Coleção pessoal de leticiabaptista
A PESSOA CERTA
Ao usar a expressão A PESSOA CERTA, certifique-se de que CERTA não seja adjetivo. Se assim o for, tratar-se-á de um julgamento para uma suposta pessoa perfeita, o que, além de ser utópico, perderia toda a graça do existir a dois. O perfeito está pronto, concluído, intocável. Já o imperfeito requer cuidado, flexibilidade, disposição. Não, a pessoa certa não é ideal. Não se trata de um adjetivo, um modelo, um perfil ou um molde, e seria a maior das covardias alguém exigir que um ser humano assim o seja. Não é dessa forma que funciona. Na expressão A PESSOA CERTA, CERTA é substantivo, um título, um nome. Aquela que vai fazer dar certo. Aquela que no final, quando tudo passar, apesar dos pesares, contra todas as dificuldades, vai dar certo. A qual tendo todos motivos pra ir, decida ficar. Aquela que vai te fazer olhar para trás e entender por que tudo aconteceu exatamente daquela forma. Aquela que vai escrever o capítulo final da sua história. E não vai precisar de adjetivos, porque o que é de verdade não precisa ser classificado. Ela simplesmente o é: A PESSOA CERTA.
AINDA VOU ME LEMBRAR
A única certeza que tenho é que ainda vou me lembrar. Lembrar do que me faz sentir agora e da importância que tens na minha vida. Do nossos dias juntos e de todas as vezes que me fez sorrir. O tempo pode passar, as coisas podem mudar, mas a importância que conquistou, essa eu sei que será eterna. Seja daqui 10 ou 50 anos. Seja nessa ou em uma próxima vida. O tempo não pode apagar algo tão forte assim.
VOCÊ ESTARÁ LÁ
Não tenho muitas certezas nesta vida. Não sei como vou acordar amanhã, onde estarei mês que vem, ou o que estarei sentido aqui dentro. Consigo imaginar dezenas de possibilidades para minha vida daqui a cinco ou dez anos. Quase tudo me parece muito instável. Mas de uma coisa eu sei. Não há futuro que possa imaginar onde você não esteja. Essa talvez seja uma das poucas certezas que tenho, a de que você estará lá. Nas tardes chuvosas, nas noites de insônia, nos domingos de Sol e nas manhãs de inverno. Quando eu precisar sorrir e quando precisar chorar. Quando quiser um abraço, um conselho ou um sorriso. Quando merecer aplausos e quando merecer um esporro. Quando precisar ouvir a verdade. Quando for celebrar uma vitória ou chorar uma perda. Para me fazer voar ou para colocar meus pés no chão. Nos grandes e nos pequenos momentos. Não importa a distância, o tempo, as circunstâncias, quando se fizer necessário, eu sei que estará lá. E eu também estarei por você. E farei isso sorrindo. Porque de tudo o que já conquistei nesta vida, a nossa amizade talvez seja a pedra mais preciosa.
VOCÊ VAI LEMBRAR DE MIM
Você vai lembrar de mim. Quando tocar aquela música que eu sempre errava a letra ou aquela que costumava dizer que escrevi pra você. Vai lembrar quando aquele filme que vimos no cinema passar na TV, quando usar o vestido estampado que eu adorava, ou aquele curto que eu sempre impliquei. Vai lembrar quando voltar no lugar do nosso primeiro beijo, quando achar meu bilhete antigo no fundo da gaveta, quando alguém com o meu perfume passar perto de você, quando meu time de futebol estiver jogando, quando encontrar meu sorriso no rosto de outro alguém e quando se ver mudando de trajeto pra passar perto da minha casa. Vai lembrar quando o meu aniversário tiver se aproximando ou quando a data do seu chegar e o telefone não tocar a meia noite. Vai lembrar quando alguém te mandar flores e errar nas cores, quando um beijo não te causar arrepio, quando pensar nos nossos planos que ficaram pelo caminho ou quando aquela mensagem de bom dia não chegar pela manhã. Vai lembrar nas noites de luar, no chocolate quente e até mesmo quando olhar o mar. Vai lembrar quando tentar me esquecer, quando tentar me odiar, quando disser que superou, quando jurar que já não faz mais falta. Nessa hora você vai lembrar de mim. Vai lembrar de nós. Eu sei que vai.
