Coleção pessoal de keylafogaca
Você sempre será essa lembrança
Bem-aventurada em meus pensamentos
Enquanto ávida, espero.
Cada canção que chega, fica
como sopro que vem do céu.
Volto ao tempo,
Em um tempo em que a alegria
era mais colorida!
Fulgurante a sua presença,
Na infância sentida
Entre as cores sortidas -
Hoje, com o passar da vida,
É mais desbotada
Pela ausência do que se foi,
Mas ainda feliz.
De tudo o que perdi e aprendi,
Restou o seu sorriso
E o reencontro de mãos amigas.
A paixão por vezes flutua
De forma que é só minha.
Em seu mundo de hoje,
Distante,
Posso afirmar que de alguma maneira
Mesmo que repelindo,
Pensa em mim.
É fato que estou aí,
Entre seus lençóis e...
Costurando o amor com pedaços
De panos velhos, meros retalhos,
Desfragmento-me aos poucos
E renasço entre novos sonhos,
Entre tudo o que me liga à sua figura,
A canção SOMEDAY.
I could never leave...
''Eu jamais poderia partir''.
Amar é muito fácil, enche o nosso peito de flores, acolhimentos...
Não somos deserto quando transbordados de belos sentimentos.
O amor não se explica, sente-se. Ele nasce, por vezes, no sopro de um vento que passa com a lembrança. Chega em versos, crescente, inundando por dentro, fazendo-nos contentes. Simplesmente vem, como bolinhas pretas mínimas, semínimas, colcheias e claves numa folha de partitura, encantando-nos.
Há quem diga que a imaginação rica é o que a gente tem, mas se assim não fosse, como seria amar?
A beleza está no que se cria e feliz daquele que sabe ofertar.
Keyla
Conto as horas
Para que apareça
De repente,
Numa manhã contente,
Numa noite reluzente,
Por aqui,
Com a fala branda
E a calmaria do signo
De terra,
Vendo de longe
A profundeza da água
Sem muito se aproximar,
Para nela não mergulhar!
Ah,
Olhar tão manso
Que outrora
Fez-se canto
Nessa terra brejeira
De encantos,
É uma tal de melancolia
Viver a aceitação,
Amar o tanto que se ama
E ter como aliada a imaginação,
É o que diz,
Que uso a imaginação,
Mas no fim de tudo
O que compensa é amar
Sem amarras e segredos,
De uma forma
Que o grande
Sequer alcance
A infinitude do mar.
Algo me toma quando vejo o seu canto,
Talvez a paixão aflita de querer ser presença
Ou quem sabe o amor brando de uma saudade que é pranto.
Pequenez não cabe no coração,
Pequenez não cabe no mar, não cabe
Na riqueza de ambos,
Tampouco no espaço de amar.
Amar às vezes é surpresa branda,
E não há palavras para dizer,
Ama o que está longe,
E quando vê de perto tem medo
De perder
Quando reluz
Parece ouro
O anjo banhado de música
No tom rosado de um entardecer
Bastou um dia
Para eu saber
Que estar em sua vida
Era tudo de belo
Que podia me acontecer.
Hoje o dia está chuvoso,
Ouço o bonde passar
E me vem a saudosa
lembrança,
À primeira vista,
O primeiro olhar,
Emergia no palco
Em luzes celestes,
Feliz por cantar,
A vida é efêmera
E tudo pode mudar,
Por isso é preciso
Constantemente amar.
O que fazer quando o coração desperta
E bate forte por algo que jamais
Pensou que pudesse bater?
Quando se está a léguas de distância
E nada pode acontecer?
O sentimento invade, de repente,
Junto com belas canções e imagens incandescentes,
Florescendo nas ribaltas do palco,
Levando embora o outono com o entardecer.
Calmaria, maturidade e respeito nos levam a crer
Que o amor está em todas as partes, perene,
Pronto para se enaltecer da mais fulgurante beleza
De estrelas no anoitecer.
Sou do signo das águas, o que me faz perceber
Que o fundo da água precisa de terra firme
Para sobreviver.
Cante e plante o que a vida lhe oferecer,
Esse querer meu já é seu em silêncio,
Quem sabe até o meu próximo nascer.
Certas surpresas acontecem e às vezes a gente não sabe como proceder, mas a gente acaba se virando e convivendo com a certeza.
Depois da partida
Eu não contei que
Fosse me apaixonar
E não há culpa quando
O coração decide
Novamente amar!
Isso não se trata
De semelhança
Ou de transferência
Como deve pensar,
É algo que não se explica,
É o desejo de em você morar
O seu corpo é
Como uma casa
revestida de luz
Para me abrigar,
Guardar o meu desejo
E essa vontade de
Abraçar.
Às vezes é preciso dar adeus aos ciclos, para que mais tarde surjam outros floridos.
A vida sempre será assim. E com tudo o que fazemos de errado, levamos o aprendizado, aprendemos a renúncia e o verdadeiro valor da palavra felicidade.
Diga adeus sem medo da colheita futura, tenha a certeza de que é preciso mudar e seguir em frente!
Amar o novo causa uma certa inquietação, como quando se ouve uma canção que descompassa o coração. É uma vontade de ultrapassar, de largar a mão da razão, mas a pausa que existe no ar, faz-nos pensar que de nada adianta o passo acelerar, pois o que tiver de ser, será!
Soneto do novo amor
Amo-te tanto e canto com o coração mais humano, a minha vontade
Amo-te não como a um amigo , tão pouco como uma amante
Amo-te com tamanha docilidade, é a realidade
Amo-te além e sem que seja insignificante
Toda a forma de amor é gratificante
De prestante, insigne, dou-me à sua alma, aos prantos
E te amo assim, nessa presente saudade
Amo-te, dou-te a liberdade
Mesmo que não tenhamos a eternidade, apenas esse instante.
Amo-te sem ser bicho,
Simplesmente amo, sem mistério,
Com a virtude que me resta desse desejo frequente,
Amar-te assim, sobejamente, é o que me faz crente
De em seu corpo, um dia, adormecer calmamente.
Keyla Fogaça
A minha agonia, de fato, resume-se ao fim dos dias de canção. Como eu entrarei em conexão com aquilo que despertou o meu coração?
Quando avistei o seu sorriso lá no Arpoador, em dia de canção, o meu coração se agitou, mas tive a certeza de que estava ali, de frente para um grande amor. Agora não há o que fazer, quem sabe em um próximo florescer, quando na vida tudo for diferente e eu abrir os olhos no novo amanhecer, acabada de ser parida de um ventre feliz. Talvez no mesmo tempo possamos nos reencontrar, já de crianças, com novas missões. Que o crescimento seja uma fase da união no futuro. Só assim eu poderei amar, amar perdidamente, adorando o reencontro, a rotina, e o rosto levemente amarrotado depois do acordar. Sim, só assim nesse amor, o meu corpo para sempre repousará.
É preciso olhar pra cima, assim retomamos a visão para a nossa verdadeira direção e descobrimos que entre o céu e o chão há mais de infinito do que o Universo.