma criança, é um gigante. Um herói. É muito fácil encarar o mundo quando já se tem uma noção desse cenário de dementes em que fomos enviados sem nosso consentimento. Quando já lhe foi ensinado que tudo vai passar, que há luz no fundo túnel. Mas e quando a luz do fim do túnel é a de um trem? E quando quem devia te proteger te abusa? Te confunde, te desmorona. Uma pequena montanha, mas uma grande queda. Só uma criança. Mas ele continua ali, firme. Andando no meio-fio, sem se desiquilibrar. Nem pra um lado nem pro outro. É o orgulho da mãe. As vezes condizente com o que não devia, mas será que ela pode ser culpada? Será que ela pode ser errada? Mas ele, ele É só uma criança. Não um morador de rua, não um animal, não um rato. Uma criança frágil e indefesa. Em algum lugar dentro de si com certeza ela ainda é. O farol ainda está fechado, meu carro ainda está parado e ela se aproxima com alguns papéis na mão. Eu já podia prever o texto. Mas jamais acertaria. Sua mãozinha pequena me entregou o papel com uma timidez quase que forçada. Quando li o papel entendi o motivo : "Vende-se sorriso. O meu está na promoção 50 centavos". ... Entendi não só o motivo da timidez forçada como o porque da promoção. Fazia parte do plano, da estratégia, me surpreender com sua mais poderosa arma. O sorriso. Era o mais banguela, brilhante e estridente sorriso que já havia visto. E me contaminou. sorri sem perceber. Que criatividade. Passei a mão próximo do câmbio pra buscar umas moedas, e então eu tive um estalo, e então me perguntei, o que estou fazendo? É o que eu tenho a oferecer? Umas merdas de moedas? Não. Com certeza não são dessas porcarias que ela precisa. Talvez eu devesse descer comprar algum brinquedo e brincar com ele o resto do dia. Talvez ensiná-lo a soltar pipa. A ler , escrever. Eu poderia o levar na sorveteria. Que criança não adora tomar sorvete no frio? Quem sabe o ensinar a jogar bola. Lhe dar o mínimo de atenção, faze-lo sentir-se uma pessoa, não um bicho, uma atração circense. Talvez ele só precise de um cafuné, um abraço, se sentir amado. Confiante. Mas invés disso eu lhe dei as minhas moedas nojentas. Todas elas. Fechei o vidro e saí. Como quem nada fez e ainda se sentiu útil por isso. Ele me olhou indo embora, guardou os papéis em um bolso. As moedas no outro. E continuou seu caminho. Ele, só uma criança, andando no meio-fio...

Eu nunca tive muita fascinação pela serenidade de vidas paralelas. Eu prefiro vidas que de algum modo, desordeiro ou insensato, terno ou avassalador, cruzam-se com a minha.

Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio. Eu sentir-me-ia muito pouco feliz se me fosse possível dizer a que ponto o sou.

Se você é valente contra uma formiga, seja valente contra um elefante

"Me deixa sentir tua falta, me faz lembrar do teu cheiro e de quanto eu gosto dele. E depois vens. Sem demora e sem amarras. Sem receios e sem perguntas, só você. Você mesma. Se derrama em mim e me leva a crer que você nunca partiu, nem por um instante. Você havia se escondido dentro de mim... E quem é que consegue enxergar dentro de si mesmo?"

"Até que o meu desejo vire a minha verdade,
Vire meu momento, minha realidade
E o presente então se torne passado
Daquele que não me machuca mais
Que não me entristece mais e nem se quer
Se lembra de mim... Será Recíproco."

"Mulheres de atitude e com brilho próprio, que não vivem na sombra de homem nenhum... Cada vez mais difíceis de encontrar, mas cada vez mais fascinantes"

Eu aprendi que a felicidade plena, eterna, realmente não existe. Aprendi que estamos errados quando achamos que sabemos do que precisamos e mais ainda quando achamos que precisamos do que queremos. Aprendi que um dia tem 24 horas, mas só preciso de um segundo, um momento, pra sorrir nele o dia inteiro. Que posso viajar durante 30 dias, e dois ou três momentos inesquecíveis serão suficientes pra tornar a minha viagem inteira inesquecível. Aprendi que se conhecer 2 ou 3 pessoas realmente importantes, realmente únicas e especiais a minha vida toda terá válido a pena. Eu aprendi que a felicidade plena, eterna, realmente não existe. O que existe são momentos felizes que no fim, acabam compensando todo o resto.

"Talvez o seu maior sonho fosse poder abrir os braços e voar. Sair correndo, abrir os braços e simplismente voar. Sem direção, sem objetivos planejados, sem destino. Somente se deixar ir pra onde o vento levar... Mas já parou pra pensar como o ser humano é? Muitos têm pássaros de "estimação" e sentem-se no direito de o deixar trancado em uma gaiola, pulando de um lado a outro... só isso, pulando. E lhe tirando o direito de fazer aquilo que nasceu pra fazer: Voar! Unicamente para poder ouvir seu bonito canto... É o nosso velho hábito de extrair das pessoas e das coisas, o que nos convém, extrair o melhor dos outros, o mais bonito, o que nos é útil, o que nos faz bem, SEMPRE em benefício próprio. Não pense que vida é só isso, o mundo é seu . E todo amor que tem nele também. A escolha é sua: Essa gaiola ou a Vida! Talvez você deva fazer igual as aves que são livres fazem. No inverno elas migram em busca do verão, do calor e do tempo bom. Alguns podem entender como covardia. Outros como sobrevivência. Ou talvez seja só uma busca pela felicidade. Seguida pelo encontro dela. Você deveria experimentar."

Você poderia até desistir. Você poderia parar neste exato momento. Ir pra casa descansar suas pernas, fazer algo mais relaxante, deixar alguém chegar no lugar que é seu. Mas você é do tipo perseverante, que encara seus desafios, completa seus treinos e, na hora que precisa administra sua dor. Esse é o nosso jeito de ser, daqueles que se recusam a desistir.

"Quanto mais longe você chega é um sinal de que mais longe você pode ir."