Coleção pessoal de kikoarquer

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⁠Tem dia

que a noite

adia oódio.


e tem noite

que tudo

entedia o óbvio.

Então um dos 7 anões disse:

- Falando ou calado, andando ou parado, o vilão é sempre o malvado.

Gabriela Ratier na foto.

Na foto,
o suave Ser
se zela
em sorriso.
No fato,
Se sabe-se ver,
saca,
Gabriela
em sono
de improviso.

(Kiko Arquer)

O cochilo fingido,
no fato
que fito
na foto,
é velado por Francisco.
Não é preciso saber
se o que
está atrás da
lente,
o do quadro na
parede,
ou o moço na capa do
disco.

(Krysthian Ratier)

O medo de ser traído
cria o resíduo de pavor
que forja o traidor

Tenho muita resposta
à sua pergunta oca.

Mas pra sua cabeça de bosta
só te dou um peido-de-boca.

Quando presencio a perfeição,
o Deus Tempo entra no cio
e goza em mim o vão.

Não enrolo
nem torço,
ou controlo
ou distorço.

Neste ego ao tempo,
sem mil olhos em fim,
semespaço
comêço enmim.

Me gosta!!! E a própria carência afetiva é intumescida pela submissão imposta.

Meus amigos de verdade são uns gênios, pois eles percebem quando a pergunta não pede resposta. Eles apenas concordam, complementam e rimos.
- Viu, por que as árvores crescem para cima?
- Pois é, e as pessoas deitam.

Para
vê-la
olho
o que vela
o olho.

Então
meu desejo
logra
a manobra
que vejo.

Burrice não é a falta de um conhecimento específico. Um camponês de uma comunidade isolada pode não saber navegar na internet. Mas duvido que você saiba produzir alimento a partir da terra como ele. Burrice também não é separar sujeito e predicado por vírgula. Muita gente não entende isso e desvaloriza a opinião dos outros por não compartilhar dos mesmos padrões de fala. Burrice é quem menospreza o conhecimento, chegando a odiar quem o detém ou quem busca aprendizado. Burrice é encarar precoLeonardonceitos violentos como sabedoria. Essa burrice pode conviver bem no indivíduo, mas mata o futuro.

bandido bom é bandido mudo
um bendito forte
que furta a rima
e engana a morte

- Seu lindo! - foi xingado.

E enxugando as lágrimas
entortou a boca
e andou de lado.

Para,
ideia sem sinal pelo pelo mostro o enjoo.

E velho peludo que sou,
trëmo sem bengala
e bólo o coloquial.

Mas se velha,
volpamente,
pudesse ser véia

perderia o acento
então,
a veia da veia
ortogloficaria o rabugento

Não aguento escritor besta.
Diz que é assado, é assim.
Livro bom tem que ter uau.
Pegar o que eu sinto
e cuspir em mim.

Um beijo vale mais que mil palavras.

Ai de mim,
lábio seco,
com todos os livros do mundo.

Bom para o surdo de balada,
boca grande,
vocabundo.

Perguntam meu nome querendo dizer Pedro.

A data do meu aniversário, pedindo presente.

Qual a minha opinião sobre patos, bigodes, bolsas e crentes?

A rachadura na parede ouve, nitidamente, meu quack-quack, nãoseioquelá, deuses.

Já Pedro pedreiro, penseiro

só esperando seu trem

que só vai
que só vai
que só vai

E eu aqui,

já desisti de me empolgar,

só vejo um bife desfocado a tagarelar.

Se o aluno não quer,
não adianta texto colorido,
professor palhaço,
nem o saber sabido fazendo estardalhaço.

Se o aluno não quer,
é sem giz,
é não aula.

O aprendizado dá no pé
e até o recreio vira jaula.

Se eu tivesse que fugir,
eu nunca teria ido.
Estaria de corpo lá,
e alma cá.
Com o despeito em si
e um pedido despido.