Coleção pessoal de lannyContos
Quando eu era criança e tinha o cabelo cheio de cachinhos, eu perguntava a papai do céu porque ele tinha me feito assim?
Fui crescendo e acreditando que meu cabelo só seria bonito se fosse liso. Afinal só cabelos lisos passavam em comerciais de Shampoo, enquanto os cabelos crespos eram cada vez mais escondido pela mídia e visto com maus olhos diante da sociedade.
Quando criança cheguei a ser chamada por uma professora de "negra do cabelo ruim".
Moral da historia: alisei meu cabelo para me curvar as vontades de terceiros.
(...) Quando eu era mocinha e entrei no ensino médio todos riam de mim porque no fim da aula meu pai sempre ia me buscar com um carro bem velho e barulhento. Eu amava quando ele ia me buscar, afinal os pais de alguns alunos nunca apareciam por lá para vê-los, nem mesmo quando eram chamados pelos professores, mas meu pai sempre fazia questão de ir me buscar, mesmo eu já sendo grandinha e conhecendo bem o caminho de volta para casa.
Com o passar do tempo fui sentindo vergonha e impedindo meu pai de ir até minha escola. Mais uma vez me curvei as vontades dos outros para não ser motivo de risos.
(...) Agora que sou mulher descobri que amo outra mulher. Continuo sendo motivo de piadas irônicas e foco de religiosos que usam a fé para camuflar o preconceito.
Dizem que é abominável amar assim, mas se o amor salvará o mundo, porque devo esconder o meu como se fosse algo sujo e errado?
Me pergunto: No mundo das aparências o que é verdadeiro?
Quantos cabelos crespos serão alisados? Quantos amores serão vividos como algo errado e vergonhoso? Quantas vezes mais teremos que nos curvar aos desejos dos outros, para sermos vistos como parte da sociedade? Eu achei que ser diferente era normal, mas tenho visto que o normal é tentar abafar as diferenças e se enquadrar nas regras impostas. Não quero mostrar quem sou para afrontar ninguém, mas me recuso a esconder quem sou para agradar alguém.
Optei por ser eu mesma e me fazer feliz. Se eu abrir mão da minha felicidade, quem mais lutará por mim?
Meus 15 anos!
Eu sempre me senti diferentes das outras garotas. Não mais bonita, nem mais feia, só diferente. Nunca gostei de maquiagem, quando usava me sentia o curinga personificado. Minha moda? Eu mesma criava o meu jeito de me vestir. Saltos? Nunca gostei, eu preferia All Star. Roupas com decote? Eu passava longe!
Eu estudava em uma escola de tempo integral - Escola Estadual de ensino integral Emanuel Rosa Sales. Meu tempo de escola não era diferente desses famosos clichês que passam nos filmes: "Garota bonita vs Garota feia".
Bruna, é uma daquelas garotas que todos os meninos são loucos para "pegar". Realmente linda e atraente, mas posso dizer que tinha muita beleza e pouco conteúdo. Eu era exatamente o oposto dela. Enquanto os garotos faziam fila para namora-la, eles também faziam fila para fugir de mim.
O meu primeiro e tão sonhado beijo, aconteceu com um garotinho da escola, que tinha por nome Pedro. Eu estava feliz, cheguei a pensar que ele e eu namoraríamos (quanta inocência)... Depois de alguns dias trocando beijos e acreditando que estávamos juntos, Pedro me deu um belo fora dizendo:
- Não posso mais ficar com você, meus amigos estão me zoando e falando que estou namorando uma garota que parece menino.
Eu chorei muito ao ouvir aquilo, eu tinha apenas 13 anos e não entendia porque insistiam em me rotular gay.
Comecei a perguntar a mim mesma se aquilo era resultado do modo como eu me vestia ou talvez o jeito masculino como eu andava (eu já tinha ouvido alguns colegas dizendo que eu não sabia rebolar e andava de um jeito masculino. Eu nunca imaginei que existia regras na forma de andar, onde diferia homens de mulheres.) Talvez a minha falta de feminilidade tenha contribuído em toda essa construção pejorativa que as pessoas tinham com a minha aparência.
Um dia almoçando sozinha na escola, sentou uma garota na minha mesa (de nome Nicole) para me fazer companhia. Isso raramente acontecia... Ela me tratou bem como há muito tempo não acontecia, disse que entendia tudo que eu estava vivendo pois também passou pelo mesmo ao se assumir.
