Coleção pessoal de kevinmartins6
E você sempre procura alguém
alguma pessoa que ocupe sua cabeça
faça você não se confrontar consigo mesmo
Até a hora de dormir
e quando você acorda
o mundo ainda continua no mesmo lugar
as pessoas, também
você, também
Então você procura mais alguma coisa para ocupar a cabeça
e arrasta a vida
para não se confrontar consigo mesmo
e não sabe onde pôr o amor que sente
Porque tudo parece insuficiente
e o mundo
as pessoas
desprezíveis demais
e egoístas demais para te dar a mão
Mesmo que você não aceite, porque você não aceita
Mas é bom não se sentir sozinho
Era melhor quando a vida sabia se virar sem o amor
Mas era inválida
Só o sofrimento é válido, amigo?
Eu sofreria mais
e realmente
se nunca pudesse ter sofrido
Mas a ausência de luz aqui, amigo, me assusta.
A lua corria bela
eu andava coxo, junto das emoções
A lua vinha tão linda, no dia de natal
e eu só lembrava o nome dela
a amada de voz singela
que beijou meu corpo e meu copo, um dia
Gritei o nome dela
para a lua
para os carros sendo lavados
para o mato da rua
para o meu coração já desgraçado
Gritei o nome dela
e só soou no tom de ais
A lua corria bela
buscando a luz dos desiguais
Ah, esse nome que a lua
que busca a luz dos desiguais
Esse nome que não sai da boca dos meus pais
ainda soa aqui
ainda perdura entrei meus ais
Esse nome, que sabe a sombra dos desiguais
sabe que aqui soa como meus ais
ainda perdura aqui
ainda existe aqui
ainda brande entre meus medos madrugueiros
ainda soa no meu peito, o dia inteiro
ainda queima como faísca, ao sair da boca
ainda faz-me choro, com o cheiro na roupa
Ah, se o amor padece, velho amigo
espero que a vida me traga algum abrigo
Ah, se o amor perdura, meu amigo
espero que ele doa menos, mas que aconteça comigo
A lua corre bela
buscando a sombra dos desiguais
Eu busco a voz singela
nos cigarros, na bebida, na viela
eu sinto o nome dela
entre meus ais
Eu sinto o beijo dela
iluminando estes meus ais
Eu sou a vida eterna
escura, doente, fraterna
que dói a saudade dos parecidos demais.
Mais uma vez, aqui vamos nós, amor.
Mais uma vez que eu tive o dia apertando o estômago
e o peito
e nem sabia o motivo
Nos desencontramos tanto
que agora parecemos velhos amantes
que são novos, por ironia.
Eu torci para o mundo
e para qualquer deus que pudesse ouvir
para que nós não perdêssemos o amor
e não perdemos
ele está sentado aqui nesse sofá, nos olhando
Me abrace firme
Me beije como quiser
e da forma mais bonita que conseguires
eu não consigo amar outra mulher
nem sou louco, ao ponto de querer
Te esperei, hoje
como espero em todos os intervalos
dos piscares de olhos
Te esperei hoje, para que pudéssemos nos ver
de novo
com os mesmos olhos que se amam
A saudade levou minha fome
e trouxe de volta as minhas orações antes de dormir
Sim, eu rezo.
Eu rezo por meus pais
eu rezo por ti, todos os dias
Pois não há travesseiro
nem ocupação
que me faça ficar tranquilo
sem me preocupar que o mundo te machuque
quanto me machucou
Mas tome teu tempo
meu quarto ainda é teu
minha gata ainda mia como antes
a saudade ainda é só tua
meus braços, também
Nem que não entendam minha dor
eu sempre convivi
e só acharei sossego
nos braços teus
Pois não é na esquina que se encontra o amor
nem sonha em casamento
nem cria os filhos
É no peito
é no cultivo
é na saudade
é nesse sofá
e nos meus poemas - que são pedaços dolorosamente verdadeiros de mim
Eu te amo
e só sei o que traz, isso
não peça que eu explique.
Eu te amo
segure firme
eu já plantei minhas raízes
eu já construí a nossa casa
Eu te amo
fique como quiser
os tijolos do meu peito
foram feitos
com o fogo da tua presença.
O céu cinza
E as ruas longe de levarem para algum lugar
Pessoas com rostos cansados
Vidas sem sonhos
Dias passando
Partes que vem e vão
Momentos passados em vão
De dentro do ônibus
Meus olhos saem pela janela
E me deparo comigo mesmo
E a vida que eu escolhi
A vida que eu me adaptei
Não lembro quais momentos eu vivi
E nem os que a vida viveu por mim
Eu estou indo de encontro ao amor
E de tudo que ele me trouxe até hoje
Do que ele me traz
Eu nunca sei as respostas
Nem as certezas de um mundo sem certezas
Mas estou indo de encontro ao amor
Pois nele eu consigo sentir
Que há algum sentido
Que seja para frente
Ou que seja para memória
Rostos cansados
Ruas longínquas
Dias passando
Eu estou indo de encontro ao amor.