PENSEI QUE FOSSE VOCÊ
Acho que, lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, toda mulher sonha com isso, sabe? Com aquele cara que será diferente dos outros, aquele que vai fazer a gente sentir coisas que nunca sentiu, aquele que um dia chegará para não mais partir. Pois bem. Certa vez, achei que havia acontecido comigo. E a certeza foi tamanha, que tenho tido problemas para me reencontrar. Talvez você ache bobo o que vou dizer aqui, mas às vezes sinto como se antes de nascer cada uma de nós recebesse uma moeda de ouro e a missão dessa vida seria então escolher a fonte certa em que arremessá-la. E olha que eu sempre guardei minha moeda com muito zelo, treinei a mira, calculei o vento, esperei a hora certa de jogá-la e, mesmo assim, quando decidi arremessar, saiu tudo errado. Na verdade, ainda não sei se errei de fonte ou se foi no arremesso, mas o fato é que depois disso tem sido difícil recomeçar. Tudo porque, quando se erra uma vez, e esse erro deixa uma marca profunda, é difícil se permitir tentar novamente. É quando a gente perde a fé nas pessoas. É quando desacredita no sentimento. E aí se isola, se fecha e não se entrega mais. Desde então, tenho achado todas as fontes por aí tão sem graça. Às vezes, o formato chama a atenção, mas a água é suja. Outras vezes, passo direto, sem nem mesmo reparar. Quase sempre me pego pensando na minha moeda, naquela fonte, no meu arremesso, no que poderia ter feito diferente. Tolice a minha. Moeda lançada não volta atrás. Vez ou outra o pessimismo me deixa respirar e acho que lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, toda mulher tem uma força que às vezes desconhece. Por isso, de vez em quando uma fagulha de esperança se acende aqui dentro. Esperança de a moeda arremessada ter sido de bronze. De um dia estar mexendo numa bolsa antiga e encontrar minha moeda dourada perdida lá no fundo ou, quem sabe, uma hora, andando distraída, eu tropece e caia, de roupa e tudo, de corpo inteiro, com a bolsa e todas as moedas, dentro da tal fonte. Talvez assim as coisas possam dar certo. Esta sou eu, tentando acreditar de novo. Para dizer a verdade, talvez eu nem saiba o que realmente faz uma fonte ser melhor que outra, ou uma moeda valer mais. O que sei é que ainda me dói aquela moeda que perdi. A dor do rigor de uma lei que eu mesma criei. Vejam vocês que bobagem. Como se na vida cada um de nós só tivesse uma chance de ser feliz.
PENSEI QUE FOSSE VOCÊ
Acho que, lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, toda mulher sonha com isso, sabe? Com aquele cara que será diferente dos outros, aquele que vai fazer a gente sentir coisas que nunca sentiu, aquele que um dia chegará para não mais partir. Pois bem. Certa vez, achei que havia acontecido comigo. E a certeza foi tamanha, que tenho tido problemas para me reencontrar. Talvez você ache bobo o que vou dizer aqui, mas às vezes sinto como se antes de nascer cada uma de nós recebesse uma moeda de ouro e a missão dessa vida seria então escolher a fonte certa em que arremessá-la. E olha que eu sempre guardei minha moeda com muito zelo, treinei a mira, calculei o vento, esperei a hora certa de jogá-la e, mesmo assim, quando decidi arremessar, saiu tudo errado. Na verdade, ainda não sei se errei de fonte ou se foi no arremesso, mas o fato é que depois disso tem sido difícil recomeçar. Tudo porque, quando se erra uma vez, e esse erro deixa uma marca profunda, é difícil se permitir tentar novamente. É quando a gente perde a fé nas pessoas. É quando desacredita no sentimento. E aí se isola, se fecha e não se entrega mais. Desde então, tenho achado todas as fontes por aí tão sem graça. Às vezes, o formato chama a atenção, mas a água é suja. Outras vezes, passo direto, sem nem mesmo reparar. Quase sempre me pego pensando na minha moeda, naquela fonte, no meu arremesso, no que poderia ter feito diferente. Tolice a minha. Moeda lançada não volta atrás. Vez ou outra o pessimismo me deixa respirar e acho que lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, toda mulher tem uma força que às vezes desconhece. Por isso, de vez em quando uma fagulha de esperança se acende aqui dentro. Esperança de a moeda arremessada ter sido de bronze. De um dia estar mexendo numa bolsa antiga e encontrar minha moeda dourada perdida lá no fundo ou, quem sabe, uma hora, andando distraída, eu tropece e caia, de roupa e tudo, de corpo inteiro, com a bolsa e todas as moedas, dentro da tal fonte. Talvez assim as coisas possam dar certo. Esta sou eu, tentando acreditar de novo. Para dizer a verdade, talvez eu nem saiba o que realmente faz uma fonte ser melhor que outra, ou uma moeda valer mais. O que sei é que ainda me dói aquela moeda que perdi. A dor do rigor de uma lei que eu mesma criei. Vejam vocês que bobagem. Como se na vida cada um de nós só tivesse uma chance de ser feliz.