Fiquei brava por ela ter agido como se eu também fosse lésbica. Levantei furiosa e fui embora pra minha sala deixando o almoço quase intacto na mesa. Sentei na minha cadeira e comecei a refletir que talvez aquela menina tenha sido a única que me tratou bem, não se importando com o que falavam sobre mim. E se eu tinha tanta raiva daqueles que me julgavam, porque logo eu iria julga-la? Voltei ao pátio e olhei em volta para encontra-la e fui até onde ela estava para me desculpar.
Ela desculpou-me e se tornou minha melhor amiga. Quando alguém zoava a gente nos chamando de lésbicas ela sabia exatamente como nos defender, até parecia que ela acostumou com aquilo ao ponto de ser mais forte e pouco a pouco ela me ensinava a ser forte também.
Depois de um tempo esse tal menino - o Pedro - começou a me zoar com os demais amigos... Me chamava de "Maria macho", "sapatão" e uma série de coisas desse gênero. Eu chorava e tinha vergonha de ir a escola. Eu implorava que minha mãe me tirasse de lá, mas ela inocentemente achando que era preguiça de estudar, não atendeu meu pedido. Eu comecei a rezar que a convivência na escola melhorasse, mas tudo só piorava, passei a ter medo de me aproximar das pessoas e chorava quase sempre que estava sozinha.
Eu comecei a cair em uma depressão enorme. Piorando eu morria de medo de falar para minha mãe o que estava acontecendo. Eu tinha medo que ela também achasse que eu era lésbica. (eu era só uma garota de 13 anos sentindo-se só).
Os boatos sobre minha sexualidade se espalharam e logo todos os alunos e alguns professores já estavam sabendo da história e tomando essa mentira como uma verdade absoluta. Eu me afundava a cada dia em uma solidão absurda dentro de mim. E sempre quando me viam chorando nos cantos da escola, afirmavam que era vitimismo para chamar atenção.
Tentei me afastar da Nicole para diminuir os boatos, mas sem ela a escola era ainda mais difícil de suportar. Nossa amizade só crescia e os boatos de que estávamos namorando se espalhou pela escola.
Em uma manhã de quarta-feira fui ao colégio, mas não tive coragem de entrar na sala de aula. Eu tive fobia/medo daquelas pessoas que se diziam meus colegas. Covardemente desisti de entrar na sala e segui de uniforme, livros e mochila até a saída para tentar ir embora da escola, mas infelizmente os portões já haviam sido fechados e eu em uma atitude desesperada para não entrar na sala, segui em destino ao banheiro do vestiário feminino. Fiquei lá por quase 4 horas sentada no chão do banheiro, por mais desconfortável que fosse, era melhor para mim que entrar na sala.
Na hora do intervalo um grupo de meninas da minha sala entraram no vestiário para retocar a maquiagem antes de irem almoçar. Ironicamente notei que o assunto da conversa era sobre mim. Elas falavam em alto e bom som, para que quem entrasse naquele banheiro pudesse ouvir que os diretores deveriam expulsar-me, pois pois era inaceitável um namoro lésbico na escola. Todas caiam na risada, pareciam contar a mais engraçada de todas as piadas.
Abri a porta do banheiro e com toda a raiva que eu estava sentindo, empurrei uma delas contra o banco do vestiário. Por ironia, era a Bruna. Mas meu ódio me cegou e não consegui parar de machuca-la, suas amigas tentaram separar a briga e chamar socorro, mas até lá eu já tinha feito um estrago no rosto dela.
Fui suspensa após isso e quando finalmente voltei à escola minha vida se tornou um inferno ainda pior. Bruna começou a espalhar boatos mentirosos sobre mim, afirmava aos quatro cantos da escola que me viu beijando uma garota e eu havia batido nela para que ela não falasse a verdade sobre mim.
E enquanto pessoas como a Bruna e o Pedro se voltaram contra mim, a Nicole se aproximava cada vez mais e me fortalecia.
O tempo foi passando e eu acabei me encantando por aquela garota. Me encantei por ela e não por ser uma menina. Acabei me apaixonando pela forma que ela me cuidava e me protegia do mundo. Eu não sei se nasci lésbica ou se me tornei devido as circunstâncias, mas até hoje não me arrependo.
