Coleção pessoal de LeilaCardoso
Engarrafamento, correria, estresse. Em um instante, o paraíso da loucura foi interrompido, um ruído que fluía pela chaminé de gasolina se fez ao longe. Dim, dom. Dim dom. Os sinos tocam, as luzes colorida dão cor ao preto e branco da cidade que cheira ilusão. O véu foi rasgado, grande harmonia se fez. É noite de natal. O salvador nasceu!
Sentimento de paz e de alegria logo habita no nosso interior, a cidade vazia foi preenchida, a terra se enche de esplendor. O bem venceu o mal, anjos cantam em louvor.
É natal que dia lindo! Vamos adorar e exaltar ao rei dos reis que mais uma vez venceu. Existe Esperança no ar, a gente quer acreditar, que um novo céu e uma nova terra surgil, o amor, sim triunfou, pra todo o sempre amém!
Ela tinha uma risada nos olhos, uma doçura no semblante e uma lagrima nos sorrisos. Vestia lembranças com pintinhas de saudades, causava sapatos de partida, nutria amor pelas pessoas que escolhiam não ir embora, mesmo com toda a sua inconstância. Tinha uma paixão gigante pelo agora. Amava pelo avesso, trazia em sua bagagem experiências de amores frustrados, alguns corações partidos, traumas e perdas irreparáveis, e mesmo assim, rodava com os dentes escancarados sempre quando o vento batia em seu rosto, trazendo a tona os mais doces momentos do qual muito fazia esforço de nunca esquecer. E mesmo que a vida fosse por vezes áspera com ela, tinha sempre com sigo um canto, como os dos pássaros que lhe dava esperança de que depois de um dia de chuva certamente haveria de surgi um arco-íris. A memória dela é como música, coisa de artista, que acalanta a alma. Memórias que fazem a vida ter um pouco mais de sentido, como se soasse ao longe um grito: SIM EU VIVI, AS MINHAS LEMBRANÇAS SÃO TESTEMUNHAS! As recordações de momentos mágicos que tanto relutava em manter-las vivas lhe escorriam sobre os dedos rápidos de mais, e ela queria tanto ter o poder de controlar, decidir, aqui eu quero estacionar. Porém o tempo não perdoava ninguém, nem mesmo a menina doce de gestos delicados.
Quem há de nós avisar em uma noite de chuva que é preciso ter um pouco mais de esperança que o sol sim virá?
Porque ela está vazia… Todo o a redor, o meio, o fim, o começo, o errado, o certo, o nosso, o avesso, o de ninguém, o que ninguém quer, o que eu nem mesmo sei se quero. Estou vazia…
Todas as certezas, as dúvidas, os medos, as inseguranças, as esquinas, os travesseiros, as noites, os dias, as tardes, a sensação de enfim sentir-se completa. Tudo as pedaços, só o vazio restou.
E eu estou acabada, exaustivamente cansada, chorei, pela primeira vez chorei, por um fim que há muito tempo já havia sido fim e só a tonta aqui não aceitava…
Foi aquele cara maluco, com manhias estúpidas que tanto amor dei, me deixou assim. E eu tento encher todas as minhas partes vazias de pessoas que inflam o suficiente para me fazer mais macia, tentativas inúteis, tudo ilusão. Além do vazio e essa dor que não passa, ando seca. Ressecada de tanto vazar por um dia ter pensado que as escolhas já haviam sido todas feitas e que a minha parada final era bem ali em seus braços…
Todas as coisas que eu planejei fazer com você, a cama bagunçada, os filhos que íamos ter, o pra sempre juntos, as palavras, promessas e carinhos…. Estamos vazios!
E ele foi embora sem ao menos olhar pra trás, e entre os seus passos, ainda tento entender onde das esquinas foi que tudo se perdeu, onde foi parar aquele nosso amor maluco um pelo outro, onde foi parar o meu sorriso, porque agora ando sem ele…
Tantas coisas a serem ditas. Mais sei lá ando meio com preguiça de cuspir pra fora. Minhas costas doem, não tenho dormido tão bem como eu deveria, logo eu que se pudesse dormir, dormiria por dois dias seguidos e ainda teria sono pra noite seguinte.
Também ando cansada, tão enfatigada e sem tempo. Sem tempo pra chorar umas dores que estão presas na garganta, sentir falta, analisar de perto as causas dessa solidão que devora. Tenho um pré-projeto pra finalizar, umas laudas do TCC pra escrever. Sem contar o português, a geografia, a legislação pra estudar, tudo ao mesmo tempo.
