Coleção pessoal de LaercioMonteiro
Em sua obra, Aforismos para Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer disse: "Homens de inteligência elevada são pouco sociáveis". Desde então, algumas coisas precisam ser esclarecidas sobre tipos como esses. Desde os primórdios da humanidade, existem indivíduos que encontram satisfação ao estarem isolados dos seres da própria espécie, ou seja, humanos. Para a maioria desses seres, isso se associa à idéia de que eles não possuem a capacidade de relacionarem-se com os demais, resultando no afastamento da sociedade e na aquisição de poucos amigos. Mas, em um ponto de vista contraditório à tal concepção errônea, benefícios existem nessa condição. Estamos cercados de pessoas que substituem o intelecto pela tolice, preferem ocupar a mente com pensamentos pobres e atividades irrelevantes ao invés de aproveitar a vasta quantidade de coisas proveitosas, diversificadas e evolutivas que estão à mercê de qualquer um, mas não é qualquer um que as quer, sendo então desprezadas ou rejeitadas. O homem em plena solidão pensa por ele mesmo, sem a influência inercial de terceiros que querem conduzi-lo à obtusidade intelectual. Se o mundo por completo fosse um pouco mais rico de razão, não seria necessária a abstinência a seres humanos.
Irônico é alguém me criticar em virtude da minha forma de escrever e falar, quando ele muito fala, mas não sabe escrever.
O Universo é um mistério dos segredos, pois ele é constituído de muitos segredos e, dentro de cada segredo, muitos mistérios.
É incrível a preocupação que as pessoas têm quanto a sua imagem frente às demais. Se alguém lhes disser algo negativo, imediatamente tratam de criar ou encontrar maneiras que o faça mudar de idéia a seu respeito. Assim como o retorno de uma bola lançada contra uma parede qualquer, é a reação delas quanto às concepções alheias.
Solidão... algo tão simples, mas para muitos, complexo. Para outros, desnecessária. Através de tal estado, os pensamentos parecem fluir de uma forma mais intensa e eficiente, possibilitando uma reflexão mais profunda naquilo que se pensa. No meio de tantas dúvidas e perguntas, vêm tantos esclarecimentos e respostas. O homem revisa seus conceitos, cria novas idéias e um mundo distinto e diversificado trespassa a macia e frágil gelatina que constitui seus olhos. Se posso dizer algo de difícil nisso, talvez seja apenas a escolha do esclarecimento ou resposta em questão. Mas, uma coisa é evidente; todos nós sabemos que, com a solidão, temos uma melhor reflexão. E uma boa reflexão sempre nos oferece várias soluções.
A integridade pertencente a sua pessoa é
algo a ser preservado. Não se deixe
influenciar por pessoas cujas falácias nos leva à desintegração.
O importante não é a força ou aparência, mas a determinação e persistência na busca da evolução mental. Tais qualidades constituem uma
grande força e notável
aparência.
Querer é poder, basta querer. Se as pessoas dizem que querer não é poder, porque impõem limites a si próprias.
O hoje nunca será o amanhã, pois o amanhã é posterior ao hoje que, por conseguinte, é sucessivo ao ontem. Mas, afirma-se que o ontem já foi o amanhã. Porém, como ele foi o amanhã se o ontem ainda não é o hoje e o hoje ainda não é o amanhã? Entretanto, é coerente afirmar que ambos foram o amanhã, pois antes de serem ele, eram o ontem e o hoje, tendo por consequência a realização do primeiro.
Pessoas pensam que a inteligência é aplicável e válida tão somente na escola. Julgam um dom programável, por assim dizer. Em instituições escolares, nos deparamos com indivíduos considerados inteligentes devido às notas. Mas, aparentemente, eles utilizam tal qualidade apenas ali, nada sabendo além do que é aplicado na classe. Como um alarme programável, na escola são alertados com a mensagem interna "Hora de usar a mente". Fora dela tornam-se completos patéticos. Quando a vida exige, ficam perdidos. Em relações interpessoais, não sabem o que fazer. Porém, essa é uma situação na qual pode ser revertida a partir do momento que tais pessoas resolverem desprogramar esse ciclo trivial.
Quão vergonhosa a atitude das pessoas que buscam excessivamente a obtenção de dinheiro. Salteadores camuflados que agem com uma ganância incomparável à procura de algo tão material e insípido. Utilizam os mais variados recursos, em sua maioria maléficos, para saciar uma fome incontrolável. Verdadeiros soldados de um exército maldoso que lutam a todo custo por aquilo que menos importa.
Quando a vi, ela não me viu
Quando a chamei, meu rosto conheceu
Naquele ambiente que era tão frio
Com aquele seu abraço meu corpo aqueceu.
Amanda...
Garota fascinante e com olhar de veneno
Cabelos negros e de pele clara
Seu lindo jeito é um amor pleno
Com sua doce voz que eu maravilhava
Lembrei-me de ti assim que acordei e lágrimas desceram pela minha face... apesar das vagas palavras expressas por ti e das ilusões que me proporcionaste, ainda sinto tua falta. Aquela sensação de carência do teu cheiro, de teu abraço, do seu sorriso, de você...
Augusto Cury disse que uma pessoa inteligente aprende com os
seus erros e uma pessoa sábia aprende com os
erros dos outros. Em meu conceito, o inverso também é aceitável. Uma pessoa sábia aprende com seus próprios erros, enquanto que uma pessoa inteligente aprende com os erros alheios. Até porque uma pessoa inteligente pensaria em uma forma de evitar alguns erros observando as falhas de outrem e, a partir delas, criaria suas próprias defesas.
Vivo diante de uma sociedade medíocre na qual pessoas reclamam muito da gramática alheia, mas não enxergam seus próprios erros ortográficos ao apontá-los em terceiros.
Observando a Natureza em si, fico a indagar sobre a origem disso tudo... fauna, flora, organismos macroscópicos e microscópicos, ou seja, a existência como um todo. O ser supremo, se existir, que rege tudo isso é realmente aquele que é apresentado aos humanos desde os primórdios de suas respectivas vidas? Uma pergunta que não quer calar, mas instiga a pensar. O mistério paira tanto sobre o que veem quanto pelo o que se quer ver. Longe, mas perto deste foco e dentro deste mundo, a Natureza em que vivemos é, dia após dia, substituída pela Natureza do homem, que tende a levá-lo ao fundo de um poço que ele mesmo fez. E então, esquece a essência do que é visto de forma superficial em sua maioria hominídea, mantendo a curiosidade pelo desconhecido obscura e destroçando aquilo que ainda o mantém em uma faceta da realidade.