Parei de me importar com o que as pessoas falavam sobre mim e passei a ter orgulho de quem eu era. Tomei coragem e me assumi para minha mãe que, graças à Deus, me aceitou bem. No início eu tinha receios de assumir até a mim mesma, mas depois que eu me aceitei vi que minha sexualidade não me fazia menos que as demais pessoas.
Fomos o primeiro casal lésbico da escola. Era algo novo e inusitado, após isso muitos outros casais gays começaram a assumir também.
Ao me assumir, uma porção de barreiras difíceis começou a surgir para que eu quebrasse. Eu era vítima de preconceito constantemente. Até daqueles que deveriam nos defender. Acabei sendo obrigada a mudar de escola após uma conversa de diretores com minha mãe. As pessoas não aceitavam e parecia que a minha sexualidade desmoralizava a todos.
Pessoas se afastaram e deixaram de ser meus amigos, no início não entendia o que estava acontecendo comigo. Eu era uma menina como todas as outras, a única coisa diferente era o que eu trazia no meu coração. Mas desde quando a minha forma de amar muda quem eu sou?
(...) ANOS PASSARAM
Deixei de ser a menina assombrada, para me tornar a mulher destemida. Concluí o ensino médio e iniciei a faculdade de Psicologia.
Um certo dia vindo da faculdade, encontrei uma garota desolada, com a cabeça baixa, sentada em um banco na rodoviária. A faculdade é em uma cidade vizinha, então fazia parte da minha rotina descer do ônibus na rodoviária e ficar na espera da minha mãe ir buscar-me.
Já era tarde e não tinha quase ninguém na rua, era por volta de quase onze e meia da madrugada. Me aproximei e quando a tal garota levantou a cabeça, vi que se tratava da Bruna. Nesse momento eu gelei, fiquei paralisada e sem ação.
Ela tentou ignorar a minha presença, continuando sentada em um banco, tentando abafar o choro. Creio que se sentiu intimidada. Tentei me aproximar, porém eu estava com certa vergonha. No fundo eu sentia muita mágoa, raiva e desprezo ao lembrar de tudo que ela me causou anos atrás, mas ir embora e deixa-la para trás naquele estado me traria peso na consciência. Já era tarde e seria perigoso para qualquer garota ficar ali naquele horário sozinha. Insisti para que ela se abrisse e eu pudesse entender o motivo do choro. Mesmo com muito medo que ela me tratasse mal como tratou em todas as vezes que cruzamos.
De início ela me tratou mal e disse que eu estava tripudiando da tristeza dela. Ela implorou para que eu me afastasse, mas eu fui insistente. A verdade é que ela estava insegura, achando que eu estava ali para me engrandecer com sua dor.
Sentei ao seu lado no banco em que ela se encontrava e disse:
- Eu não quero te fazer mal, se o destino fez que a gente se encontrasse a essa hora, talvez fosse mesmo pra ser assim, do contrário, as forças superiores teriam enviado uma daqueles suas amigas do ensino médio. - Rimos juntas.
Ela começou a chorar e me abraçou, fortemente como se fosse um pedido de desculpa por ter durante tanto tempo me perseguido. Creio que a minha piadinha fora de hora sobre ensino médio tenha despertado tais lembranças nela.
Ela ainda presa no meu abraço, contou-me que acaba de ser expulsa de casa e o motivo era sua sexualidade. Eu fiquei surpresa. Puts! Sempre imaginei ela héterosexual e agora essa revelação, caramba me pegou realmente surpresa. Ela chorava mais que antes e me pedia desculpa por tudo que me causou e me abraçou ainda mais forte.
Quando minha mãe finalmente chegou para me apanhar da faculdade, eu expliquei toda a situação e pedi permissão para leva-la para dormir aquela noite em casa.
Minha mãe respondeu algo que me fez agradecer aos céus por ter a sorte de ter nascido daquela mulher:
- É claro que pode Lanny. Algumas vezes na vida, nós pais tememos tanto que nossos filhos sofra, que brigamos para que eles sigam um caminho que a nossos olhos seria menos doloroso. Talvez seus pais só esteja com medo de tudo que você vai enfrentar pela sua sexualidade. No início eu também agi assim, mas depois me preocupei em não der para minha filha um exemplo dessas pessoas que não se importam com com a felicidade. Nós as vezes buscamos tanto o melhor para nossos filhos e esquecemos que o melhor nem sempre é o caminho mais fácil e sim o caminho que mesmo difícil os fazem mais felizes. Eles vão te aceitar Bruna, é questão de tempo até que eles vejam a filha maravilhosa que você é.