Ana, não pense que a vida se engana
ela passa nos seus olhos
e não toma uma semana
Ana, o amor é forte
mas poucos tem a sorte de ganhá-lo
poucos tem a morte para atá-lo
Ana, não é isso que você pensa
a saudade não compensa
mas te mostra o amor
A saudade é o que de dentro invade
e foge pelo corredor
Ainda existe amor, Ana
O teu coração não te engana
mesmo que a vida seja teimosa
e tire tu
de perto das rosas
e mire tu
como alvo de prosas
Ana, o amor existe
e mesmo que ele doa
não fique triste
doe
pra quem insiste
e quer ficar
pois quem vai embora
não leva nada de ti
só a dor que incomoda
quando forem partir
Ana, o mundo te ama
e mesmo que as pessoas não amem
ele ama
e as pessoas que se enganem
porque ele
não se engana
Há alguma coisa em meu peito
a sobra ou a falta de algo em meu peito
Como se a borboleta da rua
viajasse por meu pranto quente
e salgado
e justificado
Como se a vida tenha oferecido mais
do que pude mastigar
e precisei cuspir o que não sabia o gosto
As mãos continuam trêmulas
as minhas e as tuas
Eu continuo correndo em direção ao sol
como se o pote de ouro fosse certo
e a respiração eterna
o ar colorido
Ainda encarcerado nos beijos de amores
que se desencontraram
eu luto com o mundo
que vive dentro de mim
ainda lutando com o mundo que vive lá fora
e gente
e bares
e cigarros
e cervejas
Ainda permaneço correndo para lá
para lá do meu sonho que não morre
porque se morre
morremos
Porque se eu não correr
minhas pernas atrofiam
e meus músculos desligam
e meu cérebro padece por falta
por falta de mim
Porque eu marquei o encontro comigo mesmo
e lá no horizonte
eu me espero
eu seguro um copo de vinho
um cigarro aceso
navegando no canto da boca
eu me espero com as roupas
que troquei todos os dias
e com o sorriso que o mundo não arrancou
e com a angústia do lado
bêbada
por não ter sucesso
Eu continuo, amor
Eu continuo amando
e devendo - com prazer
para toda a humanidade.
Te amo
7 dias
por dia
Te amo
30 dias
por semana
Te amo
1 ano
por mês
Te amo
10 anos
por ano
Te amo
pelos que te amariam
e pelos que te odeiam
Te amo
pelos dias que passaram sem ti
e pelos que vão se passar
Te amo
por te odiar, um pouco
Te amo
por não saber o que isso diz
e por essa palavra
sustentar nós dois
Te amo
por sentir tudo
que o mundo dá
porque te amo
Te amo
por fazer minh'alma endividada
aos poemas
Te amo
por saber que posso amar
Te amo
hoje
porque todo amanhã
parece pouco.
Sou todos os beijos que não demos em público
e toda a falta
nossa
nos olhares dos outros
Alcance minha arma
depois que estiver carregada
Podes ir
logo depois
Não cometeste um crime
fique tranquila
o amor jamais será um crime
não se culpe por ter me amado
e ainda se preocupar com outro homem
Não dê ouvido aos meus pais
quando dizem que se envergonha de mim
eu acredito no teu caos
e no que diz
Mas eu ainda continuo sozinho
depois de todas as noites
e as horas que passaram
Sou todos os beijos que não demos em público
e toda a falta
nossa
nos dias que eu poderia ser feliz
Sou todos os beijos que não demos em público
e toda a falta
de respostas
aos poemas que escrevi
Sou todos os beijos que não demos em público
e toda a sobra
de vergonha
que sinto de mim.
Eu acordei
fui almoçar
e o dia se arrastava
era tranquilo demais
me sentia sem obrigações
mas com uma angústia no peito - como de costume
o pior é não saber sobre ela
nem de onde ela vem
nem pra onde ela vai
Acontece que ela nunca foi
Deve ser meu passado que
segura meu pescoço
como um velho soldado
segurando os sonhos
Então tomei um banho
depois de ler Lacan
e ouvir Bach
a tarde toda
Fui para a aula
sem pretensão
nem esperança de alguma coisa
Tem vezes que se aprende mais
tomando uma cerveja no bar
e ouvindo as conversas que não são suas
e olhando os gestos
os jeitos
os olhos
que não são seus
Me chamaram para o bar
fui
tomei minha cerveja
conversei
senti que sou sociável
e até uma pessoa que vale a pena
nesse momento
Mas só achei
Cheguei em casa e fiz o que era de costume
até deitar na minha cama
que ainda está sem os lençóis limpos
mas os lençóis limpos
quero usar quando minha amada vier
eles estão aqui do lado do travesseiro
Deitei
Li, mais um pouco
ouvi Bhrams
e me veio esse poema
eu fiquei com preguiça de escrever
mas está aí
se divirtam
Aprendi que a inspiração não acorda
quando você deixa ela para o outro dia
Então fiz o sacrifício de sentar na cama
e colocar isso pra fora
antes que eu fique me culpando
quando amanhecer
Virei para o lado
acendi mais um cigarro
tomei um gole de água
revi a camisinha usada
que está do lado da minha cama
e minha gata se deitou na minha barba.