QUER CASAR COMIGO?
No começo pensei que você nunca fosse me olhar. Mas olhou. Sempre achei que mulheres como você não se interessavam por caras como eu. Mas se interessou. Quando disse aquela frase idiota, você sorriu. Quando usei minha camisa favorita, você disse que eu estava lindo. E quando aumentei o som do carro na minha música favorita, você sabia a letra. Então descobri que os meus defeitos não te incomodavam, e que também enxergava qualidades que eu nem sabia que as tinha. E as coisas foram ficando mais simples, e de repente me dei conta que era mais feliz quando estava com você, e que precisava dormir e acordar todos os dias ao seu lado, já que o pior momento do dia era a hora de te deixar em casa. Passei então a imaginar meus filhos com os seus olhos e o seu sorriso, e aos poucos tudo aqui dentro mudou. Aquele solteirão convicto de anos atrás virou esse bobão apaixonado. Aquele cara que não entendia porque as pessoas mudavam tanto quando estavam namorando, hoje tem orgulho de quem se tornou, e muito disso graças a você. E é por isso que hoje estou aqui, tremendo dos pés a cabeça, não por medo de estar tomando uma atitude errada, e sim pela grandiosidade do momento. O momento em que te peço para que nossas vidas virem uma só, que me deixe ser o pai dos seus filhos, para que me encha de orgulho assinando o meu nome e para que me dê a honra de ser a minha mulher. Pra você guardei a frase que todo homem precisa dizer um dia. Quer casar comigo?
AQUELA DATA
Hoje pela manhã olhei o calendário e lá estava ela mais uma vez. Aquela data. Uma vez por mês isso acontece e aquele número que me acerta como uma flecha. Sei que para maioria das pessoas não passa de uma data qualquer, mas para mim já significou muito. Hoje costumava ser o nosso dia. Era sempre algo muito especial, mas o silêncio do celular pela manhã me joga na cara a realidade de que esse não passará de um dia normal. Um almoço solitário e um jantar sentado no sofá da sala. Ninguém para mandar flores e nem para buscar no cair da noite. No lugar disso um dia inteiro relembrando a sua rotina e tentando imaginar onde você estaria a cada momento. No fundo sei que não passa de um número bobo em uma folha de papel e que isso não deveria mais mexer tanto comigo, mas a saudade é um imposto que a vida cobra de quem foi muito feliz por um instante. Então me liberto e me permito relembrar: do seu sorriso, do seu perfume, da sua covinha e da forma como os seus olhos brilhavam quando encontravam os meus. Já que é impossível não pensar, tento te transformar em uma lembrança que não seja dolorosa. Lembro-me dos nossos dias juntos e o quanto você me fazia bem. Tento imaginar como seria esse dia se ainda estivesse comigo. Como foi mesmo que chegamos até aqui? Onde foi que o amor que eu imaginava ser para a vida toda se tornou uma triste lembrança de calendário? Acho que nunca conseguirei olhar para essa data como faço com todas as outras. Aquele número ali parece sempre me encarar e dizer: “não era para ser assim”, “não era esse o plano”. Será mesmo? O que eu sei é que amanhã o número será outro, e então terei um mês até que aconteça novamente. O que me resta é suportar essas vinte quatro horas de lembranças. Um dia inteiro para lembrar aquilo que fico outros vinte nove fingindo que esqueci.
