Coleção pessoal de keyladebora
Pois que venha a vida,
mas que traga razões,
dos porquês de ser assim,
E me dando explicações
sobre essa dor sem fim.
Sempre a mando embora, dá-me com os ombros e vai ficando.
Me matando, me molhando. A solidão usa minhas lágrima e vai me afogando.
Enquanto a casca nos ofuscar, penaremos.
Enquanto a carne nos importar, sofreremos.
Não nos veremos, não viveremos, nem amaremos, apenas seguiremos, procurando o que já foi encontrado.
O quanto ainda choraremos até que consigamos enxergar sem ver, sentir sem tocar, entender sem perguntar?
São apenas devaneios? Será?
Não, é certo que já partimos de uma mesma raiz.
Éramos nós, os dois em um apenas.
E sendo que aqui veio,
faça sua festa,
crie balburdia nesta alma que não cessa.
Digas o doce, sem sentido, sem motivo e sem pressa.
E o que não tem fim, sempre recomeça.
E como um carrocel desgovernado,
me deixou tonto, louco, inebriado.
Me deixou saudades, antes da partida.
Me fez dizer "Volta", antes da saída.
Fez meu mundo desorbitar,
Voei alto, sem sair do lugar.
Não se vive o mesmo amor e rio todos os dias, sempre passam e se renovam, cabe a cada um represá-los sem tirar-lhes a beleza.
Se faço parte de sua lista de arrependimentos,
me desculpe. Estive apenas vivendo
enquanto você procurava sentimentos.
E se voltares a minha porta,
crê: é melhor esquecer.
A saudade está morta,
será nada mais do que prazer.
O amor é como o pensamento,
rápido como o bater de asas de um colibri.
se o perco, nem adianta tentar recuperar,
pois não será mais o mesmo.
Procuro tanto me esconder,
que nem mesmo me acho
entre picos, cheiros e fumaça.
O vermelho misturado ao meu castanho esverdeado,
me mostra.
Tu feriu e espezinhou
com tamanha dimensão
que comigo deixou
pedaços de coração,
Ele agora está vazio
das emoções que vivi,
ficou duro, só e frio,
sem nada do que senti...