Naquela noite e por mais alguns meses Bruna passou a dormir em minha casa. Esquecemos sobre o passado e firmamos uma amizade forte. Hoje somos quase como irmãs. Após alguns meses sentindo na pele o peso da rejeição e do preconceito ela foi finalmente aceita por seus pais e hoje é namorada de uma garota linda que costumo chamar de cunhada.
Não sei se dá pra tirar uma moral dessa história, mas se desse seria: O mundo gira e as pessoas que hoje você oprime, amanhã pode ser uma das poucas que vai te estender a mão quando precisares.
Repentinamente me vejo sendo outra vez aquela garota de quinze anos. Isso é tão assustador!
Me vi presa outra vez dentro de mim mesma, com medo de sair do quarto e viver. Parece tão louco me sentir assim. Eu sempre me achei/pensei ser tão segura de mim mesma.
Me sinto de mal com o espelho, quando fico diante dele vejo um reflexo errado de mim. Por mais louco que seja, ele mostra a imagem de uma garota de quinze anos chorando, mas eu sou uma mulher. Ele deve estar refletindo errado ou sera o reflexo da minha alma?
As pessoas me olham, mas sinto que são sempre olhares focados para as minhas "imperfeições" e nunca olhares de admiração. Eu já desisti de conhecer novas pessoas por vergonha da minha aparência, recusei alguns encontros por puro medo do que os outros pensariam de mim depois de me conhecerem a fundo.
Sei que muitas pessoas não entendem meus sentimentos, minhas escritas, minha palavras. Mas a confusão dessas palavras combinam com meu excesso de sentimentos confusos. Sou tão de mal comigo mesma que me recuso a pensar na ideia de alguém me ver com bons olhos... É como se fosse impossível na minha cabeça.
Cinco anos passaram e a garota de quinze anos ainda não morreu dentro de mim. Ela continua chorando e se sentindo abandonada nesse mundo onde só parece caber pessoas de boa forma e pouco conteúdo.
Gosto de pessoas que buscam despir não só meu corpo, mas minha alma também.
Dizem que os olhos são o espelho da alma, mas a verdade é que dentro de mim não existe mais nada a ser transmitido em um olhar. Talvez minha alma tenha deixado de existir ou talvez tenha se contido de tamanha forma dentro de mim, que já é quase impossível encontra-la.
Não perdemos a vida quando morremos. Em verdade, perdemos a vida quando não sentimos mais prazer em viver. Eu perdi minha vida. Mas como pode ser, perder a vida e continuar vivendo? Existe um abismo de diferença entre viver e sobreviver. Minha mente se tornou um campo de guerra, onde frequentemente brigo com meu subconsciente para que ele pare de me dar idéias de como tirar minha própria vida. Diariamente tento encontrar algo que me faça sentir viva, uma faíscas de emoção que seja, mas nada acontece. Talvez eu esteja predestinada a ser o zero a esquerda, aquele que não modifica ou altera nada.
Um amor à distância!
Você me falou que não podia ser feliz namorando alguém de tão longe.
Explicou que jamais seria feliz comigo, pois não podíamos nos abraçar quando a saudade apertasse, nos beijar quando a solidão chegasse ou nos mimar em uma noite fria de inverno. Mas sabe o que mais doeu? Ouvir você dizer que apesar de tudo me amava, mas não bastava amor quando existia distância.
Eu já não tinha certeza desse amor que você dizia sentir. Realmente, é complicado conviver sem beijos, abraços, olhares, mimos... Mas estamos falando de amor, não de paixão. Se por amor no altar juramos: "até que a morte nos separe" o que são quilômetros perto disso?
Loucura não é largar tudo por um amor a distância, loucura maior é trocar alguém que te ama, mesmo que de longe, por pessoas próximas que tão somente te desejam.
Hoje você tem outro alguém ao seu lado e eu te pergunto: valeu a pena? É irônico te ver com alguém apenas por medo de ficar sozinha. Eu sou diferente de ti, mas não nego que também me sinto carente, a única coisa que nos difere é que outra pessoa que não seja você, não me serve. Outros braços não são tão aconchegantes, outros beijos não me saciam tão bem. Se não for você, não me basta.