Tenho atropelado a mim mesma, fingindo que está tudo bem, quando na verdade estou a ponto de ter um colapso nervoso, é tanta cobrança, tantas responsabilidades, contas pra pagar, tarefas a serem cumpridas dentro de um prazo que não respeita as minhas limitações.
Stop! Onde eu aperto pra dá pause e respirar um pouco? Não estou sendo fraca, não me interprete errado, estou dizendo que cansei de ser o tempo todo forte, às vezes queria ter, só de vez enquanto um colo, pra deitar e esquecer tudo. Mais quando se é adulto os colos parece que somem. Como que ser adulto nos desse o poder de resolver os problemas por nós mesmo, que ridículo e sem perna cabeça isso!
Pegou caneta e papel e começou a rabiscar uma carta que jamais chegaria ao seu destino…
Não sei como começar… Mais sabe anjo, ando me sentindo feliz, aquela exatidão toda passou, minhas lagrimas de tanto que chorei secaram. Ando bem obrigada… Parei de correr atrás, será que você notou isso? As coisas quando tem de ser nossa sempre voltam, na hora certa no momento exato. Digo ao coração quando a saudade vem e sufoca. Tudo aqui é tão seu, ainda existe dentro de mim uma pontinha de esperança que o NOSSO PRA SEMPRE JUNDO SEJA JUNTOS MESMO…
Mais também vou ficar aqui parada, esperando que os ventos soprem a favor e isso dê certo , não como dias atrás. Permaneço por aqui, você sabe o caminho se senti vontade de voltar, vem que a porta está sempre aberta. Ouviu, quer que eu repita?
Oh! não estou mais aqui de bobeira, esperando a vida passar, que em um dia qualquer você acorde desse pesadelo e se déia conta que eu sou a mulher na sua vida, que ninguém nunca vai te amar como eu te amo. Estou atenta, de olhos bem abertos, não vou deixar escapar sobre os meus dedos uma nova chance de ser feliz, se surgir, quando surgir. Veja bem baby, não demore nessa tua procurar pela mulher perfeita que perfeição não existe ….
Veja bem, ousa… Eu quero tanto te fazer feliz…
Com amor, seu anjo!
Acontece que depois de amar um amor estranho, pequeno, errado e torto. Eu não quero me prender a nada, a nenhum lugar, a ninguém, tá me entendendo?
Mais uma vez estou aqui toda opaca, fantasiando algo que jamais voltará a acontecer. No meu constante e doido exercício para driblar essa tua ausência, finjo que você não foi embora. E Sonho, sonho e vou me iludindo… Ainda entro no MSN esperando que você me chame, pra tirar a poeira e transformar o preto e branco em azul, azul. Que você me acorde com um telefone às 04 da manhã só pra dizer que está com saudade. Rodoviária, primeiro encontro. Todas as promessas de amor, hoje não passam de palavras vazias que jamais serão cumpridas, e doe, doe e não é pouco. Essa saudade que ficou no espaço que foi (é) tão seu. Bem no instante em que eu estava me entregando totalmente a você. Mas foi rompido, cortado o laço, você desistiu de nós. E ficou eu e só restou eu…
Foi tudo meio sem querer, confesso. Pisquei por uma fração de segundo e num instante você já fazia parte de tudo aqui que é tão meu e reluto a não dividi-lo com mais ninguém.
Eu deveria ter deixado implicido, é eu sei. Devia ter apresentado as regras, que coração como o meu não tolera ser tratado tão bem, receber tanto carinho, desarurmar esse meu desarumado que só eu entendo e tanto gosto e sair assim, tão sem culpa, tão sem dor na conciência, como se a culpada dessa história toda fosse só eu!
Me fizeste por um curto espaço de tempo a mulher mais completa, fui feliz durante todo o tempo em que estivemos juntos, nisso não nego. Mais fortes embora e esse coração que tanto lhe amou (ama) partiste em dois, ficou aos farelos.
E eu que sempre fui tão bem resolvida, fiquei sem rumo, completamente sem chão. Trancaram-se todas as janelas e portas e quietinha fiquei, sofrendo essa dor amarga, chorei litros, desmontada como brinquedo de plático $1,99.
