Coleção pessoal de laurenmatta

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Errar é humano. Ser apanhado em flagrante é burrice.

O mal de se tratar um inferior como igual é que ele logo se julga superior.

Metade da vida é estragada pelos pais. A outra metade, pelos filhos.

Pode ser difícil encontrar agulha em palheiro. Mas não descalço.

probleminhas terrenos:
quem vive mais
morre menos?

Achamos que os padres também devem casar. Não há nenhum motivo para que conservem o privilégio do celibato.

As pessoas que falam muito acabam sempre contando coisas que ainda não aconteceram.

Toda uma biblioteca de Direito apenas para melhorar quase nada os dez mandamentos.

Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado.

O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas.

Depois de bem ajustado o preço, a gente deve sempre trabalhar por amor à arte.

[POEMEU EFEMÉRICO]
Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril

O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde.

Nós, os humoristas, temos bastante importância para ser presos e nenhuma importância para ser soltos.

Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.

Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

Chato: indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.

Acreditar que não acreditamos em nada é crer na crença do descrer.

O "Adeus" de Teresa

A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala

E ela, corando, murmurou-me: "adeus."

Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa

E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"

Passaram tempos sec'los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . "
Ela, chorando mais que uma criança,

Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"

Quando voltei era o palácio em festa!
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!

E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"

De quantas graças tinha, a Natureza

De quantas graças tinha, a Natureza
Fez um belo e riquíssimo tesouro,
E com rubis e rosas, neve e ouro,
Formou sublime e angélica beleza.

Pôs na boca os rubis, e na pureza
Do belo rosto as rosas, por quem mouro;
No cabelo o valor do metal louro;
No peito a neve em que a alma tenho acesa.

Mas nos olhos mostrou quanto podia,
E fez deles um sol, onde se apura
A luz mais clara que a do claro dia.

Enfim, Senhora, em vossa compostura
Ela a apurar chegou quanto sabia
De ouro, rosas, rubis, neve e luz pura.