Ela se deita ao meu lado
nos dias de chuva
de frio
de calor
Minha gata
doce como só ela
melancólica como eu
Não ouso dizer que sou seu dono
quando quem me faz feliz, é ela
quando só lhe dou o alimento
quando só lhe deixo a água
quando sou eu que limpo suas fezes
Ela é mais minha dona, que eu dela.
Quem dera
ela pudesse falar...
Queria que ela dissesse que me ama
como eu sempre a digo
Mas, mesmo assim
de um jeito lindo
limpo e leve
ela diz que me ama
com a pureza que só eles tem.
Ela, mais uma vez
se deita ao meu lado
digo seu nome
ela me retribui o olhar no olho
fecha os olhos lentamente
e ali se passa
e lá fora continua
o que eu não ouso entender.
Eu segurei tua mão
como um amante
um amigo, constante
um irmão
Eu me lembro
em novembro
descobrimos as falhas
e comemos as migalhas
de nossos pães endurecidos
Você goza junto com ele
como fazia comigo?
Os seus gemidos são tão fortes
como por mim eram sentidos?
Você sente saudade do meu cheiro?
Você sente saudade dos meus beijos?
De todas as bobagens que a gente dizia?
Você sente saudade do meu medo?
E de todas as formas que a gente se entendia?
Ele tem coragem para te apoiar?
Ele tem saudade quando você não esta?
Ele acha bonito quando você se entedia?
Ele repara nas tuas unhas?
Nas tuas curvas?
Ou na forma que se vestia?
Ele olha a volta da tua perna?
O teu charme?
O teu olhar de jura eterna?
Você sente estar com a pessoa certa?
Sua perna treme
como meu corpo, quando surge teu nome na conversa?
Você é livre?
Você sonha com filhos?
Você vive?
Ainda se equilibra nos trilhos?
Tem espasmos quando dorme?
Ele fica acordado te admirando?
Ainda fica com aquele sorriso, quando chove?
Você se sente livre, amando?
Ele tem a alma tão negra, quanto a minha
para ver a luz que carrega sozinha?
Coloquei o cotovelo no lugar certo
descansei tua cabeça
e deixei que teu corpo coberto, me anoiteça
Deixei a cortina entreaberta
pra que a luz da rua
enxergasse nossa floresta
Nós nos escondemos em nossa floresta
esquecemos dos outros
recolhemos os poucos
que iluminavam nossa floresta
mas e agora?
Quem segura minha mão?
se você é feliz, mais que outrora
continue aí, então
Mas se era mais viva, comigo
viva comigo
eu só sei segurar a tua mão.
Cevei no mate
a saudade de casa
e a lembrança das asas
de um coração doído
traguei no cigarro
o sonho da minha mulher
e com o barro
nos pés
voltei pra infância
Perdoa, amada
se tu quer ir embora
e eu não deixo
a vida parece inválida
sem teu beijo
e os acordes do meu violão
são as batidas do coração
que te deixo
Me recebe, amada
se eu bater na tua porta trancada
dos amores que amou
porque a morada
que eu tenho
são os olhares
que de manhã cedo te dou
Fale o que precisa
o meu coração é vento
e não importa a brisa
eu só quero o momento
que o meu abraço te abriga
e obriga
que meu dia tenha sorrisos teus
porque, amada
meus sorrisos são lágrimas, longe dos seus
porque, amada
minha vida é amarga
sem tu e eu.