A MINHA ONDA
O mundo dos relacionamentos é como uma grande praia em um belo dia de verão. Na areia vejo casais sentados em suas toalhas. Alguns sorriem, outros me passam a nítida impressão de que não gostariam de estar ali. Certas pessoas tentam se esconder nas sombras dos coqueiros. Uns por reclamar do Sol forte, outros dizendo que o mar está agitado demais. Eu não acho. Já faz algum tempo que estou aqui esperando a minha onda chegar. Não que eu esteja reclamando da maré. Veja bem, ondas têm aos montes. Toda hora passa uma. De todos os tamanhos e intensidades. Acontece que já aprendi a classificá-las à distância e quase sempre prefiro mergulhar e deixá-las passar. Tem gente que se diverte brincado de surfar. Ficam naquele vai e vem onde nunca se consegue chegar até o local certo para entrar nas melhores ondas e sempre saem antes de chegar na areia. Eu não condeno. Já fiz muito isso, mas acredito que essa fase passou. É por isso que não me aventuro mais em qualquer onda. Sei o tempo que demora para remar até aqui e não posso correr o risco da onda certa passar e não estar preparado. Não tenho pressa. Quando você gosta de estar na prancha não precisa se jogar em qualquer onda. Pra dizer a verdade, quem me preocupa mesmo são aquelas pessoas presas lá no raso. Gente que provavelmente apostou na onda errada e agora parece se afogar com a maré batendo nas canelas. Não percebem que bastaria ficar de pé para não mais beberem água. Espero que logo a ficha caia e eles voltem a remar novamente. De que adianta esperar por ondas passadas? Elas não voltam. É você quem tem que se levantar, subir na prancha e voltar a remar. Olha, eu não vou mentir para você. O mar é traiçoeiro, a maré muitas vezes engana, a água realmente é salgada e o tombo da prancha quase sempre machuca bastante. Isso tudo você já deveria saber antes mesmo de entrar no mar. Digo-lhes também que tem muita gente na praia doido para entrar na água e gente no mar que só pensa em chegar na areia. Há ainda quem goste dessa vida de muitas ondas, caldo, insolação e tudo mais. Cada um sabe o doce e o amargo da vida que leva. Eu estou feliz onde estou: protetor no rosto, calma na alma e olhar no horizonte. Algo me diz que a minha onda está logo ali e que quando ela chegar vamos juntos até na areia. Preparem a água de coco e os óculos de Sol. Estendam uma bela toalha estampada. O camisa dez do time dos surfistas está perto de se aposentar.
Só nos tornamos adultos quando perdemos o medo de errar.
Não somos apenas a soma das nossas escolhas,
mas também das nossas renúncias.
Crescer é tomar decisões e depois conviver em paz com a dúvida.
Adolescentes prorrogam suas escolhas porque querem ter certeza absoluta
– errar lhes parece a morte. Adultos sabem que nunca terão certeza absoluta de nada,
e sabem também que só a morte física é definitiva.
Já “morreram” diante de fracassos e frustrações, e voltaram pra vida.
Ao entender que é normal morrer várias vezes numa única existência,
perdemos o medo – e finalmente crescemos.
Antes só do que muito acompanhado; esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; renunciar não quer dizer que não ame; abrir mão não quer dizer que não queira; o tempo ensina, mas não cura.
Saudade é não querer saber se ele está com outra,e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz,e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro,se ele está mais belo.
Saudade é nunca mais saber de quem se Ama e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti(e sinto) enquanto estive escrevendo e o que você (deveria)
provavelmente estar sentido agora depois que acabou de ler.”
Quem inventou a distância nunca sofreu a dor de uma saudade!!!
CAMINHOS
É amigo, não vai ter jeito. Você terá que escolher. Pode ir tratando de sair de cima desse muro. Não se pode esquiar na neve e bronzear no mesmo final de semana. Não tem como dormir até tarde e ainda ver o Sol nascer. Não se pode surfar e curtir a praia ao mesmo tempo. Uma hora ou outra você terá que priorizar algo. A vida é feita de escolhas e, talvez, essa seja a mais complicada delas. Aquela bifurcação que todos nós temos que enfrentar em algum momento de nossas vidas. Aquele instante em que você terá que escolher entre: filme deitados de conchinha ou carnaval em Salvador. Uma casa com cachorro e crianças ou uma viagem para Ibiza com a sua turma de amigos. Um jantar a luz de velas ou um beijo descompromissado na beira do mar. Deixar aquela pessoa especial sair da sua vida ou ficar com ela para sempre. Complicado de escolher. Sabe por quê? Porque as duas opções são incríveis. De verdade. E, uma hora ou outra, você acaba desejando umas das duas. Encontrar uma companheira para a vida inteira, casar jovem, com a pessoa que você ama, construir uma família, ter idade para curtir bastante os seus filhos, os seus netos… Existe algo mais prazeroso que isso? Olha, talvez exista. Ter vários amores, várias histórias para contar, lugares para conhecer, lembranças para guardar. E não adianta você me dizer que, estando comprometido, faz tudo que uma pessoa solteira faz. Não é verdade. E também não venha com essa de que você, quando está solteiro, não tenha que brigar contra a solidão de vez em quando. Eu sei que tem. Eu luto quase todo dia, e tenho vencido. É sempre assim. Você decide e renuncia todo o resto. É complicado para todo mundo. E aí você escolhe e fica pensando no outro caminho. E a cada obstáculo enfrentado tenta se iludir que do lado de lá não haveria pedras e espinhos. Você se pega solteiro pensando na ex e namorando pensando naquela festa, naquela pessoa, naquela viagem. E tende a achar que seria sempre mais feliz se tivesse escolhido diferente. E a sua vocação para o “mi mi mi” é tão grande que se arrepende até do que foi bom. Nessas horas eu pego uma folha de papel e escrevo para te dizer que a vida é mesmo assim. E eu te juro que queria terminar esse texto te apontando uma solução, te indicando uma saída. Não existe. A única coisa que posso afirmar é que o aperto que te incomoda estaria presente em qualquer um dos caminhos. Que a carga é mesmo pesada e as incertezas estão por todos os lados. O sal e o doce nunca deixarão de existir. A vida é um imenso carrossel que está sempre a girar. E gira depressa. E nunca para. Não é fácil de subir. Não é fácil de descer. Mas, ficar de fora só olhando, também não tem a menor graça.
