Coleção pessoal de Liandi

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Por trás de todo ansioso, há uma tentativa de se matar o tempo esperado. Não se engane: a ansiedade não representa seu maior problema!

Vivido


Vivo o hoje pensando no agora.
Nas certezas que já tive e nas dúvidas que acalento.
Pois o saudosismo é terra insegura.
As lembranças são presentes ou não!
O construído é dado e com dados não se joga.
Aforismos e achismos, do que a vida é feita?
Minhas dúvidas são certezas das quais me contento.
Quero ver a luz outra vez. Pode tamanha insensatez? Pode, hoje pode!
Amanhã serão novos desafios...
Então que caiba. Caiba tudo, até o que está apertado engolir.
Difícil é não acertar.
Meus lutos, minhas lutas. Quem nunca lutou com seus lutos? Que atire a primeira pedra.
A criança ainda chora e o choro se ouve em cada esquina.
Nos desapontamentos vejo gente rindo, gente indo, outras vindo.
E que tal, vislumbrando outra vez o natal, a gente se retorce e torce por dias melhores.
Dias são dias e o que se vê depois da colina?
Vejo meus dias pensando no agora.

Por trás desse rosto angelical,
vejo hematoma emocional.

Minhas constituições conflituosas, que maravilha!

Entre o que eu quero e o que dá certo há um universo.

Tudo traçado.


Solucei, tanto que cansei...
Hoje já não sei fui amada ou já amei.
Tudo em volta denuncia, não era amor
Foi baixaria
Mesmo não tendo soco ou gritaria

Que amor é esse que te apequena?
Com o fel da boca te envenena?
Te faz mal prometendo o céu,
Acusando, te torna réu?

Já não sei o que mais cansa,
Parece música que ninguém dança;
A alegria na casa, só na Tv
Percebe a dor que ninguém vê?

Autoestima destruída
Como roupa corroída;
Pare de culpar a traça,
Não espere, faça!

Amor próprio precisa ser seu.
Não importa o quanto doeu.
Existe um futuro de luz,
muito além dessa prisão.

Fiz da minha travessia
Um verso que não ria;
Entre soluço e resistência
Guiado pela mão da Inconsciência.

Mais sábio me tornei
Cada vez que me indaguei.

Nossas infrequências falam.
Saibamos ouví-las!

A quem pertence seus discursos?

Vivemos a era dos mortos que se cultuam.

Tributo à velhice



Se olho não vejo
até percebo
uma senhora arrastando em sua sacola
um monte de Desejo.

Viveu para todos e assim foi que morreu
vivendo no corpo, sim
mas em seus sonhos desvaneceu.

Quem é você que a vendo passar, pensa:
"senhora de semblante triste, nem sua
família a deve aguentar"!

Família? Qual? Aquela que só vê-la no Natal?
Não! Acho que não!

Por trás de tantas rugas têm histórias
que você não poderia escutar

Escutar com os ouvidos sim,
mas não com o coração
Vejo histórias acabando assim todos os dias,
e o pior, de solidão.

Nunca haverá cura sem o devido reconhecimento de necessidade.

Não é porque ris, que és feliz!

Essência é ser,
tudo o mais é
Parecer

Análise, o fantástico mundo da desconstrução!

Onde peço o reembolso por este ano?

O excesso é uma falta não emancipada.

Se nos fragmenta, nos representa.

Não pergunte na ida, se não pode suportar a resposta na volta!