Teve um minuto que não pensei em ti
teve um minuto que meu peito não valia
o sangue que batia
e então eu morri
Teve o dia que não te beijei
teve o momento que não pude
o segundo que te amei mais
mas nenhum, menos que pude
O coração, faca de quem ama
sentiu teu pé, no pé da cama
e eu busquei
os amores que plantei
em meio a teu pijama
Amor, eu te amo
porque sim
e porque não explico
eu te amo
porque sim
e porque não explico
eu te amo
porque somos
o que não explico
te amo
porque
te amo
Hoje eu senti o sorriso desvanecer
A alma esfolada
a tristeza puxando a perna atada
e engolindo a fala
de dias sem falar palavra alguma
Escrevendo nas paredes
eu cansei de ficar cansado
Sonhando com quem amo
sem ter o amor do lado
sentindo o perfume
sentindo mais que o perfume
sem ter o amor do lado
Eu queria ir comer, em algum lugar
mas não sei se minhas pernas
que sinto pesadas
e amarradas
aguentam até lá
Eu já não sei se eu aguento até o banheiro
Sei viver sozinho
aprendi a viver sozinho
Mas não sei se quero
porque eu sempre tive medo de enlouquecer
de perder a sanidade
qualquer pedaço de talento, que eu possa ter
Eu não sei se quero
porque o amor me mostrou que a vida é melhor
quando eu tenho ele do lado
e agora, que não tenho
a loucura toca minha campainha
às 8 da manhã
o sono já não toca
os sonhos se confundem com pesadelos
nos minutos que o sono finge que me abraça
Meu estômago dói
o peito aperta
o braço queima
as mãos ardem
as pernas pesam
os pés latejam
a cabeça pende para o lado
as cobertas me chamam
o sol me afasta
a cortina é mais bonita, quando fechada
Preciso de um copo de vinho
e da minha amada - por inteira.
Foi agora que ouvi o vento
lá fora
e era lento, como outrora
Parte de mim
parte de mim
porque quem partiu
foi tu
Pois mais alguém te ama
e obriga que a chama do céu
não seja tão azul
Não vamos morrer, amor
pois só quem ama consegue
ver a verdade que prossegue
com fervor
Pois quem ama, amor
quer sorrindo o amado
não privando a alegria
nem mantendo enjaulado
Pois quem ama, amor
não padece de tristeza
ela bate, a gente apanha
mas levanta com nobreza
Pois quem ama, amor
Não desiste
mesmo que não possamos
sonhar os sonhos que sonhamos
a gente insiste
e sonha no quarto
sozinho
e chora no canto
tristonho
e ri feliz
de mansinho
e ama amar
o sonho
- O que é aquele casal ali?
- Aquele?
- Não, aquele outro.
- Ah...
- São namorados?
- Não.
- Amigos?
- Também.
- Não to entendendo, cara.
- Acho que nem é pra entender.
- Mas eles são o quê, afinal?
- Algumas coisa que os outros não precisam dar nome.
E eu vou te salvar de tudo que não conseguir
Porque eu já tive medo de deixar o pé fora das cobertas
E sei o que tu sente
Hoje, vivemos tudo
Que ontem a gente não planejou
E eu planejo tanta coisa
Sabendo que vai ser diferente
Não ruim
Mas melhor do que planejei
Eu achei que era bom em fazer planos
Organizar roteiros
Mas tomei um soco do amor
E vi que não existe escritor
Que se compare com ele
Vivo em jogos que planejo
Para que tu pegue tuas peças de quebra cabeça
E monte, na minha frente
E se depare com a obra de arte
Que só eu vejo nele
Tens tantas respostas aí
Que é difícil juntar numa só
Que sempre quer que falem por ti
Mas nunca vou, mesmo que eu saiba
Nada me magoa, quando vem daí
Todas as respostas
As palavras
O caos
A loucura
É tudo mais bonito
Quando tu quem fala
Teu corpo fala
Eu só me entrego.
E que nosso amor
Seja nós
Independente do lugar
Pois sei que quem, de nós, chegar primeiro
Esperará com café
E um maço de cigarros.
Que seja eterna, minha dívida com as palavras.
Era fácil saber que era certo
era só não seguir a correnteza
não deixar as águas entrarem no bote
e ouvir:
"Você é maluco!"
Saudade
da rotina que eu tinha
de fazer o que precisava
e te ver no fim do dia
Não tenho nem um
nenhum
nem outro
De me sentir esgotado, quando tudo parecia sonho
e de me sentir vivo
quando tudo parecia morto
Da saudade
de quando eu não me preocupava
com o que iria me preocupar, um dia
saudade de não saber o que eu era
nem do que eu podia ser
dos meus sonhos
que só eram sonhados no segundo
não no futuro
E olhando daqui de dentro
eu só vejo a saudade do que fui
não do que tenho agora
eu só sinto saudade
da saudade.
Falaram aos ventos
que você tem um novo homem
que é uma nova mulher
Acho que faz um belo dia, lá fora
entra luz pelos cantos das minhas cortinas
mas eu já tentei abri-las
elas são de ferro
e eu não tenho força o bastante
para isso
Falaram que você o está beijando
que ele talvez te ame mais que eu
mas eu duvido
não há outro homem
não há maior sentimento
do que sinto
Você está ali fora
tão perto
tão longe
Por que não me leva para sua casa?
Por que está levando ele?
Você já não compartilha sonhos comigo
E eu continuo cantando sozinho
Os acordes já se embaralharam
com tuas roupas esquecidas aqui
e não dizem nada além de saudade
E não cantam nada
para eu continuar
dançando sozinho.