Nunca roube, minta ou traia, mas se tiver que roubar, roube toda a minha tristeza; se tiver que mentir, minta para passar todas as horas comigo e, se tiver que trair, por favor, traia a morte porque eu não posso ficar nenhum dia sem você.
VOCÊ POR PERTO
Eu poderia começar este texto falando dos seus olhos. Falando das suas cores, da sua intensidade, do seu brilho e de como consigo te enxergar inteira através deles. Poderia começar falando da sua boca. Do seu sorriso, dos seus lábios, da sua voz e dos seus beijos. Poderia falar sobre o seu abraço, as suas tatuagens, sobre o seu perfume ou até mesmo sobre a sua pele. É… Poderia sim. Acontece que descrevê-la fisicamente seria muito pouco. Por isso, decidi falar de como foi fácil me encantar por você. De como é prazeroso te ter por perto. De como admiro a sua forma de levar a vida. Porque perto de você a conversa é boa, o sorriso é fácil e as horas passam depressa. Porque admiro a sua forma alegre de viver, a sua relação com a sua mãe, o seu companheirismo com as suas amigas, sua autenticidade e sua autoconfiança. Acho incrível isso de você conseguir ser otimista o tempo todo, sabe? De conversar com o vira-lata na calçada, de contar sua vida para o porteiro do prédio e de conseguir fazer uma amiga no banheiro da boate. Você é daquelas pessoas que todo mundo tem vontade de ter por perto, simplesmente porque consegue ser ótima irmã, filha, namorada, amiga e conselheira. Uma vez você me disse que tem a mania de escolher os caras errados, que aqueles pelos quais você se interessa não querem nada muito sério. Fico me perguntando: quem consegue entrar na sua vida e sair assim, do nada? Quem consegue te conhecer e não querer ter você sempre por perto? Quem consegue ouvir sua risada só uma vez? Sentir seu abraço só uma vez? Provar dos seus beijos e não querê-los várias outras vezes? Eu sei bem que esse texto era pra ser descritivo. Eu sei que você queria ler algo menos meloso. Eu sei também que você é uma das mulheres mais exóticas que já tive a sorte de conhecer. Que você adora beijo na boca, mas odeia encontros. Que você salta de asa delta, mas tem medo de barata. Que você ama comida japonesa, mas nem tanto de salmão. Que você até gosta de MC Donald’s, desde que o sanduíche não seja o Big Mac. Que o seu refrigerante favorito não é a Coca-Cola. Sim, eu já sei de tudo isso e todo o resto que prova o quão especial você é. Eu sei, e acho que é por isso que não consegui escrever algo menos emotivo sobre você. Porque a verdade é que a menina que um dia me pediu conselhos amorosos me encantou de tal forma, que agora eu já não consigo mais olhá-la só como seu escritor favorito.