Mais depois da quarentena, seção dor de amor, como largato que no casulo se recolhe, pra sofrer metamose e só então se tranformar em lindas borboletas, assim passei, sofrir e me requi, tô de pé e assim vou continuar…
Como é que se escreve sem antes rabiscar o papel? Essas linhas todas tortas que me peseguem. Será que eu te assustei com essas minhas letras todas garafadas?
Esses rabiscos que escrevo ao mundo, tentando de forma quase que inutil traduzir o que se passa aqui dentro, pergunto se elas tem chegado ao destino desejado, ou estacionaram no caminho e por alí ficaram com a esperança que alguém o leia, será?
Quero amadurecer as idéias, essas que no momento me parecem insanas, construir um novo roteiro, sem vírgulas, sem pausas e paragrafos. Sem as mesmas brigas repetidas em cômodos da casa diferentes.
Por um ponto final nessa tua ausência, continuar nossa história, com infinitas reticências e se ainda for possível com o pra sempre juntos até o fim.
Aqui continua tudo igual… Meus livros todos arrumados, minhas roupas divididas em cor, minhas apostilas bagunçadas, meu celebro fuçando lembranças, hora tentando sofrer de amnésia. Eu e você separados, kilometros de distância, partida no encontro e chegada na partida. Vai e vem, em dias nublados, com sol ou chuva fininha. Indo dormir com uma certeza tão incerta, acordando sem saber coisa alguma. Atitude ingênua de quem levou ao pé da letra a promessa feita e acreditou que amor verdadeiro não more, por isso, espera mesmo que o futuro reserve lágrimas ou riso. Mesmo que tudo mude. Aqui continua tudo igual.
Devo ter cometido um pecado muito grande ou então o cupido está de mal comigo, ooss porque né... Só me aparece homens problemáticos, casados, bem mais velhos com uns xavecos tosco, que dá mais é vontade de mandar tomar no $%#@$%&*
Depois de um tempo a gente aprende ou se dá conta que nem todos os domingos são ensolarados, nem todos os amigos são os melhores amigos, e nem todos os amores vão durar para sempre. A vida que você vai levar é a vida que você faz entre os fatos de uma escolha e outra. Todo mundo pode dizer que você é um idiota ou que nunca vai ser alguém, mais o único obstáculo entre você e os seus sonhos é VOCÊ MESMO, a única pessoa no mundo que pode determinar se vai ou não dá certo, é você.
É certo que a vida não mima ninguém, não se consegue nada sem antes fazer esforço, mostrar que realmente é merecedor. A caminhada é árdua, de fato, mais ela pode sempre se tornar mais leve quando se tem a certeza que mesmo que venhamos a cair, vai sempre haver a mão estendida pra nós por de pé, quando os nossos pés estiverem quase desistindo de caminhar. E é exatamente isso, que não deixa um dia se quer, ser em vão.
Talvez ele tenha achado que a vida dele precisava de um novo rumo que não incluía EU Talvez ele se arrependa um dia e peça desculpas. Talvez não…
Quero um porto seguro que eu possa atracar o meu barco sem medo de naufragar. Acordar em uma manhã qualquer e sentir todas aquelas borboletas livres voando no meu estomago. Ser capaz de sorri um sorriso sincero e amplo de tal maneira que contagie toda a sala. Que as mentiras alheias não destruam a nossa sensibilidade de acreditar no outro. Que a rotina atrelada à correia do dia, nos reserve tempo para abraça e beijar os amigos. Que sejamos fieis a quem nos ama de verdade, não só um dia mais a vida inteira, pois serão eles que estarão do nosso lado e nos abraçaram bem forte quando o chão ameaçar tremer sobre os nossos pés. A vida segue como uma estrada sem que pare nas curvas. Aqui e ali, em todo lugar, trememos na base, amigos precisam partir, tem a chegada e a despedida, as pessoas vêm e vão, e um pouco de nós também vai é inevitável, porque dizer adeus ou um até logo doe e não é pouco. Se adaptar a um novo roteiro não é fácil para aqueles que amam, especialmente quando se ama ao Maximo. Mas quantas pessoas tem chegado tão perto?
Meus planos mudaram- se todos. O momento agora pede rota nova. Porque a estrada é longa, e a vida? Há a vida, não permite grandes paradas nas curvas.
A vida seque seu percurso, sempre em frente. Mas é nosso passado que modela quem somos hoje e quem seremos amanhã.