Como tratar bem sua namorada?
Acorde antes dela e ligue para desperta-la... Acredite em mim, a voz de sono dela fará seu coração derreter de amores. Mande mensagens fora de hora, deixe ela sentir o quanto você a ama. Não tenham medo de parecer completamente apaixonada. Ela vai gostar, afinal, quem não gosta de sentir-se amada?
Reviva boas lembranças e lute para apagar as ruins. Quando ela estiver triste? Abrace-a forte e faça ela sorrir com uma piada mesmo que sem graça.
Se você já a machucou no passado, faça diferente agora e a ame infinitamente mais. Assista os filmes preferidos dela, junto a ela. Compre flores e chocolates... E se o dinheiro faltar? Escreva uma carta. Leve ela nos seus lugares favoritos e conheça os dela. Faça com que todos ao redor vejam o quanto você a ama. E que mulher não gosta de ser tratada assim?
Quando ela estiver com TPM, lembre-se de recebe-la com um sorriso, isso faz toda diferença. Mulher gosta de amor, carinho e atenção.. Não precisa ser romântica todas as horas do dia, mas escolha um momento e seja. A vida é feita de momentos e alguns se eternizam em nossas memórias.
Já pensou o quanto séria legal você ser o momento eternizado da garota que você ama? Lá no futuro quando vocês estiverem com a pele enrugada, com cabelos grisalho, ela relembrando cada segundo que viveu com você. Que mágico seria né?
Seja para alguém, exatamente o quê você busca em uma relação, esse é o segredo para relações duradouras.
Mas sinceramente? Lembre-se de por sentimentos verdadeiros no meio disso tudo.
Quer um conselho?
Corre, foge, vai embora...
É sério! Ainda da tempo de fugir de mim. Porque perder seu tempo comigo? Com minha confusão mental e sentimentos em excesso? Se você for embora agora não vai doer muito. Por favor, não espera eu te amar pra você decidir ir. Não faça eu me apaixonar pelo seu sorriso, se ele vai ter outro alguém como motivo. Se quiser ir agora eu não vou impedir, mas se decidir mesmo ficar, fica pra valer.
Eu não sou essa garota fria que todo mundo vê. Se você tiver um pouco mais de paciência ,vai entender que na verdade meu temperamento ríspido e meu jeito de durona é na verdade só uma armadura que criei para me proteger dos espinhos que as pessoas oferecem camuflados de rosas. Me desembaralha, me descobre, me desmonta e tenta me conhecer melhor. Por favor não perca seu tempo comigo se não for capaz de entender meus medos. Eu sou uma garota como tantas outras, porém um pouco fechada... É que traquei meus sentimentos e não sei por quanto tempo eles continuarão perdidos dentro de mim.
Meus excessos de sentimentos perturbam meu Coração... Eu já cai tantas vez que cheguei a perder as contas de quantas. Algumas pessoas me chamam de Fénix e afirmam que sou capaz de renascer até das cinzas, outras brincam falando que sou do tipo que cai sempre de pé, pronta para levantar. Eu sinceramente não sei quem sou de verdade. Não sei se sou a fortaleza que todo mundo vê ou se a garota que chora todas as noites no travesseiro. Talvez eu seja a garota amedrontada, na aparência de uma mulher destemida. Talvez nem eu saiba em exato quem sou. Eu não costumo reclamar da solidão, até gosto da minha própria companhia, mas há momentos na vida que sentimos falta de alguém que nos abrace e mande embora nossos medos mais bobos. No meu peito carrego uma cicatriz, é a marca de tantos abandonos.
Me diga, se você tivesse a namorada mais linda do mundo, que deixasse Angelina Jolie e Gisele bundchen para trás no quesito de beleza...
Se você tivesse a garota mais romântica do mundo todos os dias, que nunca brigasse e nem caísse no estresse da TMP...
Se você tivesse a garota mais perfeita do mundo, que nunca chora, nunca comete "ogrices" do tipo: Arrotar, falar palavrões e te xingar do nada quando você merecer...
Se você tivesse a garota mais perfeita do mundo que nunca sentisse medo do escuro, de et's, de bichos como baratas, cobras ou até mesmo medo de te perder, pelo simples fato de ela ser tão perfeita ao ponto de nunca sentir-se insegura...
