Coleção pessoal de Layyy
Que eu me cale ao teu olhar
Que eu espere teu despertar
Todas as manhãs
Que eu queira teus beijos
Que eu satisfaça seus desejos
Tanto que me estranhas
Que eu lembre da verdade
Que se me causas saudade
É porque te amo
Que eu não me confunda
Que se meu coração afunda
Em teu vasto amor selvagem
Exprime minha vontade,
Então te clamo.
Não sei porque não cogitei parafrasear
Alphonsus de Guimaraens
Só dar uma de Ismália e me jogar no mar…
Mas, ei!
Não vou dar este gosto aos capitães!
Vou dizer que é só brincadeira.
Lúcifer
Tens tu ainda esperanças
do perdão de seu pai?
Nada bom de sua boca sai
Vais um dia almejar vingança?
Tu não o ama ardentemente
Se queima sozinho no fogo do inferno
E desfaz em pó tudo oque sentes.
Sinceramente, quão injustiçado foi
O Deus que perdoa todos os pecados
Não te perdoou. Misericordioso uma ova!
Tu es o castigador dos que morreram armados.
Indigno dos céus tu cais
Desista desta misericórdia
Não serás bem-quisto aos olhos do pai.
De bom somente esses versos
Tirei-os do meu desespero
Dos monólogos devaneios
Que tive comigo, sem remorso
Mas se isso é meu melhor
Devo temer minha desaire mente
Não devo ficar contente
Por meu acanhado lirista amador
Tanto a dizer com tão pouca labia
Tanto a escrever com tão pouca palavra
Tanto a sentir com tanto medo
Tanta vergonha a ser deixada em segredo.
Nosso amor é um passeio a Tijuca
“Fica para outro domingo”
Sou o repugnante Rubião de tua Sofia
Espero não morrer sozinho…
Sinto frio e me arrepia a nuca
Goste ou não de mim eu te gosto
Maldito realismo brasileiro
Me mates, mas não mates meu cachorro
Falta de nexo, culpo minha loucura
Muita generosidade, pouca noção
Rimas são superestimadas
Não preciso de nada disso
Mas, de novo, se sou este louco
e contraditório por odiar te amar
Não vejo problema em rimar
Na última estrofe, ao menos um pouco.
Seja o clichê que for
“Eu sei que vou te amar
Por toda minha vida eu vou te amar”
Você só não saberás disso
É que quem sabe um dia tu digas
“E por falar em saudade
Onde anda você?”
Estarei aqui, a ti submisso
Pois eu não digo que
“Eu não sei parar de te olhar”
Mas quero que saibas que
“Quero a vida sempre assim
Com você perto de mim até o apagar da velha chama”
Se assim também quiseres
Mas se for demais
“Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo se você quiser”
Eu só te quero por perto
Além de todos esses dizeres
Posso até pensar
“Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola me mim?”
Pois sinto tanto sua ausência
Mas “Dengo, se tu não quiser ficar
Te canto todos os dias
Todas as alegrias que não vamos compartilhar”
Pois não tenho tanta prepotência.
Ao final de tudo isso, reforso
“E cada verso meu será pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida”
Sinto vergonha mas não sinto remorso.