Coleção pessoal de Leonicesantos1234

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No seio da noite fios de luz se debruçam na lembrança de sentimentos frios, outrora quentes e afiados quando achei que tinha perdido o gosto na jornada, quando pensei que havia levado meu coração. Pensei que não havia mais mar alto a navegar, nada a explorar, nem mar, nem amar.
Mas meu coração está aqui, palpita ainda o dia que te conheci, atrelado a âncora, costeiro sonhando com mar alto. Você na verdade só conhece de orla, só se move pelas beiras, avistando a olho nú o litoral. Coragem pra desbravar novos mares nunca tiveste, quantas veses se viu encalhado? Nunca soube o que é perder a praia de vista, nem sentir o vento veloz no rosto, fica escondido na câmara.
Seus povoados íngremes desabam à falta de caráter, seus rios poluídos decompõe até as guéuras dos peixes, seu mapa de vida empobrecido e deserto, nada de amor, também não possui bússola, nem rota.
Mas você me deixou um legado, sim. Porque das duas colunas, uma é a amizade. Me disse que havia no caminho uma flor plantada, me falaste tanto dela. Então eu a procurei entre risadas e lágrimas nos damos conta que nada se perde quando se ganha e na amizade verdadeira eu posso de perto senti a fragrância.
A amizade é atemporal. Leonice Santos.

Coração ancorado na estada neutra desse porto se aninha audáz, no alívio de sentimentos frívolos.
Se sofrera por quem nunca mereceu amor, respeito e atenção, agora alavanca tamanha felicidade, na maré mansa dos dias ao sol dourado da espera ao som das gaivotas sem rumo.
Nesta estadia sem relógios, gargalha ter amado o desprezível.

A noite cai e se faz vigília, na luz densa da espera procura-se um trovador, que afine um violão, que emita algum som ou desafine que seja, mas que venha e se apresente nesta ância a este ser.
Um que fale de amor, num verso ou numa moda, uma história antiga, pois o moderno adoeceu. Talvez uma cantiga ou uma prosa, desde que tenha sido alcançado, vivido, que foi lindo.
Que nos inspire a lutar e a acreditar que o amor não é fantasia, magia nem letras pra se comercializar. Um trovador que viveu e encorajado a passar a experiência do clássico ou do plebeu e na audácia de perpetuar possa acordar ou creditar corações ateus.

O breu da noite anuncia que o sol foi fincar raizes em outros mundos. Que a lua está escondida numa fase, e as estrelas bailam em revoada por trás do véu cinzento. Resta-nos usufruir da luz de dentro.

Era abrasador, faiscas subiam pelos nossos recantos escondidos e mais alto o crepitar se dava, em se falando do amanhã.
Era o amor da minha vida, mas não era o amor pra minha vida. Ficou nos sonhos, nas mais doces lembranças e no mais profundo golpe latejante.
Se cristalizou, no tempo: Quando, será, já, amanhã. Eternizou-se com a poesia.

É CONGRUENTE: Mar e solidão.
O sal flui nas águas e nas lágrimas; frias, mas com a finalidade de queimar.

Um luar cintilando por cima das cidades separadas, se move, para dar lugar ao sol de um novo dia, sob o controle de Quem retoca cada detalhe.

Muitos nem viveu o dia, apenas esteve nele, e o entardecer diante dessa agrura decide fazer uma exposição de cores, no desfecho das horas.

Apagar a luz e viajar nos sonhos, para ver a luz de Quem aninhou sua prole debaixo de suas asas misericórdiosas.

Não podem prender o amor!!!
Se condensa no ar.
Acena pra fora.
Tem asas por dentro.
O melhor a fazer é deixá-lo ir, quando tomar impulso.Visto que nenhuma corrente pode sustê-lo, e permitir que fique espontaneamente, para que na vida misture as cores e defina os sentidos.

O escuro noturno não se nivela com a cegueira de corações sem fé. Tem estrelas, luar, pirilampos e o luzir no olhar dos gatos.
Conduz nas suas bordas volúveis auroras.

Café e poesia...
Compatibilidade e simetria...
Amargo e doce, autarcia.

No olhar que vaga distante existe esperança.
No sorrisso substituto da lágrima tem heroísmo.
E nos caminhos trilhados as veses no meio do ermo, tem uma porta, ainda que escondida, mas tem...

ILHA: Relevo de terra reclusa dia e noite
Mas não é uma depressão ao léu
De contínuo transforma as ondas e açoites
Numa serenata para o céu.

Ao escuro da noite, estrelas são eternos diamantes, lapidadas pelo caos latente do infinito.

O deserto desses dias, desenham atividades lúdicas e convidativas, sob miragens dos anceios da alma.

O espelho da vida, reflete a tosca realidade dos dias aos olhos de um adulto agreste.
Em contrapartida, aos olhos cândido de uma criança, o espelho da vida reflete o portal lúdico que sacia. O pilar da existência.

Quando o caráter é negativo, o breu envolve o elemento.

Encontrei uma árvore pássaro na selva, exímia e encorpada. Seus galhos cantavam e folhas pra quê?
As flores voavam, estalos de beijos nas bochechas do céu, seu rubor atiçavam e num instante voltavam.

Gemidos de ostras feridas
Me implanta a certeza doída
O bandalho aruá que tu és.