Se você tivesse a garota mais perfeita do mundo ao ponto de ela nunca mentir, nunca te trair, nunca te machucar, nunca te fazer chorar, nunca te xingar, nunca sentir ciúmes, nunca se sentir insegura, nunca olhar para outras garotas que não fosse você.
Se essa garota existisse, você seria feliz com ela?
- Eu Lanny, sinceramente não seria. Todo mundo comete erros, e é nas imperfeições do outro que o vemos de forma tão perfeita.
Se todos os dias ao lado de alguém fosse de alegria, o sorriso seria tão cotidiano ao ponto de não fazer diferença.
Se você se sentisse tão segura ao ponto de saber que ela nunca olharia pra outra garota, você simplesmente não a valorizaria tão bem, ao ponto de saber que ela nunca iria embora da sua vida.
A verdade é que não existe nada mais lindo do que ter uma garota imperfeita do seu lado, mas que a todo novo amanhecer tenta melhorar e se moldar tão somente para te fazer feliz.
Ela te escolheu em meio a tantas outras garotas no mundo e ela não liga se você também não é a garota mais perfeita no mundo, pra ela o que realmente importa é que o amor que vocês sentem, ameniza qualquer imperfeição.
Valoriza a garota que você tem do lado, pois é o sorriso torto, o cabelo bagunçado e a voz roca dela que te faz ficar tão apaixonada.
Se ela soubesse o quanto é amada, não sairia por aí em busca de colecionar amores vazios de sentimentos.
Se ela soubesse o quanto desejo seus beijos, não sairia por aí sentindo o gosto de outras bocas.
Se ela soubesse o quanto respeito tenho pelo seu corpo, não sairia por aí trocando carícias com qualquer idiota que lhe fala de amor.
Se ela soubesse quantas vezes sonhei em estar ao seu lado, não se negaria a fazer parte da minha realidade.
Se só por um instante ela pudesse ver a si mesma com meus olhos, certamente se apaixonaria. O sorriso dela? É sem dúvidas o mais lindo que meus olhos já contemplaram.
Eu te vi ir embora e não pude fazer nada. Eu apenas assisti enquanto meu coração se quebrava. Por que bateu a porta desta forma? Eu ainda estou parada aqui, te esperando voltar. Não posso me culpar por sua partida, pois sei que dei o melhor de mim para te fazer sorrir. Volte aqui, eu supliquei durante noites. Meu travesseiro sabe quantas lágrimas derramei pela sua partida. Eu tentei, mas não bastou. Meu coração está se curando das dores que sua ausência o causou, e quando isso finalmente acontecer, não ouse voltar se lamentando.
Eu já não tenho grande vontade em escrever, ler, sorrir. Já faz tanto tempo que meu celular tocou pela última vez. É estranho, parece que ninguém sente minha falta... Já eu? sofro loucamente por várias ausências. Meus dias são sempre iguais: Trancada no quarto, esperando o tempo passar. Amigos? Não tenho. Afastei-me da minha família e me enterrei dentro de mim mesma. Eu já não sei ser a garota que fui. Hoje sou só mais um alguém no mundo que representa nada. Sou aquela por quem você passa na rua e nunca nota. Sou aquela que ama fazer novos amigos, mas vive constantemente solitária. Eu sou exatamente tudo de mais desprezível em alguém. Quando tento falar sobre as dores que sinto, esbravejam afirmando ser drama. A verdade é que talvez calar o que sinto, seja mais fácil que gritar ao mundo o tamanho das minhas dores.
Não consigo achar as palavras certas para encantar-te, mas quem precisa de palavras quando todo o meu ser expressa claramente o que sinto por ti? Sabe o meu sorriso? Você é o motivo dele. Sabe o brilho apaixonado dos meus olhos? Só brilha assim ao te ver. Já notou a minha voz tremula? É o sentimento ecoando em meu timbre ao falar com você. E minhas pernas bambas? Mostram que não domino os meus sentidos quando estou com você. Já sentiu o pulsar do meu coração? Ele nunca bateu tão feliz antes de te conhecer. Em cada batida do meu coração ele grita silenciosamente teu nome.
Tente imaginar uma noite sem a lua e as estrelas iluminando? Imagine o sol sem brilho? Tente pensar em uma rosa sem perfume? Assim é minha vida sem você... Como um dia sem sol, uma noite sem brilho e uma rosa sem perfume. Se você se nega a receber esse amor que se encontra em meu coração ele perde o sentido de existir.