Coleção pessoal de LEandRO_ALissON
"O sujeito que é burro diante de um escrito é necessariamente mais burro diante da vida, exceto, é claro, no círculo limitado da sua experiência repetitiva, onde a eficácia das soluções herdadas lhe dá uma ilusão de inteligência."
"Tal como o homem que enriqueceu não deve esquecer seus dias de pobreza, para não se tornar arrogante e insensível, aquele que se tornou um letrado, um intelectual, não deve desprezar a miséria espiritual e existencial que lhe serviu de ponto de partida e que será sempre, por contraste, a sua medida da escala humana."
"No meio cultural subdesenvolvido, o maior risco que você corre não é o de permanecer inculto. Isso você pode superar mediante o estudo. O maior risco é o da alienação, o de viver num mundo de idéias gerais que não têm nada a ver com a sua existência concreta."
"São três os preceitos mais necessários à leitura: primeiro, saber o que se deve ler; segundo, em que ordem se deve ler, isto é, o que vem antes e o que vem depois; terceiro, de que modo se deve ler."
Quando as pessoas enfrentam, voluntariamente, algo que lhes dá medo, mas que é necessário superar para atingir seus objetivos, elas se tornam mais fortes. Se tornar mais forte não tem limites!
Todos os homens desejam por natureza saber. Indica-o o amor aos sentidos; pois, à margem de sua utilidade, eles são amados por si mesmos, e, mais que todos, o da visão.
“Eis porque a revelação histórica é o grande escândalo ou obstáculo para os homens naturais. O homem, repleto de seu amor próprio e orgulho próprio, não quer ser descoberto porque não quer que seu orgulho seja infringido. Reconhecer a revelação histórica significa reconhecer que a verdade não está em nós, e que a relação correta com Deus não pode ser estabelecida por nossa parte; que a brecha entre Deus e nós é de tal natureza que não podemos fazer nada a esse respeito”.
A estupidez é uma arma invencível. Não há argumento capaz de infundir inteligência na mente de um adversário bocó.
Em comparação ao que devíamos ser, estamos apenas semidespertos. Nossa lenha está úmida, nosso fogo, abafado. Utilizamos apenas uma pequenas fração de nossos recursos físicos e mentais... Generalizando, o ser humano vive muito aquém de seu potencial.
Quando nada há em sua alma exceto um grito de socorro, talves seja o exato momento em que Deus não o pode atender: você é como o homem que se afoga e que não pode ser ajudado por tanto se debater. É possível que seus gritos repetidos o deixem surdo à voz que você esperava ouvir.
Não é possível ver nada de maneira adequada enquanto os olhos estiverem embaçados de lágrimas. Você não pode, na maioria das situações, conseguir o que deseja se o fizer desesperadamente: o resultado é que não conseguirá aproveitá-lo ao máximo.
Quanto mais acreditamos que Deus fere apenas para curar, menos nos é dado crer que haja alguma utilidade em suplicar por ternura.
"Independentemente do que os rolos digam, o corpo é capaz de padecer vinte vezes mais do que a mente. [...] No pior dos casos, só o que o pensamento insuportável pode fazer é ficar voltando, mas a dor física pode ser absolutamente contínua."
Sua aposta – Deus ou nenhum Deus, um bom Deus ou o Sádico Cósmico, a vida eterna ou a não entidade – não vai ser levada a sério se nela nada de valor estiver em jogo.
"Se houvesse realmente me preocupado, como achei que havia, com as tristezas do mundo, não deveria estar tão assoberbado quando minha própria tristeza chegou.
É claro que é diferente quando as coisas acontecem conosco, não com os outros, e na realidade, não na imaginação. [...] Se meu castelo ruiu com uma tacada, é porque era um castelo de cartas. A fé que 'levou essas coisas em consideração' não era fé, mas imaginação.
Para que o amor seja uma bênção, e não uma dor, ele deve se dirigir ao único Amado que nunca morrerá.
Sei que o que eu desejo é precisamente o que eu jamais poderei obter. A antiga vida, as piadas, os drinques, as discussões, fazer amor, os pequenos lugares-comuns, de partir o coração. [...] Faz parte do passado. E o passado é o passado; isso é o que significa o tempo; ele em si é mais um nome para a morte [...].