Coleção pessoal de LeitoraCarol
Eu era como uma concha, como uma casa vazia, por meses sem ninguém - uma casa condenada - eu era completamente inabitável. Nenhum investimento poderia me deixar funcional outra vez.
Mas este sempre foi o meu jeito. Tomar decisões era a parte dolorosa, a parte que me angustiava. Mas depois que a decisão era tomada, eu simplesmente a seguia - em geral com alívio por ter decidido o que fazer. Às vezes o alívio era tingido de desespero, mas ainda era melhor do que lutar contra as alternativas.
E não fique com receio de nova intromissão minha. Estou agora curada do desejo de me distrair em sociedade, quer no campo, quer na cidade. Um homem sensato, deve achar em si mesmo copanhia suficiente.
Efetivamente, acho que sou uma criatura ponderada e razoável, não exatamente pelo fato de viver entre montanhas e ver sempre as mesmas caras de começo a fim de ano, mas porque fui submetida a severa disciplina que me ensinou a ser criteriosa. E, além disso... tenho lido mais do que o senhor imagina
É uma coisa estranha... quando se está com medo de alguma coisa e se daria tudo para retardar o tempo, ele tem o mau hábito de correr.
Como eu poderia combater as fronteiras tênues do nosso relacionamento, se eu gostava tanto de ficar com ele?