Coleção pessoal de lasana_lukata
sou como um cão no inverno
encostado às cinzas do que foi.
a ferida ainda dói no cadáver.
o esqueleto tem a fome da carne.
a garça
por voar não muito longe do chão
não muito longe das companheiras
por não ser extremo voo absoluto
por ser asa temperada em lama e luz
por ser ave suavizada em luz e ar
Polonesa
os zigue-zagues das juremas,
os ramos vazios
e esse revezamento de pàssaros em teus olhos...
tua voz quente quebra a dormência da semente,
cicatriza meu passado, sutura minha tristeza.
a tristeza comedora de palavras.
e tua voz me diz que tenho voz de poeta me afeta,
enardece sílabas,
tua voz que diz ser eu intenso e não entusiasmo,
sai como um peixe, como flecha para dentro do meu peito que fica estreito e já não sei o que dizer.
Poema Infantil | Poesia para Crianças
CHILIQUE
Mãe não venha com chilique
Que se não for no joystick
Eu não vou brincar de pique.
Brincadeira na rua
Para mim é coisa sua .
Por favor vê se não ura
Mas me deixar ser tv
É a maior censura! x.x
www.jessicaiancoski.com
Fragmento
Caminho pela velha rua da minha infância...
jà mudou de nome umas seis vezes,
a miséria continua a mesma.
cabeça de homem ou de mulher,
corpo de pàssaro,
com as garras afiadas,
nas pandemias,
surgem os harpias.
A política da garça
A garça precisa voar para tirar os dois pés da lama! Não adianta alternar, encolhendo ora um, ora outro.
antes de Whitman, Klopstock
já disparava a sua Glock,
livremente,
20 versos por segundo
para não errar o mundo.
e vou rimando livremente.