ETERNO
Sei lá, têm certas coisas que acabam, mas que nunca terminam. Quer dizer, a gente se separou, não somos mais um casal, não fazemos mais parte dos planos um do outro, mas, tem uma boa parte de tudo isso, que insiste em não passar. Nunca vai passar. Prometemos um amor infinito. Falhamos. Não foi infinito, mas tornou-se eterno, se é que existe alguma lógica nisso. O que estou tentando explicar é que, lá dentro, bem lá no fundo mesmo, o nosso amor sempre vai existir. Porque quando é amor, nunca acaba. Tudo o que você amou na vida, mesmo que seja só por um dia, vai durar para sempre. Você pode tentar pintar de ódio, dizer que tanto faz, que não tem mais importância ou tentar guardar no fundo do peito. Você pode tentar substituir por outro alguém, pode até tentar transformar em críticas, em lágrimas, em brigadeiro, em álcool… A verdade é que, se foi amor, sempre será. Não acredito nesse lance de que só se pode amar uma vez na vida, mas sim, em amores únicos. Não se pode amar nada igualmente. E, por isso, nunca vai existir nada como você. Nada como eu. Nada como nós. Somos o único caso igual a nós na face da Terra. A nossa história ninguém pode apagar, copiar, reviver… Será sempre nossa. Vai doer te ver com outro alguém. Vou chorar quando nossa data chegar, quando abrir o guarda-roupas e ver a camisa que você me deu, quando algum sorriso por aí me lembrar o seu. Rasga-me o peito imaginar o nosso futuro que nunca vai existir, o nosso filho que nunca vai nascer, a nossa casa, pertinho do lago, que eu nunca vou construir. Claro que dói. Mas, passa. Parece que nunca vai passar. Mas, passa. Não morre. Nunca morre. Não acaba. Mas, alivia. O tempo ensina a amar de novo. Não existe dor tamanha que o ser humano não aprenda a conviver. E eu já estou aprendendo a te transformar em um sorriso. Você é, e sempre será, uma das melhores cenas do meu filme. E, vez ou outra, gosto de estourar um pacote de pipocas e ficar nos assistindo na tela da memória. Confesso que hoje terminei de ver com as pipocas encharcadas. Deve ser aquela parte do filme que o mocinho sofre antes que as coisas comecem a dar certo para ele. Espero que sim.
ETERNO
Sei lá, têm certas coisas que acabam, mas que nunca terminam. Quer dizer, a gente se separou, não somos mais um casal, não fazemos mais parte dos planos um do outro, mas, tem uma boa parte de tudo isso, que insiste em não passar. Nunca vai passar. Prometemos um amor infinito. Falhamos. Não foi infinito, mas tornou-se eterno, se é que existe alguma lógica nisso. O que estou tentando explicar é que, lá dentro, bem lá no fundo mesmo, o nosso amor sempre vai existir. Porque quando é amor, nunca acaba. Tudo o que você amou na vida, mesmo que seja só por um dia, vai durar para sempre. Você pode tentar pintar de ódio, dizer que tanto faz, que não tem mais importância ou tentar guardar no fundo do peito. Você pode tentar substituir por outro alguém, pode até tentar transformar em críticas, em lágrimas, em brigadeiro, em álcool… A verdade é que, se foi amor, sempre será. Não acredito nesse lance de que só se pode amar uma vez na vida, mas sim, em amores únicos. Não se pode amar nada igualmente. E, por isso, nunca vai existir nada como você. Nada como eu. Nada como nós. Somos o único caso igual a nós na face da Terra. A nossa história ninguém pode apagar, copiar, reviver… Será sempre nossa. Vai doer te ver com outro alguém. Vou chorar quando nossa data chegar, quando abrir o guarda-roupas e ver a camisa que você me deu, quando algum sorriso por aí me lembrar o seu. Rasga-me o peito imaginar o nosso futuro que nunca vai existir, o nosso filho que nunca vai nascer, a nossa casa, pertinho do lago, que eu nunca vou construir. Claro que dói. Mas, passa. Parece que nunca vai passar. Mas, passa. Não morre. Nunca morre. Não acaba. Mas, alivia. O tempo ensina a amar de novo. Não existe dor tamanha que o ser humano não aprenda a conviver. E eu já estou aprendendo a te transformar em um sorriso. Você é, e sempre será, uma das melhores cenas do meu filme. E, vez ou outra, gosto de estourar um pacote de pipocas e ficar nos assistindo na tela da memória. Confesso que hoje terminei de ver com as pipocas encharcadas. Deve ser aquela parte do filme que o mocinho sofre antes que as coisas comecem a dar certo para ele. Espero que sim.
Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama.
Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, na internet, nas paradas de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade. Há quem acredite que o amor é medicamento. Pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: "Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu." Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas. O Amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar. Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada. Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem.
Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa.